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Porto Alegre deverá contar com estações para aluguel de bicicletas

domingo, 22 de julho de 2012

A partir do início de outubro Porto Alegre deverá contar com as primeiras estações para aluguel de bicicletas. Na tarde desta quinta-feira, 19, o prefeito José Fortunati e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, assinaram o edital de chamamento para que empresas interessadas apresentem propostas de implantação e operação do sistema.

O estudo técnico desenvolvido pela equipe da EPTC prevê o mínimo de 250 bicicletas e 30 estações distribuídas na cidade, em pontos de grande circulação. Para o prefeito, a iniciativa pretende democratizar o acesso ao meio de transporte. “O serviço dará condições para que mais pessoas utilizem a bicicleta como meio de transporte, em segurança e com valor simbólico”, manifestou Fortunati.

O chamamento público será publicado em edição extra do Diário Oficial nesta tarde. As empresas interessadas terão prazo de 30 dias para apresentar propostas técnicas. O volume de bicicletas e estações e o menor custo para o usuário são itens de avaliação das propostas, como explicou Capellari. “A partir da manifestação poderemos começar o serviço com uma extensão ainda maior. O objetivo é analisar as propostas em 15 dias e ter as primeiras estações até o começo de outubro”, projetou.

Cartão TRI - O serviço poderá ser acessado por meio de aplicativo no celular, acesso na internet ou callcenter. Será necessário efetuar cadastramento junto à operadora para segurança do sistema. A EPTC está estudando a possibilidade de as bicicletas serem liberadas também por meio do cartão TRI, a exemplo da ampliação da bilhetagem eletrônica que ocorrerá nas lotações.

O aluguel de bicicletas em Porto Alegre será estruturado com base nas experiências de cidades como Barcelona, na Espanha, e Rio de Janeiro e São Paulo. O usuário terá a facilidade de pegar a bicicleta em um ponto e devolver em outro. A gestão do sistema será feita de forma eletrônica, identificando necessidades de reposições e manutenções dos modelos, desenvolvidos especialmente para este tipo de serviço.


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Obras de mobilidade urbana em Manaus para 2014 estão entre as mais atrasadas

Faltando dois anos para a Copa do Mundo de 2014, 8% das obras de mobilidade urbana prevista para serem concluídas até o início do evento estão atrasadas.

Outras 36% estão em ritmo que requer atenção e 56% estão em ritmo adequado. Os dados são de balanço apresentado hoje (19) pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

Entre os locais com obras de mobilidade urbana atrasadas, estão Manaus, Natal, Cuiabá e o Distrito Federal.

Nesse último, a licitação que faltava para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi concluída na semana passada. Com isso, o DF pode deixar a lista das unidades com obras em atraso, segundo o ministro Aguinaldo Ribeiro.

Em Manaus, o sistema inclui o monotrilho capaz de atender 170 mil pessoas/dia e de reduzir o tempo de deslocamento dos passageiros em até 1 hora.

O modelo estimado em R$ 995 milhões, um tipo de metrô de superfície que trafegará em via exclusiva suspenso em vigas, que ligará na primeira etapa o bairro Cidade Nova ao Centro tendo como eixo de deslocamento a avenida Constantino Nery, tem ainda a vantagem de desobstruir as ruas, e de contribuir com a preservação do meio ambiente por meio de tecnologia que inibe a emissão de poluentes e de ruídos.

Os entraves na capital amazonense envolvem o patrimônio histórico e questionamento quanto ao formato da licitação. “Em outubro, haverá uma nova avaliação do ponto de vista da Copa para ver se haverá comprometimento. Estamos trabalhando para que não haja”, disse o ministro.

O balanço sobre as obras de mobilidade para a Copa de 2014 foi divulgado durante o evento que lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, no Palácio do Planalto.


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Tarifa de ônibus em belém deve ser reajustada para R$ 2,20

Com dez votos contra, uma abstenção e somente um voto a favor, o Conselho Municipal de Transporte recusou a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel) de reajustar a tarifa de ônibus, em Belém, para R$ 2,34.

Na próxima terça-feira, 24, os conselheiros voltarão a se reunir, desta vez para decidir se aceitam ou não uma nova proposta que foi feita pela Companhia de Transportes de Belém (CTBel) de aumentar a passagem de ônibus para R$ 2,18. Até lá, outras entidades, membros do conselho, devem apresentar também novas propostas. A reunião aconteceu a portas fechadas na sede da CTBel. O movimento estudantil promete fazer uma mobilização na próxima semana, a fim de pedir que a passagem não aumente de preço até que o serviço melhore.

O único voto a favor foi do conselheiro Paulo Almeida, que representa o Setrans-Bel. Para ele, a planilha feita pela entidade levou em consideração o levantamento de custos que mantêm o sistema de transporte coletivo funcionando, o reajuste no preço do óleo diesel e pagamento dos trabalhadores.

SETRANS-BEL

Questionado se o reajuste em 17% é justo para os usuários que reclamam das péssimas condições dos ônibus e dos serviços prestados, ele respondeu que se está investindo para melhorar o sistema de transporte. Segundo ele, no ano passado, 213 novos veículos foram comprados. “A passagem em R$ 2,34 é a alternativa mais viável para que se possa melhorar o transporte de Belém”, disse o conselheiro.

Almeida criticou a sugestão do Dieese de reajustar a tarifa de acordo com a inflação, o que deixaria a passagem de ônibus em R$ 2,12 (um reajuste de 6%). “Os custos para manter os ônibus e o serviço funcionando não aumentam de acordo com os índices inflacionários”.

Para a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, a planilha feita pelo Setrans-Bel é técnica, mas é preciso levar em consideração alguns índices que parecem estar incoerentes. “É preciso levar em consideração o poder aquisitivo da população e qualidade do transporte”, destacou. Por isso, a CTBel também apresentou uma proposta no qual o valor da passagem de ônibus aumentaria de R$ 2 para R$ 2,18 (um reajuste de 8%).


Conselho volta a se reunir na terça-feira

A proposta da CTBel será analisada pelos conselheiros e votada na próxima terça-feira. “A CTBel também elaborou um estudo técnico e apresentou a planilha, neste foram observados os custos com pneu, o gasto com combustível, insumos, aumento salarial, inflação e outros critérios”, frisou a superintendente.

O representante do Segep ressaltou que se for votado a proposta da companhia o valor da passagem poderia ficar em R$ 2,20 para facilitar o troco na hora que o usuário pagar a passagem. Ellen espera que o conselheiro Edilson Ramos (Segep) apresente oficialmente a proposta de R$ 2,20 na próxima reunião do conselho.

Além dele, os sindicatos dos taxistas, dos rodoviários e a Comissão de Bairros de Belém (CBB) também pretendem apresentar novas propostas de reajuste para a tarifa de ônibus.

Geralmente, a votação para o reajuste da tarifa do transporte coletivo na capital acontece em maio, mas este ano o Setrans-Bel demorou a enviar a planilha onde sugere um novo valor para a passagem de ônibus. O fato do conselho se reunir em pleno mês das férias, na opinião do vice-presidente da União Nacional do Estudantes (UNE) Rafael Costa foi arbitrário, pois, para ele, é importante que o movimento estudantil participe do debate sobre o reajuste, bem como a sociedade civil.

ESTUDANTES

Um grupo de estudantes ficou do lado de fora da sede da CTBel a espera do resultado da reunião. “Nós só fomos avisados dessa reunião no início da noite de ontem (quarta-feira), um absurdo”, reclamou Rafael, que na próxima semana pretende mobilizar mais estudantes para impedir um reajuste alto da tarifa.

“Ano passado, quando a passagem aumentou de valor, o prefeito Duciomar Costa disse que só aumentaria a tarifa de novo depois que as empresas oferecessem um melhor serviço a população o que não aconteceu”, lembrou Rafael.

A reunião do conselho ontem durou cerca de duas horas. Dos 17 conselheiros cinco faltaram, sendo que destes dois não confirmaram presença, o Raimundo Leal (da Federação Metropolitana de Centros Comunitários e Associações de Moradores – Femecam) e o Tenente Coronel QOPM Hilton Celson (do Centro de Perícias Científicas – CPC), que não pôde participar porque está trabalhando na Operação de Verão. Os nomes dos outros três conselheiros que faltaram não foram divulgados.

(Diário do Pará)




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São Paulo: 22 cidades paulistas de médio porte serão contempladas com obras do PAC

O governo anunciou investimentos de R$ 7 bilhões em mobilidade urbana para 75 cidades de médio porte, com população entre 250 mil e 700 mil habitantes. Ao todo, 22 cidades paulistas serão contempladas com obras como metrô, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus para melhorar a infraestrutura de transporte de massa.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, como vem sendo chamado, beneficiará municípios em 18 Estados. A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar os recursos em reunião com os prefeitos. Eles terão de apresentar projetos ao Ministério das Cidades.

O Estado procurou parte dos municípios paulistas da lista. Em São José do Rio Preto, os recursos pleiteados servirão para obras de R$ 330 milhões, incluindo a construção de 4 grandes viadutos, 12 corredores preferenciais para ônibus e 22 miniterminais integrados com a instalação de ciclovias e bicicletários.
Transporte em Jundiaí

A Prefeitura de Jundiaí vai apresentar um projeto para integração de modais na cidade, que prevê construção de um VLT e a adoção do BRT (Bus Rapid Transit), sistema de ônibus por corredor segregado. O prefeito Miguel Haddad (PSDB) quer integrar o VLT, o BRT e os ônibus convencionais. Outras cidades, como Osasco, informaram que já têm propostas, mas não podiam detalhar os planos.

Verbas. O reforço no orçamento para mobilidade urbana ocorre em um momento em que o governo federal mostra dificuldades em executar o orçamento para o setor. Levantamento feito pela ONG Contas Abertas, com base no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), mostra que, do orçamento de R$ 2,1 bilhões para 2012, só 3% - ou R$ 64,8 milhões - foram de fato desembolsados. Apenas 15,5% do montante (R$ 324,9 milhões) foi empenhado de janeiro a junho.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, informou que a pasta vem melhorando a execução orçamentária e já empenhou R$ 10,3 bilhões do orçamento de R$ 22,7 bilhões previstos para este ano - que deverá ser usado. Ele admite atrasos "fortuitos" nas obras da Copa-14.

Clima. O governo vai lançar outro PAC, destinado à prevenção de catástrofes. Os investimentos, ainda não definidos, vão contemplar obras de contenção de encostas e drenagem.

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Prefeitura de Uberlândia avalia se vai aderir ao PAC Mobilidade

A Prefeitura de Uberlândia ainda avalia se vai aderir ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, lançado ontem pelo governo federal. Uberlândia está entre as 75 cidades de médio porte, com população entre 250 mil e 700 mil habitantes, pré-selecionadas para apresentar projetos de transporte público. São R$ 7 bilhões previstos para serem liberados em forma de financiamento para a aquisição de equipamentos que modernizem e integrem o transporte público, como estações e terminais de ônibus. Há também previsão de utilização do recurso para melhoria de infraestrutura já existente.

Por meio de nota oficial, a Prefeitura de Uberlândia informou que “vai avaliar as diretrizes e ver quais programas se enquadram na cidade”. Ainda de acordo com trecho da nota, “a partir daí serão feitos os pleitos necessários para o município”.

O dinheiro do PAC Mobilidade Médias Cidades não poderá ser aplicado na aquisição de novos veículos, pavimentação e recapeamento de asfalto nem na sinalização e abertura de novas vias. As prefeituras precisarão dar contrapartida de, no mínimo, 5%, e os projetos terão que priorizar a população de baixa renda.

A Prefeitura de Uberlândia aguarda há cerca de dois anos a liberação de um financiamento de R$ 101 milhões que seria proveniente de um programa do Ministério das Cidades para investir em melhorias no transporte público urbano. O projeto do município, que já foi aprovado no âmbito do Ministério das Cidades, prevê a construção de mais quatro corredores de ônibus aos moldes do já existente na avenida João Naves de Ávila. Os novos corredores seriam: na zona oeste, ligação com o bairro Luizote de Freitas; na zona leste, ligação com o Morumbi; na zona sul, setor universitário e na zona norte, no Distrito Industrial.

Para a Prefeitura de Uberlândia, o trâmite do financiamento que já foi aprovado não sofrerá alteração com a implantação do PAC Mobilidade Médias Cidades. “Quanto ao projeto dos corredores de ônibus, o mesmo segue no Ministério das Cidades e já está aprovado e aguarda liberação da verba para execução”, menciona trecho da nota oficial.

O Ministério das Cidades não informou, até o fechamento desta edição, se há uma interferência em projetos anteriores que tramitam neste órgão após a implantação do PAC Mobilidade Médias Cidades.
 A reportagem do CORREIO de Uberlândia entrou em contato ontem com o Ministério das Cidades para checar esta situação, mas, ainda não houve uma resposta se o projeto uberlandense para investir em melhorias no transporte público urbano, já aprovado, teria que ser refeito e reenviado para nova análise.

A assessoria do deputado federal Weliton Prado (PT) informou ontem que o parlamentar fez essa consulta ao ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e que projetos de mobilidade urbana em cidades de médio porte que foram apresentados anteriormente teriam que ser refeitos e reenviados para pleitear os R$ 7 bilhões que estão previstos para serem liberados pelo governo federal no PAC Mobilidade Médias Cidades.

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que as propostas escolhidas dentro do “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades” serão executadas pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC). O modelo flexibiliza as regras para licitações governamentais, tornando o processo mais ágil. Em junho, o Senado aprovou a extensão do sistema – criado para atender aos projetos ligados à Copa do Mundo de 2014 – às obras do PAC. O texto foi sancionado e publicado no “Diário Oficial da União” ontem.

Cada município ou Estado pode apresentar até dois projetos solicitando recursos do PAC Mobilidade Médias Cidades. A inscrição deverá ser feita em formulário eletrônico, disponível na página do Ministério das Cidades na internet (
www.cidades.gov.br/), a partir de segunda-feira (23) até 31 de agosto. A lista de cidades selecionadas será divulgada no dia 14 de dezembro. A contratação das obras e serviços está prevista para o início de 2013.

Os candidatos a prefeito de Uberlândia contam com a inserção do município no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Médias Cidades, lançado ontem pelo governo federal.

“Se a prefeitura (de Uberlândia) não enviar (o projeto), a gente pode enviar depois, porque a cidade já foi pré-selecionada. Temos interesse, não só nos corredores (de ônibus), mas também nos VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). Achamos fundamental”, afirmou o deputado federal e candidato a prefeito Gilmar Machado (PT).

O deputado estadual e candidato apoiado pelo atual governo municipal, Luiz Humberto Carneiro (PSDB), afirmou que a decisão do envio de novos projetos para financiar obras de mobilidade urbana dentro do PAC Mobilidade Médias Cidades depende da vontade do atual prefeito Odelmo Leão (PP). “Uberlândia já tem um projeto lá (no Ministério das Cidades) e gostaríamos que a cidade fosse contemplada, porque o projeto já foi aprovado desde 2010. Se foi aprovado, mas não foi liberado o recurso, considero que o projeto deveria ser reenviado”, afirmou Luiz Humberto Carneiro.

O candidato Gilberto Cunha (PSTU) não atendeu às ligações da reportagem do CORREIO de Uberlândia ontem à tarde.

Ações a serem feitas por meio do projeto

• Implantação de infraestrutura de transporte público coletivo, inclusive terminais de integração e estações

• Melhoria da infraestrutura de transporte público coletivo existente

• Aquisição de equipamentos visando a integração, controle e modernização dos sistemas

• Elaboração de projetos e estudos associados ao empreendimento proposto


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Expansão dos sistemas rápidos de ônibus – conhecidos pela sigla em inglês BRT – já se torna uma realidade no Brasil

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Com avanço muito lento em seus projetos de transporte coletivo, as grandes cidades brasileiras estão optando por uma alternativa mais barata e que pode tomar apenas um terço do tempo necessário para a implantação de novas linhas de metrô, mas duramente questionada como solução de longo prazo.

De qualquer forma, a expansão dos sistemas rápidos de ônibus – conhecidos pela sigla em inglês BRT – já se torna uma realidade no Brasil: 30 projetos em 15 cidades diferentes estão previstos para sair do papel nos próximos anos, com investimentos de R$ 10,7 bilhões só em obras civis.

A rapidez na construção dos BRTs, uma versão inspirada no modelo adotado por Curitiba nos anos 70, já movimenta a indústria de carrocerias de ônibus e chama a atenção de empreiteiras.

Além dos investimentos em obras, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) prevê desembolsos de até R$ 8 bilhões em equipamentos, a fim de atender à demanda pelos corredores.

Ao contrário dos metrôs, que têm esbarrado na lentidão de seus planos de expansão, os projetos de BRT vêm ganhando velocidade.

Sete capitais estão com obras em andamento – Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Curitiba e Belém – e devem inaugurar 252 km de corredores exclusivos até 2014. Outros projetos ambiciosos estão a caminho.

“A grande vantagem do BRT é que são obras e sistemas operacionais relativamente simples”, afirma o diretor-superintendente da NTU, Marcos Bicalho.

Para ele, o sistema entrou na moda graças ao sucesso do Transmilenio, a rede integrada de ônibus construída em Bogotá na década passada. Hoje, segundo Bicalho, cerca de 80 cidades no mundo operam BRTs.

A velocidade média do sistema varia muito em cada localidade, mas chega facilmente a 25 km/h e tem dobrado o ritmo dos ônibus onde foi implantado.

Bicalho destaca, no entanto, o prazo mais curto das obras. “Em 24 meses, dá para sair do zero e entrar em operação, incluindo a elaboração de projetos”, diz. Já o tempo médio de construção de uma nova linha de metrô chega a nove anos.

Para o professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do departamento de engenharia de transportes e geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse é justamente um dos fatores que mais têm pesado a favor da escolha dos BRTs pelos administradores públicos.

Apesar de ressaltar que qualquer investimento em transporte coletivo é bem-vindo, ele vê exagero na sua capacidade de resolver os problemas de mobilidade nas grandes cidades.

“Infelizmente, a nossa classe política é muito imediatista. Os dirigentes optam pelo BRT, porque é o que cabe no mandato deles”, diz.

Para ele, há um movimento de resgate dos investimentos em transportes sobre trilhos nas capitais, que exigem mais planejamento, e os sistemas rápidos de ônibus “surgem como um contra-ataque do setor rodoviário para não perder espaço”. “É um movimento velado. Mas ver o BRT como solução definitiva para a mobilidade urbana é uma completa idiotice.”

Algumas cidades que já tinham projetos prontos e financiamentos aprovados para a construção de BRTs, como Salvador e Cuiabá, mudaram suas decisões.

Em Salvador, o sistema foi trocado uma nova linha de metrô na avenida Paralela, que ainda não foi licitada e ficará pronta apenas depois da Copa do Mundo de 2014.

Em Cuiabá, a opção pelo veículo leve sobre trilhos (VLT) aumentou o custo do projeto em 248%, de R$ 424 milhões para R$ 1,477 bilhão.

Além disso, o contrato assinado no mês passado prevê a entrega das obras a poucos dias do evento esportivo.

Nos dois casos os governos estaduais argumentam que o sistema de ônibus seria insuficiente para atender à demanda e que só os sistemas escolhidos podem ser vistos como solução duradoura

Para o professor da UFMG, outros projetos de corredores de ônibus estão com a demanda subdimensionada e podem iniciar suas operações já saturados, como o Antônio Carlos-Pedro I, em Belo Horizonte.

“A partir de certa demanda, a solução mais adequada pode se tornar a metroferroviária. A chave é olhar o número de passageiros e a projeção de crescimento”, diz o presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena.

Para ele, quando a demanda atinge em torno de 20 mil passageiros por hora/sentido, os sistemas rápidos de ônibus deixam de ser a solução mais adequada.

“O mais importante é que o Brasil vive uma oportunidade única de mudar a forma e o gerenciamento do transporte público. E os melhores exemplos internacionais foram vistos onde há autoridades metropolitanas encarregadas de planejar, implantar e fiscalizar a malha de transportes.”

A Odebrecht Transport acaba de fazer sua primeira incursão no mundo dos BRTs. Esse braço da empreiteira já atua em dois empreendimentos de mobilidade urbana: como acionista da ViaQuatro (operadora da linha 4 do metrô de São Paulo) e como controladora da SuperVia (trens suburbanos no Rio).

No mês passado, em um consórcio também formado por CCR e Invepar, a Odebrecht assinou contrato com a Prefeitura do Rio para construir e operar o corredor expresso Transolímpica.

A obra faz parte do pacote de investimentos para a Olimpíada de 2016 e prevê 13 km de novas vias, com uma faixa exclusiva para os ônibus do sistema BRT.

O consórcio fará a operação somente da via expressa e não do corredor de ônibus, mas a Odebrecht não descarta essa possibilidade em futuros empreendimentos do gênero.

“Em outras capitais, avaliamos também a operação dos BRTs, desde que seja algo integrado a outros modais de transportes”, diz Cesena.

Para a indústria de carrocerias, o impacto já se faz sentir e a previsão é de mudança no perfil das encomendas, mesmo sem aumentar as vendas totais.

A Caio Induscar, que detém 40% do mercado de ônibus urbanos, calcula que a entrega de veículos destinados a corredores de BRTs pode chegar a 300 unidades neste ano.

“Até 2014, podemos alcançar 2 mil ou 3 mil unidades”, prevê o diretor industrial da empresa, Maurício Cunha, demonstrando o ritmo de proliferação desse sistema no país. Ele acredita, no entanto, que a produção total deverá manter-se em cerca de 9 mil ônibus – a produção registrada em 2011. “Não haverá uma demanda nova, mas uma migração da demanda que já existe.”

Na semana passada, a Caio iniciou a demonstração da segunda versão do Millenium BRT, um veículo fabricado especialmente para os novos corredores.

O primeiro modelo, com chassi Volvo biarticulado sem ar-condicionado, começou a rodar em São Paulo, mas em corredores convencionais.

A nova versão traz novidades típicas da modernidade que cerca a operação dos BRTs: entra o ar-condicionado, muda a forma de fixação das poltronas, o design fica mais arrojado, a cabine para o motorista tem melhor acabamento, o sistema de iluminação é mais amplo.

A tendência é ter também um custo maior: a diferença de preço entre um ônibus articulado convencional e um de BRT gira em torno de 20%.

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MetrôRio comercializará, a partir de segunda-feira, novo cartão de integração com ônibus

A partir de segunda-feira (23/07) o MetrôRio, em parceria com a Fetranspor e a Riocard, comercializará um novo cartão unitário de integração ônibus expresso-metrô, em substituição ao bilhete de papel nas 14 linhas integradas ao sistema. O objetivo da mudança é coibir as fraudes nos bilhetes de integração.

O novo produto é fruto do trabalho conjunto desenvolvido entre a Concessionária e a Rio Card em busca de uma solução para evitar as fraudes e otimizar o processo de compra. Os novos cartões, bloqueados, serão vendidos exclusivamente nos ônibus. Em seguida, nas estações com integração, o cartão deverá ser introduzido nos validadores. O novo cartão terá o tempo máximo de integração de duas horas. No sentido metrô-ônibus expresso, não haverá modificações no sistema de bilhetagem.

Os atuais de bilhetes de papel serão válidos apenas até o dia 22/07.

Serviço:
Linhas em que o novo cartão de integração ônibus expresso-metrô

Fonte: Metrô Rio
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Lotações de Porto Alegre terão bilhetagem eletrônica ainda em 2012

Estudada desde o final do ano passado, a bilhetagem eletrônica integrada será implementada até o final de 2012 nas lotações de Porto Alegre. Nesta sexta-feira (20), será assinado convênio que permitirá o uso das lotações dos cartões TRI, já aceitos nos ônibus da capital gaúcha desde 2007.
 
A solenidade está marcada para as 14h, na Prefeitura, com a presença de representantes da administração municipal, da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL) e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
 
Segundo o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, a medida vai qualificar o transporte coletivo da capital gaúcha. “Trabalhamos diariamente por um transporte coletivo cada vez mais qualificado. O objetivo desta, e de outras ações, é incentivar e facilitar a circulação dos usuários na cidade”, declarou.
 
A partir da assinatura do convênio, serão definidas as questões técnicas para implantação da bilhetagem eletrônica integrada entre os sistemas de ônibus e lotação. De acordo com a previsão da EPTC, até o final deste ano estará efetivada a integração, envolvendo também o cartão SIM, usado no Trensurb.
 
Fonte: G1



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