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Montadora Volvo quer ganhar metade das licitações de ônibus para a Copa

domingo, 15 de abril de 2012

A montadora Volvo, fabricante de ônibus e caminhões com sede em Curitiba, planeja fornecer pelo menos metade dos 4.000 ônibus com licitação prevista até a Copa do Mundo de 2014, para atender aos projetos de mobilidade urbana das subsedes.

"[Se conseguirmos] menos que a metade, eu perco meu emprego", brinca o presidente da Volvo Bus América Latina, Luis Carlos Pimenta.

Os 4.000 veículos a serem disputados são destinados ao Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte. No ano passado, a Volvo venceu licitações em Curitiba, Manaus e Goiânia, e recebeu R$ 35 milhões por 700 veículos.

Os planos da montadora, líder no mercado de BRTs (sistema de ônibus em corredores exclusivos) no Brasil, com 60% de participação, incluem não só as subsedes da Copa como todas as cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes --habilitadas para receber verbas federais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade.

"A gente não vende a Volvo. A gente vende um sistema organizado de transporte", afirma Pimenta, em referência ao BRT.

Nesta semana, a empresa dá início a uma caravana que passará por 54 cidades brasileiras, para exibir os ônibus da Volvo --e as supostas qualidades do BRT-- aos potenciais clientes, inclusive prefeituras.

A visita aos administradores políticos, diz Pimenta, "é parte do dia a dia" da montadora. "Nós apresentamos as ideias; eles [políticos] fazem as decisões."

Para Pimenta, o BRT foi subaproveitado nas sedes da Copa. "Foi dada preferência a veículos sobre trilhos, ou metrô, que custam até dez vezes mais. É parte do jogo; é cabeça de político."

Além do setor de ônibus urbanos, a Volvo pretende investir fortemente no segmento rodoviário neste ano. Nesta quinta-feira (12), a empresa apresentou sua nova linha de chassis, com 14 modelos de ônibus --seis deles rodoviários.

Fonte: jornalfloripa.com.br

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Entra em vigor nova legislação para melhorar mobilidade urbana nas cidades

Melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas e cargas nos municípios e integrar os diferentes modos de transporte são alguns dos objetivos da Lei 12.587/2012, que começa a vigorar hoje (13). A legislação, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, foi sancionada em janeiro e dá prioridade a meios de transporte não motorizados e ao serviço público coletivo, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano.
A legislação prevê instrumentos para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação em horários predeterminados, a exemplo do que já existe em São Paulo. Também permite a cobrança de tarifas para a utilização de infraestrutura urbana, espaços exclusivos para o transporte público coletivo e para meios de transporte não motorizados, além de estabelecer políticas para estacionamentos públicos e privados. O texto também esclarece os direitos dos usuários, como o de ser informado sobre itinerários, horários e tarifas dos serviços nos pontos de embarque e desembarque.
Para o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade, Nazareno Stanislau Affonso, a nova legislação coloca o Brasil dentro da visão de mobilidade sustentável. “Atualmente, a política de mobilidade do país dá prioridade ao uso do automóvel, que é uma proposta excludente. O que essa lei fala é que agora a prioridade deve ser dada a veículos não motorizados, a calçadas, ciclovias, ao transporte público e à integração do automóvel a um sistema de mobilidade sustentável”.

Segundo ele, a aplicação da lei também vai depender da pressão dos usuários para que os governos locais de fato mudem a sua política, e o automóvel seja integrado de forma mais racional. “Quem tem carro vai perder privilégios e quem usa transporte público vai ganhar direitos”.
A nova lei vai exigir que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem planos de mobilidade urbana em até três anos, que devem ser integrados aos planos diretores. Atualmente, essa obrigação é imposta aos municípios com mais de 500 mil habitantes. As cidades que não cumprirem essa determinação podem ter os repasses federais destinados a políticas de mobilidade urbana suspensos. “O governo federal não vai poder liberar nada contrário à lei, então, quanto mais rápido os municípios fizerem seus planos, mais fácil será a liberação de seus projetos”, alerta Affonso.

Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova lei não é suficiente para garantir a sustentabilidade das cidades, com a necessária ampliação dos investimentos, redução dos congestionamentos e da poluição do ar e a melhoria da qualidade dos serviços públicos de transporte. Para o Ipea, que apresentou um estudo sobre a nova política de mobilidade urbana, é preciso o engajamento da sociedade para “fazer a lei pegar”, além da capacitação dos agentes municipais, que terão que adequar e implementar as diretrizes e instrumentos da lei à realidade de suas cidades.


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Sistema de transporte público coletivo de passageiros de Goiânia contará com o apoio da União

A União foi autorizada a celebrar o convênio com o Estado de Goiás para implementar o Sistema Metropolitano de Transporte de Passageiros de Goiânia (GO). O Projeto de Lei Nº 7541/2010, do Senado Federal, foi aprovado na Câmara dos Deputados na última reunião (11/04) pela Comissão de Viação e Transporte (CVT). A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara.

O objetivo do PL é viabilizar a implantação de sistema estrutural de transporte público coletivo de passageiros no estado. Esse sistema deverá ter capacidade compatível com a demanda atual de passageiros, bem como atender às necessidades futuras em relação ao transporte público.

O convênio deverá dispor sobre as características técnicas, físicas e operacionais do sistema a ser implantado; as condições gerais do suporte técnico e financeiro a ser prestado pelo governo federal; as contrapartidas dos governos estadual e municipais integrantes do aglomerado; e a participação de financiamento privado, na forma de parceria público-privada.

Audiências Públicas
O requerimento Nº 120/2012, da deputada federal Marinha Raupp (PMDB/RO), que propõe a realização de Seminários nos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Acre, para discutir a construção da Ferrovia Transcontinental, também foi aprovada pela CVT nessa semana.

No documento, a deputada sugeriu a presença de representantes da empresa pública Valec Engenharia Construções e Ferrovias S.A., do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para apresentar o projeto da ferrovia nos estados.

Ainda de autoria da parlamentar, o requerimento Nº 117/2012 foi aprovado. Ele visa a realização de um Fórum de Debates, na Comissão de Viação e Transportes, para discussão das obras de pavimentação da BR-429, em Rondônia, e da implantação da Unidade de Polícia Rodoviária Federal na mesma rodovia, aprovado pela comissão.

A CVT também aprovou o requerimento Nº 119/2012, do deputado Jose Stédile (PSB/RS), para a realização de Audiência Pública para debater políticas tarifárias para os transportes coletivos urbanos e metropolitanos.
O intuito é discutir a necessidade de se ter uma tarifa de transporte público acessível para toda a população, para atrair usuários de transporte individual e diminuir o afogamento do trânsito nas grandes cidades.

Agência T1 / Edição: Bruna Yunes

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Lei para instalação de câmeras nos ônibus de Manaus é aprovada pelos usuários

A Lei Municipal 789/2004, que trata da instalação de câmeras de segurança no interior dos transportes coletivos urbanos de Manaus, voltou a ser discutida a partir desta quinta-feira (12) na Assembléia Legislativa do Estado (ALE-AM). A medida agrada usuários do transporte público e é considerada viável pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS).

A iniciativa é da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo Deputado Cabo Maciel (PR), em conjunto com a Comissão de Gestão e Serviços Públicos, que tem à frente o Deputado Chico Preto (PSD). “É um projeto de minha autoria, de quando eu era vereador. A ideia é fazer com que as câmeras conversem com o CIOPS”, explicou Preto após rápida reunião com a Polícia Militar e o CIOPS.

No entanto, o diretor técnico do CIOPS, Ari Gomes, alertou que é necessário um investimento considerável para que o sistema seja eficaz. “É perfeitamente viável, só que implica em um investimento médio, para que não haja a frustração de divulgar que existe o sistema e depois ocorrer uma frustração com falhas”, analisou.

Gomes considera que só a simples divulgação da nova medida poderá diminuir consideravelmente os crimes nos ônibus em Manaus. “Se uma empresa fizer um cálculo dos prejuízos com roubos e traumas de funcionários, ela vai perceber que o investimento é válido”, destacou.

A ideia é agradável para os usuários do transporte público da capital amazonense, que consideram a medida positiva na prevenção de assaltos. É o caso da doméstica Sandra Melo, 51, que já foi roubada no ônibus. “Fui assaltada e não tive nenhum tipo de compensação, então esse sistema ajudaria bastante”, avalia.

A jornalista Jamyly Macedo, 23, diz que a lei traria mais segurança aos cobradores de ônibus, principais vítimas dos bandidos nos ônibus. “Não sei se auxilia a população, mas ajuda bastante o funcionário, que geralmente é quem sofre as abordagens”, opinou.

Fonte: d24am.com

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Comissão desonera folha de pagamentos para transportes urbanos

A Comissão de Viação e Transportes aprovou, na quarta-feira (11), o Projeto de Lei 1660/11, do Senado, que desonera a folha de pagamento dos trabalhadores em transportes urbanos dos tributos direcionados à Seguridade Social.
Foto: Blog Meu Transporte

A proposta fixa nova metodologia de cálculo da contribuição patronal para a Seguridade Social, que passará a incidir sobre a receita bruta e terá alíquota de 2,5%, acrescida de 0,1%, referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT).

Atualmente, as empresas de transporte público urbano e metropolitano de passageiros contribuem com 23% das remunerações pagas aos trabalhadores. O autor da proposta, senador Clésio Andrade, argumenta que a mudança na metodologia de cálculo poderá gerar redução média de 5% nas tarifas cobradas pelo serviço de transporte público urbano e metropolitano de passageiros em todo o País.

Acesso popular
Segundo o relator da proposta, o deputado Diego Andrade (PSD-MG), a redução de tarifa precisa ser prioridade para permitir o acesso dos mais pobres ao transporte público. Ele citou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), segundo os quais o preço elevado afasta as classes D e E, que apresentam uma participação de apenas 27% da demanda total dos ônibus urbanos, enquanto representam mais de 45% do total de habitantes do País.

Além disso, as vantagens dos ônibus sobre outros transportes justificam a medida, na opinião do relator. “O transporte coletivo significa, em termos gerais, menor consumo de combustível, energia e espaço viário por passageiro, assim como redução das taxas de emissão de poluentes.”

Tramitação
A proposta, que tramita em regime de prioridade, ainda será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: cenariomt.com.br

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Política Nacional de Mobilidade Urbana é debatida em Curitiba

sábado, 14 de abril de 2012

Autoridades nacionais de trânsito e transporte e gestores do setor de todo o Estado estão em Curitiba debatendo a nova política nacional de mobilidade urbana, que vigora a partir desta sexta-feira (13). As discussões acontecem no 4º Encontro de Secretários e Dirigentes do Transporte Público no Paraná, que acontece no Espaço Rotary, na Urbs.

O evento é organizado pela Regional Paraná da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e conta com a participação do presidente da ANTP, Ailton Brasiliense Pires e do diretor do órgão, Carlos Mantovani Néspoli.

“Esse encontro é uma grande oportunidade para o debate e a avaliação de proposições e soluções em cidades de médio e grande porte, em áreas como mobilidade, segurança e qualidade de vida nesses centros urbanos”, disse a diretora da Regional Sul da ANTP, a engenheira Rosangela Battistella.

A realização do encontro coincide com a entrada em vigor, oficialmente, da Lei Federal número 12.587/2012, a nova legislação para melhorar a mobilidade urbana nos grandes centros.
Na abertura do fórum o presidente da Urbs, Marcos Isfer destacou a ANTP como antiga e tradicional parceira da Prefeitura de Curitiba na discussão e o aprimoramento das ações do transporte coletivo, adotadas pela capital desde 1974, quando começou a funcionar o Sistema de Ônibus Expresso.

Ao comentar a Lei da Mobilidade Urbana, Isfer lembrou que o ir e vir nos centros urbanos sofrerá mudanças no médio prazo. “Quem tem carro perderá privilégios, e quem usa o transporte público ganhará direitos”, salientou.

Experiências – O presidente da ANTP, Ailton Brasiliense, frisou que o encontro, além de endereço para uma troca de experiências de políticas de transporte e trânsito em cidades paranaenses que enviaram representantes, como Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão e Ponta Grossa, serve para a discussão de caminhos comuns para uma qualidade de vida urbana sempre melhor.
“Se o poder público – através do Congresso, das assembléias legislativas e câmaras municipais – a iniciativa privada e organismos como a ANTP realizarem discussões e trabalhos que visam o aperfeiçoamento das infraestruturas urbanas, já teremos dado um enorme passo capaz de viabilizar, na prática, o que preconiza a Lei da Mobilidade que entra em vigor nesta data”, disse Brasiliense.

O superintendente da ANTP, Luiz Carlos Néspoli, explicou aos participantes que a mobilidade já foi tema de debates para sua inclusão na Constituição do Brasil, que é de 1988. “Vale lembrar que determinadas proposições vêm de algum tempo até sua implementação, como o Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo, colocado na pauta do Congresso Nacional em 1993, mas só implementado cinco anos depois”.

Processo – Marcos Isfer considera que a Lei de Mobilidade Urbana foi viabilizada, graças a um tripé formado pela Constituição de 1988, o Código de Trânsito Brasileiro, de 1998, e o Estatuto das Cidades, de 2001.
“Até 15 anos atrás, o tema não era considerado prioritário pelos administradores municipais, mas foi a evolução urbana que provocou o debate exigindo alternativas de transporte, como a bicicleta, e mesmo o aperfeiçoamento do transporte público em ônibus, que sensibilizou dirigentes, que hoje procuram recursos e mecanismos capazes de viabilizar s políticas de desenvolvimento urbano”, disse.

Ao falar sobre o desenvolvimento do transporte urbano integrado em Curitiba, Isfer lembrou que, depois da implantação das vias exclusivas para ônibus – as canaletas, em 1974 -, vieram aperfeiçoamentos como o a integração físico-tarifária, o sistema pré-pago de embarque, os embarques em nível nas estações-tubo e, mais recentemente as ultrapassagens nas canaletas pelos expressos Ligeirões.

Modelo – Ailton Brasiliense, da ANTP, afirmou que  experiência curitibana, até hoje modelo para centros urbanos do país e do mundo, com deslocamentos com modais sobre pneus, ainda tem longa sobrevida. “Curitiba mostra uma evolução constante no transporte.

Prova disso é a ampliação da malha de vias segregadas, com veículos cada vez maiores, rápidos e confortáveis e a recente decisão da cidade em desalinhar as estações-tubo com o alargamento desses mesmos eixos. São ações que permitem a livre circulação dos ônibus com um mínimo de paradas, concorrendo com os paradores. Medidas de planejamento que mostram que Curitiba avança dentro do seu próprio pioneirismo para que este modelo de transporte continue eficiente”, salientou.

Presenças – Participam do  encontro, ao longo de toda esta sexta-feira (13), além dos dirigentes da ANTP e o presidente da Urbs, o secretário municipal de Trânsito, Marcelo Araújo e diretores, representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e gerentes responsáveis pelo transporte e trânsito no Paraná.

Lei pretende melhorar qualidade de vida urbana
A Lei 12.487 / 2012, que trata da Mobilidade Urbana e entra em vigor a partir desta sexta-feira, 13 de abril, tem como objetivos melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas e cargas nos municípios e integrar os diferentes modos de transporte. A legislação, que institui as diretrizes da chamada Política Nacional de Mobilidade Urbana, foi sancionada em janeiro e dá prioridade a meios de transporte não motorizados (como bicicletas) e ao serviço público coletivo. Objetiva ainda a integração entre os modos e serviços de transporte urbano.

A nova legislação prevê instrumentos para aperfeiçoar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação de veículos em horários predefinidos. Permite também a cobrança de tarifas para uso da infraestrutura urbana, bem como espaços reservados exclusivamente ao transporte coletivo público, estabelecendo ainda políticas para estacionamentos públicos e privados.

São os principais pontos da Política Nacional de Mobilidade Urbana:• Prioridade dos modais de transporte não motorizados e dos serviços públicos coletivos sobre o transporte individual motorizado;
• Reserva de espaço exclusivo nas vias públicas ao transporte coletivo e meios de transporte não motorizados;
• Restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados;
• Probabilidade de cobrança pelo uso da infraestrutura urbana, desestimulando assim o uso de  determinados modos e serviços de mobilidade. A receita, segundo a lei, será aplicada exclusivamente em infraestrutura urbana destinada ao transporte coletivo ou transporte não motorizado. E ainda será usado no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público.
• Definição de padrões de emissão de poluentes para lugares e horários determinados, podendo condicionar o acesso e a circulação aos espaços urbanos sob controle.
• É direito dos usuários participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de mobilidade urbana.

Fonte: Correio do Brasil


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Entra em vigor lei que prioriza transporte não motorizado

Começa a vigorar a lei (12.587/2012) que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, que prioriza os meios de transportes não motorizados, o serviço público coletivo e a integração entre os modos e serviços de transporte urbano.

A legislação tem por objetivo melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades, como a restrição da circulação em horários predeterminados, a exemplo do que já existe em São Paulo, e a permissão de cobrança de tarifas para a utilização da infraestrutura urbana. Também trata dos direitos dos usuários, como o de ser informado sobre itinerários, horários e tarifas dos serviços nos pontos de embarque e desembarque.

Para o coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade, Nazareno Stanislau Affonso, atualmente, a política de mobilidade do País dá prioridade ao uso do automóvel, que é uma proposta excludente. "O que essa lei fala é que agora a prioridade deve ser dada a veículos não motorizados, a calçadas, ciclovias, ao transporte público e à integração do automóvel a um sistema de mobilidade sustentável", explica.

A nova lei vai exigir que os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborem planos de mobilidade urbana em até três anos, que devem ser integrados aos planos diretores. Atualmente, essa obrigação é imposta aos municípios com mais de 500 mil habitantes. As cidades que não cumprirem a determinação podem ter os repasses federais destinados a políticas de mobilidade urbana suspensos. "O governo federal não vai poder liberar nada contrário à lei, então, quanto mais rápido os municípios fizerem seus planos, mais fácil será a liberação de seus projetos", alerta Affonso.

Fonte: Terra


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Manaus pode ficar sem ônibus novamente nesta segunda-feira

Os usuários de ônibus de Manaus podem sofrer novamente com a falta de controle no setor de transporte coletivo por parte da Prefeitura Municipal. Os rodoviários prometem, agora, se sobrepor a uma decisão judicial com a nova paralisação na segunda-feira (16), caso não haja mudança na diretoria do sindicato e o dissídio da categoria não seja concedido aos trabalhadores.

A informação é do motorista Anderson Lobato,  um dos líderes do movimento paredista da última terça-feira, que deixou 500 mil pessoas sem ônibus em Manaus e  gerou um prejuízo de R$ 1 milhão às empresas do setor
“Não há justiça nem nada que faça parar nossa revolta. Vamos ver quem vai ter mais prejuízo, se os empresários ou a categoria. Só quem sabe o que sofremos é quem vive a realidade dos motoristas e cobradores”, ressaltou Lobato.

A decisão sobre a paralisação será decidida hoje à tarde, após reunião com o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Jeibson Justiniano dos Santos, quando será pedida a saída da Junta Governativa do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM) e a realização de novas eleições sindicais. “Caso nossas reivindicações não sejam atendidas, logo após a reunião iremos protocolar um documento informando sobre a paralisação e seus motivos. Também não vai ter 30% dos ônibus rodando. Vamos parar tudo!”, reiterou o líder.

O presidente da Junta Governativa, Francisco Bezerra, tachou os trabalhadores que estão organizando o novo movimento de paralisação de ‘irresponsáveis’. “Eles querem promover é uma baderna. Neste movimento não há interesses em defender os trabalhadores, o que eles visam mesmo é o momento eleitoral”.
Segundo Bezerra, a atual diretoria do Sindicato já está negociando a convenção trabalhista, que inclui o reajuste o dissídio da categoria.

Subsídio
Desde 2007, o Governo do Estado subsidia em 5% o diesel utilizado pelas empresas de transportes coletivo de Manaus. O DIÁRIO procurou o governador Omaz Aziz, para saber se o Estado irá intervir diante da nova ameaça de paralisação. Por meio de Agência de Comunicação (Agecom), Omar Aziz disse que não irá se pronunciar sobre o assunto, “por se tratar apenas de uma ameaça de greve no sistema de transporte”.

MP-AM aguarda posição da Prefeitura
A Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) descumpriu o prazo de 24 horas, expirado na tarde da última quarta-feira, estipulado pelo Ministério Público do Estado (MP-AM) para a prestação de esclarecimentos sobre as medidas adotadas para garantir a continuidade do serviço de transporte coletivo aos usuários, de Manaus. A assessoria de comunicação do MP-AM não soube precisar se a SMTU será penalizada pelo atraso.

Com o objetivo de apurar os efeitos danosos causados pela greve da última terça-feira, a 81ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Prodecon) instaurou inquérito civil solicitando da Superintendência informações referentes às medidas adotadas pelo órgão para solucionar o problema, a quantidade de veículos paralisados e a duração da interrupção do serviço.
Procurada para comentar o caso, a assessoria de comunicação da SMTU informou que as informações foram entregues na tarde de ontem, 12.

Fonte: d24am.com

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