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Os 71 Km da rede de metrô de São Paulo são minúsculos para uma cidade de 19 milhões de habitantes

sábado, 31 de março de 2012

Um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista The Economist afirma que, apesar dos avanços representados pela inauguração da Linha 4 do metrô, o sistema de transporte público de São Paulo ainda é insuficiente para atender a demanda da maior cidade da América do Sul.

A revista afirma que a Linha 4 liga, áreas como a Avenida Paulista e a Faria Lima, já transporta 550 mil passageiros por dia e representa economia de meia hora para muitos usuários que se deslocam da periferia para o centro da cidade.

"Os 71 Km da rede de metrô de São Paulo são minúsculos para uma cidade de 19 milhões de habitantes. Isso dificilmente seria digno de nota em outras cidades internacionais.", diz o texto.

"O metrô da Cidade do México tem mais de 200 Km de extensão. O de Seul, quase 400 Km. Até mesmo Santiago, com um quarto do tamanho de São Paulo, tem uma rede de metrô 40% maior", diz a revista.

Segundo a Economist, o recente crescimento econômico e o fato de o Brasil ser sede da Copa do Mundo de 2014 colocaram o transporte público de volta à agenda do governo federal.

No entanto, o artigo afirma que ainda deve levar tempo para que se note uma grande melhora na questão do transporte público em São Paulo, e que isso deve exigir não apenas ajuda do governo federal, mas também dinheiro do setor privado.

Fonte: Terra

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No Recife, Especialistas e urbanistas não aprovam os viadutos da avenida Agamenom Magalhães

O MP convocou a audiência para se posicionar oficialmente sobre a construção polêmica que vem provocando protestos de diversos setores, além dos moradores do entorno dos quatro viadutos. O órgão convidou especialistas em engenharia, urbanização e arquitetura para tecer comentários técnicos a respeito da obra, cujo editral de licitação foi lançado pelo Governo de Pernambuco no dia anterior. Todos rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo.

Segundo o professor doutor em arquitetura da UFPE Paulo Cesar Cavalcanti, os viadutos poderão aumentar a velocidade da Agamenon, mas infernizar outras áreas, como a Avenida Rosa e Silva, a região dos Quatro Cantos, no Derby, e a Rua da Hora, das Graças, já que não existem previsões de alargamento dessas vias. "Não estão sendo considerados ou divulgados os prejuízos estéticos, econômicos e ambientais e não há clareza sobre os efeitos da circulação dos pedestres", afirmou.

O engenheiro e vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea), Maurício Pina Moreira, lembrou que o modelo pensado para o trânsito pelo Governo e Prefeitura do Recife prioriza o transporte particular. Ele criticou a alegação do Estado de que os viadutos irão proporcionar corredores livres para ônibus na Agamenon. "Não podemos fazer medidas para beneficiar o transporte individual e dizer que vai melhorar transporte público". Ele sugeriu medidas restritivas para o transporte individual e criticou o fato de o Recife não mais fazer planejamento urbano como forma de entender o deslocamento dos habitantes.

Já o professor de arquitetura da UFPE Tomaz Lapa disse que o conceito de vizinhança está sendo esquecido pelo Estado, pois força as pessoas a usarem ainda mais o carro, o que pode causar novos congestionamentos no futuro. "Os viadutos representam medidas de efeitos conjunturais sem atingir o coração do problema", falou na audiência. "Essas medidas fornecem uma falsa ideia de progresso à margem de grandes rotatórias de alças viárias de cidades como Chigaco e São Paulo".

A audiência abriu espaço para interessados no assunto opinarem. Alexandre Santos, representante do Clube de Engenharia de Pernambuco, criticou o governador Eduardo Campos, que, segundo o órgão, vem evitando a discussão pública dos detalhes do projeto. Já Vitória Régia, do Instituto de Arquitetos do Brasil, chamou atenção para a degredação urbana ao redor dos viadutos, lembrando os já existentes na capital.

OUTRO LADO - O secretário de Cidades do Governo do Estado, Flávio Figueiredo, disse que os viadutos não impedirão futuros modais, como metrô e VLT (Veículos Leves sobre Trilhos). Ele afirmou que o projeto é o que melhor preserva o espaço físico e defendeu que o Estado defende a priorização do transporte público.

Segundo o Estado, a elevação de quatro viadutos transversais na Agamenon Magalhães vai possibilitar corredores exclusivos de ônibus na segunda etapa do Corredor Norte -Sul, que vai do metrô Joana Bezerra à Fábrica Tacaruna, numa faixa de 4,7 Km.

Figueirêdo também informou que será implantado um novo sistema, o TRO - Transporte Rápido por Ônibus -, com nove estações de passageiros sobre o canal. "Estamos tentando incorporar sugestões de diversos grupos e pessoas afetadas". Segundo a secretária de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obra, Maria de Biase, esse tipo de obra não exige licenciamento prévio, apenas da anuência do prefeito João da Costa. "Foi criada uma comissão de técnicos que estão estudando o projeto", informou.
Falta de Parceria ente Governo e Prefeitura
A presidente da CTTU, Maria de Pompéia, afirmou que o Governo do Estado ainda não informou quais os impactos dos viadutos nas vias adjacentes. E a presidente da URB, Débora Mendes, disse que o órgão não participou de nenhum ato em relação aos viadutos.

A previsão de início das obras é maio deste ano, com duração de 18 meses. A construção causa polêmica e protesto de moradores próximos à área atingida e também de estabelecimentos que serão diretamente afetados ou desapropriados, como o Clube Português e a Igreja Batista do Parque Amorim. Os viadutos poderiam ainda obstruir as janelas de alguns edifícios.

Fonte: JC Online

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Encarroçadoras de ônibus travam disputa acirrada no mercado

sexta-feira, 30 de março de 2012

Se entre os fabricantes de chassis para ônibus o ano de 2011 apresentou uma ligeira disputa entre as duas principais marcas, revelando aumento das vendas entre as empresas que compõem o segundo pelotão, no mercado de carrocerias não dá para ver tamanha concorrência pela ponta da tabela. A Marcopolo manteve o primeiro lugar com folgas em relação à segunda colocada, a Caio, no que diz respeito à fabricação total, de acordo com os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).

Mas, para dar tempero a essa disputa, é necessário classificar o mercado das carrocerias. A encarroçadora gaúcha mantém boa liderança quando se fala em ônibus rodoviários. A Marcopolo fechou 2011 com 4.594 unidades produzidas, contra 1.153 da segunda colocada, a Comil, que celebrou o aumento de 27% nas vendas em relação a 2010. Os modelos Campione mostram sinais de confiabilidade, o que talvez justifique esse bom volume de vendas. Procurada pela reportagem da “Revista Ônibus”, ninguém da empresa foi localizado para dar mais detalhes sobre esse salto, até o fechamento da edição.

Voltando à disputa, no segmento de ônibus urbanos, a paulista Induscar se manteve na frente, com quase 8.900 unidades fabricadas, enquanto, neste nicho, a Marcopolo teve uma produção de pouco mais de 7.100 carrocerias ao longo do ano. Já a briga pela terceira colocação é bem interessante. A Comil, que fechou 2010 na quarta posição, tomou o lugar que pertencia a Neobus. Foram 4.118 carrocerias produzidas. Mesmo com a explosão dos mega BRT e BRS, a Neobus terminou o ano com queda, em comparação ao mesmo período de 2010, com 3.863 carrocerias.

No entanto, a Neobus promete uma resposta rápida ao mercado.
A parceria firmada com a gigante americana Navistar, assim como o anúncio da nova fábrica em Três Rios, no Rio de Janeiro, são os trunfos para melhorar sua participação.
As demais encarroçadoras também apresentaram ligeiro aumento na produção das carrocerias.
A Irizar saltou de 589 para 705 ônibus, e a paranaense Mascarello passou de 2.457 unidades para 2.600, tendo como principal característica fornecer produtos para cinco segmentos: urbano, rodoviário, intermunicipal, micro e miniônibus. A produção mais uma vez é recorde, e vale observar que, do total de 35.531 carrocerias fabricadas, aproximadamente 4 mil foram destinadas ao mercado internacional.

Fonte: Revista Fetranspor

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Greve de ônibus afeta mais de 1 milhão de pessoas na Baixada Fluminense

A greve da Baixada Fluminense afeta um milhão de passageiros. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu (Transônibus), a frota dos municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo e Mesquita é de 3.300 ônibus, divididos em 110 linhas municipais e 265 intermunicipais.

O Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu ainda não sabe precisar o número de municípios que aderiram ao movimento.

Dia tumultuado na Baixada

Manhã de sexta-feira de protestos de rodoviários no Terminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no primeiro dia de greve decretada pela categoria em cinco municípios da região. A decisão foi tomada em assembléia na noite de quinta-feira. Passageiros chegaram a esperar cerca de uma hora e meia por uma condução.
 
Foto: Osvaldo Praddo / Agência o Dia

Assim como os profissionais de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá, na Região Metropolitana que paralisaram suas atividades na quinta-feira, os rodoviários da Baixada reivindicam reajuste salarial de 16% e aumento de 50% na cesta básica e o fim da fim da dupla função de motorista.

Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), a Justiça de Nova Iguaçu determinou ainda na quinta-feira que a categoria coloque 70% da frota nas ruas nos horários de pico e 40% no restante do dia. O descumprimento da determinação implicará em multa de R$ 300 mil ao dia. Diferentemente do que ocorreu no Terminal João Goulart, em Niterói, na véspera, o número de ônibus era bem maior no início da manhã no Terminal de Nova Iguaçu e circulando nas ruas do município.

Desde o fim da madrugada, os rodoviários grevistas se concentraram no Terminal de Nova Iguaçu. Eles tentaram convencer e em muitos momentos hostilizaram os colegas que furaram a greve e saiam da rodoviária conduzindo os coletivos, com insultos como "passa-fome". Com notas de R$ 2 nas mãos, eles ofereciam aos motoristas para pagar o lanche. Segundo denúncias de alguns, as empresas permitem apenas cinco minutos de lanche aos rodoviários em uma jornada de sete horas de trabalho.

Policiais do 20º BPM (Mesquita) acompanharam a movimentação dos manifestantes. Eles tentavam impedir aglomeração na saída da rodoviária para evitar transtornos no trânsito. Não houve registro de confronto até às 9h. No entanto, num momento de tensão, um ônibus da Transportes Treno e outra da São José bateral lateralmente durante a aglomeração de protesto. Ninguém ficou ferido e os coletivos seguiram viagem.
Muitos 'motoristas' trabalhavam sem o uniforme. Ainda segundo denúncias dos grevistas, eles são manobreiros, instrutores e inspetores habilitados que foram convocados por suas empresas a trabalhar na função nesta sexta-feira para compesar a falta dos grevistas.

"Os dois lados estão irredutíveis em suas propostas. Eles (as empresas) não vão nos conceder aumento se a greve acabar. Temos que resistir, temos que continuar com o movimento", pregava o despachante da empresa Master, Marcos Aurélio Pereira da Silva, de 34 anos.

Ao contrário das expectativas, às 6h havia congestionamento de ônibus para entrar no terminal de Nova Iguaçu, Às 7h, filas se formaram nas plataformas em Nova Iguaçu. Os ônibus saiam cheios, mas poucos lotados.

Até às 8h, o pintor industrial Wanderson Martins, de 40 anos, ainda não tinha conseguido embarcar para a Central do Brasil. Ele tinha saído de casa na localidade de Rancho Novo, que fica a cerca de quatro quilômetros do Centro, às 4h40. "Geralmente embarco em 20 minutos no máximo, mas hoje estou aqui até agora", lamentou já sem expectativa de chegar ao Centro do Rio.

O contador Carlos Adalto, de 52 anos, também aguardava na expectativa da chegada de um coletivo para a Praça Mauá. Além do atraso para embarcar ele ainda teria que enfrentar cerca de duas horas de trânsito até o Centro, para onde tinha esperança de chegar até às 9h.

"Achei que fosse mais difícil conseguir condução de onde moro aqui para o Centro. Achava que daqui do terminal não teria tanta dificuldade assim, mas vou continuar aguardando, apesar de já estar a 40 minutos aqui", disse ele, morador da localidade de Três Corações, que fica há 20 minutos da rodoviária de Nova Iguaçu.

Um motorista de 36 anos que pediu para não ser identificado com medo de represália por parte da empresa protestou contra a dupla função exercida pelos profissionais do volante. Ele denunciou que eles sofrem represálias, como suspensão e perda da cesta básica, caso se neguem a trabalhar dirigindo e cobrando a passagem dos usuários.

No fim da manhã, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Nova Iguaçu (STTRNI), Antonio Assis, disse que às 17h haverá uma assembléia para avaliar e saber a extensão do movimento.

Apesar da greve, o movimento na estação de trens de Nova Iguaçu foi de aparente tranquilidade. Às 8h30, o movimento era intenso porém sem o registro de filas. Segundo uma funcionária da Supervia, o número de passageiros foi maior que o de rotina, porém não foram registrados incidentes na estação.

Fonte: O Dia Online

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Em Curitiba, Ligeirão Azul, o maior ônibus do mundo, completa um ano


O Expresso Ligeirão, o maior ônibus do mundo, identificado pelos passageiros pela cor azul, completou um ano nesta quinta-feira (29), quando a cidade comemora 319 anos. O Ligeirão atende as linhas Boqueirão e Pinheirinho-Carlos Gomes e, até o início do próximo ano, entrará no eixo Norte, fazendo a ligação do Terminal Santa Cândida com a Praça do Japão.

Na linha Pinheirinho-Carlos Gomes, pela Linha Verde, 14 biarticulados azuis atendem diariamente 31 mil usuários. No eixo Boqueirão, são 37 mil passageiros transportados por dia nos 12 ligeirões. No total são 30 ônibus movidos exclusivamente a biodiesel, com uma redução de 63% na emissão de poluentes, em relação aos demais ônibus da frota.
Com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, o Ligeirão Azul substituiu ônibus articulados com capacidade para 170 passageiros, o que representou um aumento de 47% na oferta de lugares em cada viagem.
Além da cor diferenciada, que facilita a identificação para o usuário, o Ligeirão Azul tem vidros com película fumê, exaustores e ventiladores para manter a temperatura interna mais amena, bancos ergonômicos com estofados, sinal luminoso para indicar a abertura das portas, beneficiando especialmente pessoas com dificuldade de audição, e plaquetas em braille indicando o número do ônibus no encosto traseiro do banco situado em sua frente.
Para implantar o Ligeirão, a Urbs fez o desalinhamento das estações, que antes ficavam frente a frente, criando uma área de ultrapassagem que permite que um ônibus continue em frente mesmo quando outro está parado na estação. Os ônibus têm uma frequência de oito minutos no horário e de quatro minutos no horário de pico.
Laboratório – O eixo Boqueirão, onde o Ligeirão, ainda na cor vermelha, foi implantado em março de 2010, tem sido um laboratório para aperfeiçoamento do sistema de transporte em Curitiba. O eixo foi construído em 1977 e tinha à época ônibus de 11 metros de comprimento e capacidade para 85 passageiros.
Em dezembro de 1992, o eixo Boqueirão inaugurou a segunda fase do sistema Expresso, com os primeiros biarticulados – modelo à época pioneiro, desenvolvido para Curitiba – de 25 metros de comprimento e capacidade para 230 passageiros. E no ano passado, inaugurou o novo Ligeirão, ônibus com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.
Também foi no Boqueirão que em 1991 estreou a primeira Linha Direta, servida pelos chamados “Ligeirinhos”, na linha Boqueirão-Centro Cívico. Foi também o primeiro corredor de transporte a ter estações desalinhadas com criação de pistas de ultrapassagem nas canaletas.
O sistema de canaletas exclusivas para o ônibus foi inaugurado em 1974, nos eixos Norte e Sul, três anos antes da implantação da canaleta do eixo Boqueirão. O sistema, pioneiro no mundo, inaugurou o que hoje é conhecido como Bus Rapid Transit (BRT).

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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No Recife, Avenida Agamenon Magalhães terá corredor exclusivo de ônibus

Nesta quinta-feira (29), o Governador do Estado, Eduardo Campos, e o secretário das Cidades, Danilo Cabral, apresentam à imprensa, o Projeto do Corredor de TRO (Transporte Rápido de Ônibus) que será implantado na Avenida Agamenon Magalhães. Trata-se da segunda etapa do Corredor Norte Sul, que tem início no município de Igarassu, vai até o centro do Recife - via Cruz Cabugá - e agora, nesta segunda fase, segue até o Terminal de Integração Joana Bezerra. O edital de licitação para a execução da obra desta etapa será lançado amanhã (30) no Diário Oficial e nos veículos impressos de grande circulação do Estado.

Do Tacaruna até o Terminal de Integração Joana Bezerra – trecho da intervenção – são 4,7 km de extensão, um investimento previsto de R$ 110 milhões. Neste percurso, serão construídos, além do corredor de ônibus (pavimentação de toda a via, com implantação de uma faixa segregada para os ônibus articulados), cinco passarelas para a travessia dos pedestres, nove estações no canteiro central da via, além dos quatro viadutos transversais à Avenida Agamenon que, inclusive, já estão sendo licitados. Também está previsto o alargamento dos dois viadutos da Avenida João de Barros, e o alargamento do pontilhão de cruzamento das ruas Dr. Leopoldo Lins e Buenos. “A proposta da intervenção é priorizar o transporte público”, diz o secretário das Cidades, Danilo Cabral, lembrando que “a via é uma das mais importantes da capital, por onde passam cerca de 100 mil veículos por dia, cuja velocidade média em horário de pico chega a 5 km/hora em alguns trechos”.

Corredor Norte-Sul – O investimento na obra da primeira etapa (Igarassu ao centro do Recife) é de R$ 151 milhões. A intervenção passa pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife e atenderá a uma demanda de 146 mil passageiros. O percurso de 33,2 km vai ter 33 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. As obras desta etapa foram iniciadas em 06 de janeiro, com a restauração, reforço e substituição das placas de concreto do canteiro central de um trecho de 5 km, entre o Km 42 e o Km 47 da BR-101, próximo à UPA de Cruz de Rebouças e ainda a construção de dois viadutos nos Bultrins. Sendo o Viaduto Oeste, erguido exclusivamente para a passagem dos veículos do TRO, atendendo os sentidos Recife e Paulista, com extensão de 560 m. E, o viaduto Leste, que irá facilitar o trânsito misto da área, com duas pistas no sentido Recife/Paulista e uma extensão de 520 m.
 
Detalhamento das intervenções do Ramal Agamenon Magalhães
Estações: serão implantadas nove estações para o Transporte Rápido por Ônibus (TRO) em todo o trecho do canteiro central da Agamenon. Serão 400 metros de distância entre uma estação e outra. Cada Estação possui 180 metros quadrados de área para cada lado da via, totalizando uma capacidade simultânea de 1200 pessoas em cada estação – 600 de cada lado. O piso das Estações é de alumínio (mesmo dos ônibus) e a velocidade dos TRO é de 60 km entre as estações. O investimento para a construção das estações será de R$ 55 milhões.

Passarelas: Serão construídas cinco passarelas ao longo do Ramal Agamenon Magalhães. Sendo quatro interligadas aos viadutos da Paissandu, Bandeira Filho, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco e uma próximo ao Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, nas imediações das comunidades do Chié, Ilha do Joaneiro e Santa Terezinha. Os pedestres terão acesso ao equipamento por meio de elevadores e escadas. As passarelas serão interligadas as estações de TRO que ficarão localizadas ao longo do canteiro central da Avenida Agamenon Magalhães.

Viadutos da Avenida João de Barros: Para facilitar a passagem dos ônibus articulados na via, o Projeto prevê o alargamento dos dois viadutos da Avenida João de Barros, construindo mais uma faixa em cada um.

Os Viadutos da Agamenon - Atualmente o projeto está sendo licitado com previsão de abertura de envelope para a primeira quinzena de Abril. A construção dos viadutos sertão executadas durante 18 meses, a partir da ordem de serviço.

Os Viadutos: São quatro obras de arte que vão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães entre a Ilha do Leite (Rua Buenos Aires) e o Parque Amorim (Rua Paissandu) – 2,2 km.

Localização: Um viaduto será erguido na entrada para a Rosa e Silva (do Português/Mac Donald); um iniciando na Rui Barbosa, em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e cruzando a Agamenon Magalhães até o Colégio Americano Batista; o quarto viaduto passará pelo Colégio Contato, na Dom Bosco, seguindo a até o Hospital da Restauração e o último saindo da Paissandu e indo até o outro lado da pista, no canteiro central. Esses viadutos já estão em licitação, devendo ter início as obras no mês de maio.

Características - Cada torre de sustentação terá uma altura aproximada de 56 metros. É uma obra de engenharia com menos impacto ambiental e de bom resultado plástico. Além disso, no caso das obras estaiadas, a Agamenon não precisará ser totalmente interditada por se tratar de uma obra toda suspensa não gerando conflitos para a circulação da mesma (Ocorrerão interdições parciais). Existem obras similares em cidades como São Paulo: como a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, Ponte Estação Engenheiro Jamil Sabino e outras; em Sergipe, a Ponte dos Coqueiros; no Pará, a Ponte sobre o Rio Guamá; no Amazonas, a Ponte sobre o Rio Negro; no Piauí, a Ponte sobre o Rio Poty; no Rio de Janeiro, a Ponte sobre o Rio das Ostras.

Capacidade por viaduto - a capacidade média é de 3.500 carros por hora – cerca de 40 mil carros por dia. Cada viaduto tem uma largura de 7 metros de pista.

Justificativa para construção dos viadutos: Os viadutos apesar de serem construídos para os veículos de passeio, priorizam o transporte coletivo, uma vez que foram concebidos para possibilitar a implantação da segunda etapa do corredor de transporte publico Norte-Sul na Avenida Agamenon Magalhães, deixando uma das faixas exclusiva para o TRO que se estenderá até a zona sul do Recife.

Média de velocidade: Olinda x Boa Viagem
Atualmente: 20,9 km
Após os viadutos: 30,3 km
O maior ganho será na esquina entre a avenida Rui Barbosa e o cruzamento com a rua Buenos Aires, cuja velocidade em horário de pico atualmente é de 5 km por hora e subirá para 18km/h.

Média de Velocidade: Boa Viagem x Olinda
Atualmente: 18,2 km
Após os viadutos: 33,7 km
O maior ganho será na Paissandu, cujos carros passarão de 7km/h para 40 km/hora.

Situação atual: 3300 veículos em cada cruzamento
Sinais em toda a via: 15 semáforos
Sinais de veículos: 9 de veículos
Após os viadutos: 4210 veículos em cada cruzamento – cerca de 30% no aumento da circulação de carros na via.
 Sinais em toda via: 11 semáforos
Sinais de veículos: 5 de veículos (serão retirados os 4 semáforos dos viadutos)

Secretaria das Cidades PE

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Pesquisa revela que 25% de toda a área construída da cidade de São Paulo é usada para garagens

Na semana passada, a Folha de S. Paulo divulgou, com base em pesquisa realizada na Escola Politécnica da USP, que 25% de toda a área construída da cidade de São Paulo é usada para garagens. Essa situação não é fruto do acaso: a legislação da cidade de São Paulo obriga que todos os imóveis construídos tenham vagas de estacionamento, gerando assim uma espécie de simbiose entre o processo de produção da cidade e a inevitabilidade do modelo de circulação baseado no uso do automóvel.

Hoje, cada unidade residencial, seja vertical ou horizontal, tem que ter ao menos uma vaga de estacionamento. De acordo com a legislação, nos imóveis com até 200m² de área construída deve haver uma vaga; entre 200m² e 500m², duas ; e, acima de 500m², três vagas. Para imóveis comerciais, a cada 35m² de área construída é necessário uma vaga; em museus, isso se dá a cada 15m² de área construída, e, em hospitais, a cada 50m².

Mesmo em locais próximos às estações de metrô ou dos trens da CPTM, que poderiam ser regiões de alta densidade de população não usuária do carro, é proibido construir prédios sem vagas de estacionamento. A única exceção prevista na legislação é para áreas de habitação de interesse social (HIS).

Para além dos 25% da área construída de São Paulo destinada a estacionamentos, ou seja, espaços que os automóveis ocupam dentro dos lotes, é preciso considerar também o enorme espaço que estes veículos ocupam nas vias públicas. Acho que é possível dizer que a maior parte de nossos espaços públicos, excluindo parques e praças, é ocupada por veículos automotores.

De 2009 para cá, no entanto, a prefeitura de São Paulo vem tentando restringir o estacionamento em vias públicas. Mas a iniciativa ainda é tímida. Hoje isso acontece apenas em algumas vias de quatro bairros — Itaim, Pinheiros, Jardins e Vila Olímpia — e em alguns pontos da avenida Luiz Carlos Berrini.

Porém, sendo uma restrição tímida e não acompanhada de expansão e melhoria do transporte público coletivo, isso não leva as pessoas a deixar o carro em casa e buscar formas alternativas de deslocamento. Muitas recorrem aos questionáveis serviços de manobrista, os chamados valets, que custam cada vez mais caro e que, muitas vezes, utilizam as ruas para estacionar os carros dos clientes, fraudando a lei.

O fato é que quanto mais farto, fácil e barato os estacionamentos, maior é o estímulo para a compra e uso de mais automóveis, o que vai redundar em mais necessidade de espaço para acomodá-los, dentro e fora dos lotes. No limite, uma hora vamos ter que ter cidades inteiras só para os carros.

A realidade é que nosso modelo urbanístico de cidade estimula o uso do carro, consome um enorme espaço, público e privado, e não tem atendido as necessidades de circulação da população. Nesse momento em que a questão da (i)mobilidade urbana vem sendo tão discutida, não basta pensar alternativas para a melhoria dos transportes e do trânsito. É necessária uma reflexão mais profunda sobre o modelo urbanístico de nossas cidades, que passa, inclusive, pela forma como a legislação que rege as construções da cidade trata o tema.

Fonte: Yahoo Notícias

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Greve de ônibus na Região Metropolitana do Rio entra no 2º dia com mais força

O sindicato que representa os rodoviários de 15 municípios da Baixada, do Centro-Sul Fluminense e do médio Paraíba decidiu entrar em greve a zero hora desta sexta-feira (30). A paralisação pode deixar cerca de 2,4 milhões pessoas sem ônibus. As informações foram confirmadas pelo presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu, Joaquim Graciano da Silva (STTRNI). Com a adesão desta sexta, chega a 20 o número de cidades do Rio atingidas pela greve.

Entre as reivindicações da classe estão o reajuste de 16% no salário base e o aumento na cesta básica. Ao todo, 5 mil trabalhadores são filiados ao STTRNI.

Mesmo sem estar entre os municípios que aderiram greve, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento nos terminais rodoviários e estações de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As informações são do 15º BPM (Duque de Caxias).

Em Nova Iguaçu, o clima é tenso no terminal rodoviário da cidade. A rodoviária está cheia e há muitos grevistas no local. Por causa da grande movimentação, dois ônibus chegaram a bater em uma das vias no interior do terminal. Não há informações sobre feridos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) estão no local.

Circulação com 40% da frota
Por determinação judicial, as empresas de ônibus são obrigadas a circular com pelo menos 40% da frota durante a greve.

A paralisação atinge os seguintes locais, segundo o sindicato: Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita, Paracambi, Miguel Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Rio das Flores, Vassouras, Itaguaí, Paty dos Alferes, Seropédica e Mangaratiba.

Na quinta-feira (29), rodoviários de outras cinco cidades da Região Metropolitana do Rio já tinham entrado em greve. Foi um dia de muito transtorno para os cerca de 1,5 milhão de moradores de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá. E com a adesão dos rodoviários em outros quinze municípios, a sexta feira promete ser ainda mais complicada para quem depende dos ônibus.

Serviços
Por causa da greve dos rodoviários na Baixada, a SuperVia informou que colocou duas viagens extras no ramal Japeri, em Nova Iguaçu e Queimados. A concessionária informou ainda que acompanha o movimento de passageiros e, dependendo da demanda, a empresa pode aumentar o número de composições disponíveis.

Já o Metrô Rio informou que monitora o fluxo de usuários para avaliar a necessidade de aumentar o efetivo de funcionários nas estações.

Transtornos na volta para casa
Na noite de quinta, moradores das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá e Itaboraí, na Região Metropolitana, tiveram problemas para voltar para casa de ônibus. Havia poucos ônibus circulando pelas cidades, com grande espera para quem depende do transporte coletivo. Vias como a Niterói-Manilha tiveram grande movimentação de veículos, com pontos de retenção no fim do dia.

Fonte: G1 RJ

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Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960