Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Em Goiânia, Linhas de ônibus precisam ser melhor distribuídas, diz especialista

terça-feira, 20 de março de 2012

A comparação entre a população de Goiânia e a de São Paulo demonstra um número 8,5 vezes maior para a cidade paulista. No entanto, enquanto os 1.450 ônibus da capital goiana levam 600 mil passageiros por dia, os 15.000 (mais de dez vezes a frota goianiense) em São Paulo levam 6 milhões, ou seja, exatas dez vezes mais. Além disso, são mais 3 milhões de pessoas que utilizam o metrô. Isto significa que a proporcionalidade de fluidez no trânsito pelo transporte coletivo de Goiânia é maior que em São Paulo, o que revela que o simples aumento da frota não resultaria em melhoras para os usuários do transporte coletivo.

Para o doutor em trânsito e transporte Benjamim Rodrigues dos Santos, com uma rede de linhas bem distribuídas, o usuário não andaria mais de 300 metros de um ponto para o outro. “Em Goiânia, tem gente que caminha 500 metros, essa distribuição deve ser reformulada.” A capital de Goiás possui 56 linhas do transporte coletivo para atender 200 bairros, em São Paulo, há 1.350 linhas.

O especialista acredita que a distribuição de linhas deve ser feita a partir de um estudo da demanda. Segundo ele, essa análise seria feita em todos os 11 municípios da região metropolitana. Além disso, ele destaca ser necessário investimento em transporte de massa, como exemplo, o metrô. “Com o transporte coletivo de qualidade, as pessoas vão deixar os veículos em casa.” Benjamim afirma que os ônibus devem ser mais bem explorados. “Nos períodos de pico, cada linha deve liberar ônibus em intervalos compatíveis com o número de passageiros. Talvez para isso seria necessário ter uma maior quantidade de ônibus.”

O presidente da CMTC, José Carlos Xavier, o Grafite, até admite que o número de ônibus disponíveis seja um fator que agrava o atendimento aos passageiros, mas não acredita que a aquisição de novos veículos seja a salvação.

Ele explica que o tempo de viagem está maior. “Se cada vez que o tempo de viagem da linha aumenta colocarmos um novo veículo, o usuário não terá a sensação de melhoria.” Xavier acredita que os corredores para o transporte coletivo devem ser priorizados – o que não é feito pela Prefeitura. Ele afirma que a tipologia da frota deveria ser modificada. “Nos verdadeiros eixos de transporte, o ônibus adequado é um de maior capacidade, articulados, parecidos com os que circulam no Eixo Anhanguera.” Sem os corredores é inviável o trânsito desse tipo de veículo. Os ônibus articulados têm capacidade para transportar 150 pessoas.

Fonte: Jornal O Hoje (Lyniker Passos e Vandré Abreu)
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Pesquisa avalia trabalho dos motoristas no transporte coletivo

O transporte coletivo é fundamental para a rotina diária de milhões de pessoas. Mas e quando ele é sua ocupação? Estudo em andamento na Faculdade de Medicina da UFMG pretende avaliar exatamente como são as condições de trabalho a que motoristas e agentes de bordo submetem-se diariamente. Intitulada “Condições de trabalho e saúde dos trabalhadores do transporte coletivo urbano da Região Metropolitana de Belo Horizonte”, a pesquisa terá a colaboração de trabalhadores de nove empresas, sendo uma em Betim, outra em Contagem e sete em Belo Horizonte.

Segundo a coordenadora da pesquisa, professora Ada Ávila Assunção, do departamento de Medicina Preventiva e Social, o trabalho quer mais do que conhecer os principais problemas de saúde que atingem esses profissionais. “Avaliar essas condições de trabalho nos dá pistas para ações de prevenção, que podemos sugerir para as empresas e os trabalhadores”, afirma.

A pesquisa teve início em agosto de 2011, com um trabalho de revisão do que já existe sobre o assunto na bibliografia. Agora, o grupo prepara-se para ir a campo, com a seleção de bolsistas (Leia + sobre a seleção). “Esses alunos serão responsáveis por entrevistar motoristas e agentes de bordo, de acordo com questionários produzidos previamente”, explica a professora Ada. Também serão realizadas entrevistas em grupo, com técnicas de grupos focais, tendo como alvo os trabalhadores e gestores das empresas parceiras.

Saúde em risco
De acordo com a professora Ada Ávila, as atividades de motorista e agente de bordo carregam um conjunto de elementos prejudiciais à saúde dos profissionais. “Jornada de trabalho extensa, ruído excessivo, temperaturas desconfortáveis, são todas variáveis que eles não podem fazer nada a respeito”, afirma.

Somados o ambiente hostil do trânsito, usuários exigentes e agressivos e a violência urbana, não é por acaso que uma das profissões com maior índice de afastamento do trabalho por estresse seja exatamente a de motorista. Outros problemas de saúde muito reportados são obesidade, hipertensão, doenças do coração e dor lombar. “Por tudo isso, é importante produzir resultados que possam ajudar na elaboração de estratégias para promoção na qualidade de vida no trabalho, e suas possíveis repercussões no trânsito”, aponta a professora.

Fonte: medicina.ufmg.br


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Transalvador inicia vistoria anual de transporte complementar

Todos os 290 veículos que integram o Subsistema de Transporte EspecialComplementar de Salvador (Stec) passarão, até o dia 4 de abril, pela vistoriaanual da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).O trabalho foi iniciado na manhã desta segunda-feira (19), na sede da Coopstec- cooperativa dos empresários do setor, no bairro de Castelo Branco.
Durante o serviço, os técnicos da Transalvador vão observar itens comofuncionamento do sistema elétrico, freios e suspensão dos micro-ônibus dafrota. A vistoria é realizada de segunda a sexta-feira, das 8 às 12h e das 13às 17h.
Segundo o chefe do Setor de Vistoriada Transalvador, Roberto Cerqueira, os técnicos também fiscalizarão aregularidade de documentos, como o alvará de funcionamento e a identificaçãodos condutores (crachás). “Com esse trabalho, procuramos garantir mais confortoe segurança para os usuários do sistema”, afirma.
A convocação para a vistoria é feita pela própria cooperativa, emparceria com a Transalvador – órgão vinculado à Secretaria Municipal deTransporte e Infraestrutura Urbana (Setin). Para evitar transtornos na ofertade transporte à população, a cada dia são vistoriados no máximo três micro-ônibuspor linha.
Atualmente, o sistema opera com 64linhas, que circulam em sete diferentes áreas da cidade: Brasilgás, Cajazeiras,Itapuã, Narandiba, Paripe, Periperi e São Cristóvão. De acordo com a estimativada Transalvador, cada veículo do Stec transporta por dia cerca de 450passageiros, melhorando a mobilidade urbana da cidade nessas áreas de grandeconcentração populacional.
“Com o sistema complementar, melhoramos a mobilidade urbana em áreas ondea demanda pelo transporte coletivo é maior. Os micro-ônibus têm ainda avantagem de alcançar pontos de acesso mais difícil para os veículos tradicionais”,explica o vice-presidente do Stec, Franklin Trindade.


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No Rio, Integração trem-metrô já está mais cara

Os usuários da integração trem-metrô começaram a pagar mais caro para usar as duas conduções em sequência. O preço do bilhete passou de R$ 4,20 para R$ 4,95, valor cobrado pelo Bilhete Único estadual. O aumento de 17,85% deixou ainda mais insatisfeitos os usuários de um serviço que já é alvo de constantes reclamações.

— O serviço já é ruim e o preço, muito alto. Você nunca sabe o que vai encontrar quando pega o metrô ou o trem. Dá até medo — afirmou a empresária Rose Pedrosa Borges, de 32 anos, que usa a integração duas vezes por semana para fazer o trajeto entre Copacabana e Campo Grande.

O reajuste pesará no bolso da copeira Andréa de Brito, de 28 anos. Ela começará a usar a integração no próximo mês, quando mudará de emprego. Passará a pegar o trem de Gramacho até a Central, onde embarcará no metrô até Botafogo.
— Eles tinham que melhorar muito o serviço antes de sair reajustando — reclama.

Segundo o MetrôRio e a SuperVia, o aumento do preço da integração deve-se ao fim de uma promoção iniciada em 2000 pelas duas concessionárias. Para quem não tem o Bilhete Único estadual, a situação fica pior. Comprar os bilhetes do trem e do metrô separadamente custa R$ 6, contra os R$ 4,20 que eram cobrados até ontem para usar as duas conduções.

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Em Olinda, Começam as obras de dois viadutos que farão parte do corredor Norte-Sul

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Secretaria das Cidades (SECID) iniciou nesta segunda (19.03), mais uma etapa das obras do corredor exclusivo de ônibus Norte-Sul. Desta vez, a SECID avança na construção de dois viadutos (leste e oeste), ao longo da PE-15, nos Bultrins. Para a intervenção, que terá início em Olinda, em frente ao Eli’s Veículos (sentido Olinda/Recife) e segue até o 7º Batalhão de Regimento de Olinda, haverá mudanças na localização das paradas de 17 linhas de ônibus que circulam no local. O trânsito para o tráfego misto continuará funcionando normalmente.

Os dois viadutos serão construídos com o intuito de priorizar a passagem dos novos coletivos do Transporte Rápido por Ônibus (TRO), e consequentemente facilitar o trânsito para o tráfego misto da área. Segundo o secretário das Cidades, Danilo Cabral, o projeto irá refletir na melhoria do fluxo de veículos do local, sobretudo garantindo mais agilidade para os usuários de ônibus, que terão uma via expressa, com menos semáforos e estações climatizadas. “Esta é uma intervenção muito importante para a população da Região Metropolitana Norte do Recife, pois irá diminuir significativamente o tempo de viagem na ida para o trabalho e na volta para a casa dos usuários. O nosso cálculo é que seja reduzido em 15 minutos o percurso de cada viagem no trecho de Igarassu até o Centro”, ressaltou o secretário.

A construção dos dois equipamentos será realizada durante um período de 11 meses. Para o Viaduto Oeste, erguido exclusivamente para a passagem dos veículos do Transporte Rápido por Ônibus, atendendo os sentidos Recife e Paulista, serão investidos R$ 9,2 milhões. Este terá uma extensão de 560 m. Já no viaduto leste, que irá facilitar o trânsito misto, serão investidos R$ 7,4 milhões. Este último contará com duas pistas apenas no sentido Recife/Paulista e terá uma extensão de 520 m.

Próximo passo: Em 15 dias, a SECID irá iniciar a construção de um elevado em Ouro Preto, Olinda. Este equipamento também está integrado ao projeto de implantação do Corredor Exclusivo de Ônibus Norte-Sul.

Paradas Provisórias: Devido a esta intervenção, a pista exclusiva para ônibus entre o Eli’s Veículos (sentido Paulista/Recife) e o 7º Batalhão de Regimento de Olinda, será interditada, o que irá refletir na implantação de quatro paradas provisórias na PE-15.

Segue abaixo a relação das paradas provisórias:
Sentido Recife/Paulista
- Lado oposto ao Quartel do Exército. Em frente ao imóvel nº 1092 (poste nº AO 03890)
- Lado oposto ao Quartel do Exército. Em frente ao imóvel º 256 (poste nº AO 00522)
Sentido Paulista/Recife
- Em frente ao imóvel nº 2271 Junto a Estofados Modelly
- Em frente ao Quartel do Exército
Todas as linhas da lista abaixo serão atendidas pelas novas paradas provisórias:
050 - PE-15/Boa Viagem
886 - Ouro Preto/Rio Doce
 907 - Paulista/Rio Doce
909 - Paulista/Joana Bezerra
 911 - Ouro Preto (Cohab) 
913 - PE-15/Joana Bezerra
915 - PE-15 RuadoSol 
916 - Ouro Preto/Joana Bezerra
928 - Maranguape II (Bacurau)
 936 - Mirueira (Bacurau) 
940 - Abreu e Lima/Olinda 
949 - Caetés/Centro de Paulista (Paratibe) 
957 - Caetés I (Bacurau) 
967 - Igarassu (Sítio Histórico) 
970 - Paulista/T.I. PE-15

Histórico: As obras do Corredor Norte-Sul foram iniciadas em 6 de janeiro, com a restauração, reforço e substituição das placas de concreto do canteiro central de um trecho de 5 km entre o Km 42 da BR-101 e o Km 47 da BR-101, próximo a UPA de Cruz de Rebouças. Em seguida, a SECID iniciou a requalificação de novos trechos entre a BR-101 e a PE-15.

Corredor Norte/Sul - com investimento de R$ 162 milhões, o corredor Norte-Sul passa pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife atendendo a uma demanda de 146 mil passageiros. O corredor tem início no Terminal Integrado de Igarassu e segue até a Estação Central do Metrô, no centro do Recife, passando pela PE-15, Complexo de Salgadinho e Avenida Cruz Cabugá. O percurso de 33,2 km vai ter 33 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. O projeto prevê a construção de dois viadutos nos bultrins além de um elevado em Ouro Preto e a requalificação de toda a ciclovia da PE-15.

Também faz parte do projeto do corredor Norte-Sul, a construção de quatro viadutos que vão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães, entre a Ilha do Leite e o Parque Amorim: um na entrada para a Rosa e Silva (do Português/Mac Donald); um iniciando na Rui Barbosa, em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e cruzando a Agamenon Magalhães até o Colégio Americano Batista; o quarto viaduto passará pelo Colégio Contato, na Dom Bosco, seguindo a até o Hospital da Restauração e o último saindo da Paissandu e indo até o outro lado da pista, no canteiro central. Esses viadutos já estão em licitação, devendo ter início as obras no mês de maio.

Com Informações da Sec. das Cidades
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Investimentos em transporte estão 50 anos atrasados

O Brasil está meio século atrasado em relação aos investimentos que precisariam ser realizados no transporte público coletivo. O número leva em conta dois aspectos: as quase três décadas de descaso público na expansão do sistema de transporte sobre trilhos – tido pelos especialistas como a principal alternativa para grandes deslocamentos em área urbanas – ; e a falta de vontade política de governos, que optaram por virar as costas para a elaboração de um plano de mobilidade urbana para as principais capitais.

Como toda opção tem seu preço, não é raro que histórias envolvendo caos nos transportes tomem de assalto o noticiário nacional, como ocorreu na última semana, em São Paulo. Em um espaço de duas horas, três falhas no sistema do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) afetaram diretamente o cotidiano de 200 000 pessoas na manhã da última quarta-feira.

Problemas técnicos em trens e na linha em que eles se locomovem, dizem os especialistas, são normais em todo o mundo. Filas com milhares de passageiros do lado de fora das estações e, do lado dentro, usuários espremidos aguardando até vinte minutos dentro de vagões parados, isso não. "O Brasil está cerca de 50 anos atrás do que deveria em sua rede de transportes coletivos. E os caos que se verificou em São Paulo deve-se a uma superutilização do sistema", afirma o presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense Pires.

Demanda – Professor de planejamento e operações de transporte da Universidade de São Paulo (USP), Jaime Waiman concorda com o presidente da ANTP. Para ele, o problema se agravou em São Paulo por ter ficado desde meados da década de 1970 até o início dos anos 2000 sem adequar sua malha de transportes ao crescimento da demanda dos passageiros. Quando acordou para a questão, o problema já estava instaurado. “Ficamos muito tempo parados, criou-se uma defasagem enorme na área de transportes coletivos, um buraco que, agora, vai levar tempo para ser resolvido”, destaca.

Waiman chama a atenção para a retomada de investimentos no setor – nos últimos dez anos, o sistema metroferroviário de São Paulo ganhou 26,5 quilômetros de linhas, segundo dados do Metrô e da CPTM –, mas o ritmo empenhado ainda vai levar, pelo menos, quatro anos para oferecer o mínimo de conforto para seu usuário.

“Não tem mágica. São Paulo passou de cidade industrial para a de serviços, multiplicando por três ou quatro o número de viagens que uma única pessoa faz ao longo do dia. Assim, vamos continuar sofrendo até 2016, quando a situação pode começar a melhorar. Mas isso apenas se o governo continuar a investir como vem fazendo nos últimos anos”, estima.

Integração – Há uma outra questão imporante nessa dicussão, além do investimento: o modelo de integração que ganhou força principalmente com o Bilhete Único, implantado em 2004. O sistema de bilhetagem eletrônica permite ao passageiro até três viagens de ônibus e uma passagem pela catraca do Metrô por 5,90 reais. O modelo diminui o desembolso médio do passageiro e foi responsável pelo aumento da procura pelo sistema.

No entanto, alertam especialistas e fontes do mercado, o Metrô não estava preparado para esse aumento de usuários, que cresceu ainda mais após a liberação de baldeações sem custo para a rede da CPTM. Em suma, a política de integração na cidade ajudou a sobrecarregar o sistema.

Ônibus – Sem opções, o que sobra ao paulistano é procurar alternativas de locomoção. O ônibus coletivo é apontado como um bom aliado. São Paulo possui uma das frotas mais extensas do mundo - são 15 000 veículos de 1 532 linhas distintas. "De que adianta tanto ônibus se eles não andam?", indaga o consultor em transportes Horácio Figueira. "O sistema rodoviário da cidade não funciona".
S
egundo o consultor, para ser considerado minimamente eficiente, um ônibus precisa circular acima de quinze quilômetros por hora. Nas principais ruas e avenidas da capital, eles não ultrapassam dez quilômetros por hora. "Em horários de pico, a velocidade bate 8 quilômetros, o mesmo que um pedestre jovem, em marcha forçada, consegue alcançar", diz.

Corredores – Há meios de fazer os motoristas de ônibus pisarem no acelerador. Para isso, Ricardo Corrêia, sócio fundador da TC Urbes, que projeta espaços públicos urbanos, explica que é preciso apostar em corredores exclusivos, com pista rebaixada, pavimentadas com concreto, poucos cruzamentos e, consequentemente, quase nenhum semáforo.

“O modelo é ideal para viagens curtas, que percorrem até sete quilômetros. O problema é que esse tipo de solução demandaria um plano de transporte urbano para as cidades. E, em São Paulo, como em todo o Brasil, isso não existe”, diz.
Bogotá, na Colômbia, abriga aquele que é considerado o melhor corredor do mundo. Lá, o sistema comporta até 30 000 passageiros por hora. Como comparação, a Linha Vermelha do Metrô, também recordista mundial em sua categoria, transporta 7 000 passageiros por hora. "São Paulo tem hoje 150 quilômetros de corredores, mas precisaria de mais uns 400 quilômetros. O problema é que a prefeitura não constroi um metro de corredor há seis anos”, afirma Figueira.

Londres - Um exemplo de cidade que soube organizar um modelo e uma gestão de transporte coletivo é Londres, que mantém uma das redes mais complexas – e funcionais – de integração urbana do planeta.

O ponto de partida para a rede de transportes da capital inglesa é o metrô, que na cidade dispõe 467 quilômetros de extensão, onze linhas e impressionantes 270 estações. Foi projetado para interligar todos os pontos da cidade, de norte a sul, leste a oeste, escorado por uma eficiente rede de transportes alternativos que servem de plano B para uma eventual falha na linha.

“O metrô de Londres tem problemas como qualquer outro. Às vezes uma composição para, às vezes uma linha precisa ser paralisada. No entanto, por ser muito extenso, o passageiro pode sair da estação, andar algumas quadras e entrar em outra estação, de outra linha”, afirma o arquiteto Ricardo Esteves, especialista em transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para o professor, outro ponto de destaque da rede londrina é o sistema de ônibus, que a princípio serve para alimentar as estações com passageiros e, depois, para manter o sistema operando em normalidade no caso de possíveis problemas. "O ônibus londrino tem dois andares, mais ou menos a mesma capacidade de um biarticulado que opera em São Paulo, e trafega em corredores exclusivos, o que garante uma boa velocidade durante a viagem”, diz.

Fonte: veja.abril.com.br

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Em Manaus, Mais 317 novos ônibus (Convencionais e articulados) são entregues pela prefeitura

O sistema de transporte coletivo recebeu mais 317 ônibus entre convencionais e articulados. A entrega oficial foi feita na manhã deste domingo (18) pelo prefeito Amazonino Mendes. Durante a entrega o prefeito fez um desagravo em favor do superintendente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, que pediu neste sábado (17) afastamento do cargo. Cavalcante vem sendo acusado na Justiça, juntamente com funcionários do órgão, de promover irregularidades na concessão de permissão para o funcionamento de ônibus do transporte executivo.

Com os 317 ônibus apresentados ontem, Manaus conta hoje com uma frota de 831 ônibus novos. Segundo o prefeito Amazonino Mendes faltam ainda chegar em Manaus 113 ônibus articulados, dos quais 86 estarão chegando nos próximos dias e outros 27 que estão em produção.

No total Manaus terá uma frota de 944 ônibus novos, 86 a mais do que foi estabelecido pelo edital de licitação, que previa 858 novos coletivos. No total Manaus vai contar com 1.727 ônibus no sistema, de uma frota prevista para 1.631 e com a idade média de 1,86 anos.

Solidariedade

Amazonino chegou pouco depois das dez horas na Avenida das Torres, onde os ônibus foram colocados em fila por seis quilômetros.

― Eu quero parabenizar a cidade, agradecer o trabalho enorme, muitas vezes injustiçado da equipe da Prefeitura que cuida do setor de transporte coletivo. A cidade toda sabe é testemunha que esse setor era um setor extremamente desorganizado, caótico e não havia rigorosamente nenhuma esperança de ninguém. Ninguém acreditava tamanho era o problema que se pudesse, por exemplo, trazermos ônibus novos ― observou o prefeito em entrevista coletiva.

O prefeito deplorou as acusações contra o superintendente da SMTU e seus assessores que atuam na busca de organização e melhoria no sistema de transporte coletivo em Manaus. As denúncias partem de um grupo de permissionários do Transporte Executivo.

― Na verdade estão sendo vítimas de acusações infundadas, proferidas por pessoas desclassificadas, reconhecidamente inidôneas, gente com passado criminoso. Esse pessoal que se esforçou tanto, que se dedicou tanto e é vitorioso, está hoje nas barras dos tribunais, sendo execrados na imprensa o que é uma coisa contraditória, brutal. De repente, o bandido vira mocinho e o mocinho vira bandido ― assinalou.

O prefeito se referiu aos autores das denúncias contra o superintendente da SMTU que, com o propósito de fundamentar as acusações, distribuíram vídeos com supostas irregularidades praticadas como venda de vaga nas cooperativas dos Executivos ocorridas em 2006 e 2007 para a imprensa que o reproduziu em seus noticiários. Amazonino assumiu a Prefeitura em janeiro de 2009 e Marcos Cavalcante somente em 2010.

― Há um movimento por trás, perigoso. Não há nada, rigorosamente nada que desabone a equipe que está aí cuidando disso. Passaram 15 anos fazendo molecagem, Chega uma equipe para organizar, ela vai pras barras do Tribunal ―.

O prefeito deplorou o processo de execração pública por que vem passando Marcos Cavalcante através da imprensa. Para Amazonino o processo de reorganização do transporte coletivo em Manaus está contrariando interesses e servindo de instrumentos de “politicagem” por grupos políticos locais.

Para o prefeito com a apresentação dos ônibus na manhã de ontem termina uma etapa na recuperação do sistema que havia encontrado em 2009 quando a idade média da frota era próxima de dez anos.

― Hoje termina essa novela. Ninguém mais vai fazer picaretagem políticas sobre isso. Mesmo vocês são testemunhas quando como com grande esforço, enorme trabalho, nós fizemos a primeira apresentação dos ônibus. Não faltou inclusive autoridade para insinuar que os ônibus eram maquiados; que os ônibus eram apenas pintados. É lamentável isso, é triste ― disse em sua fala, para em seguida fazer uma advertência:

― Há muita coisa podre na nossa sociedade. Tem muita coisa errada. É preciso haver um comprometimento institucional mais sério, mais respeitoso. Nenhuma sociedade consegue sobreviver com esse comportamento. É fundamental que o povo, as forças, as organizações se unam e cobrem mais  respeito, mais seriedade ― afirmou.

Os números atualizados do sistema de transporte coletivo na cidade de Manaus são:

1) SOBRE O NÚMERO DE ÔNIBUS CIRCULANDO EM MANAUS ATUALMENTE:

Foram entregues neste domingo: 317 ônibus.

Já estavam circulando 514

Somando um total (hoje) de 831

2)      SOBRE OS ÔNIBUS ARTICULADOS:

Já estão rodando: 65 ônibus articulados

Estão em deslocamento pra Manaus: 86 ônibus articulados

Estão em produção: 27 articulados

Somarão um total 113 articulados

3)      SOBRE O COMPROMISSO DE RENOVAÇÃO DA FROTA COM ÔNIBUS NOVOS

Quando estiver completa, a frota em Manaus chegará a 944 ônibus (articulados e convencionais) novos. O edital previa 858 ônibus novos.

4)      SOBRE O TOTAL DA FROTA DE ÔNIBUS CIRCULANDO NA CIDADE

Frota prevista pelo edital 1.631 veículos.

Total vai chegar a 1.727 veículos

Idade media 1,86 anos

Fonte: SMTU

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Cresce em São Paulo o número de pessoas que usam bicicleta para ir ao trabalho

É cada vez maior o número de pessoas que estão usando a bicicleta como meio de transporte na cidade de Sao Paulo. De acordo com o Instituto Parada Vital, a procura por bicicletários públicos aumentou 20% nos primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O uso da bicicleta é uma forma de não gastar tempo e dinheiro com o transporte público ou com o carro. Atualmente, tem se tornado uma necessidade em uma cidade com o trânsito tão caótico.

Uma pesquisa da ONG Nossa São Paulo mostra que 40% dos paulistanos usariam a bicicleta se houvesse mais segurança no trânsito. De acordo com o Instituto Parada Vital, no ano passado houve um aumento de 20% na procura por bicicletários públicos em estacionamentos, metrôs e terminais de ônibus da Grande São Paulo em relação a 2010.

O bueirista Maxyell Bezerra da Silva vai para o trabalho todos os dias de bicicleta. Ele pedala quase 35 quilômetros, a maior parte pela Marginal Pinheiros, sempre cheia de carros. “Tem que evitar ao máximo ficar muito perto dos carros porque às vezes eles não respeitam. Às vezes jogam você pro canteiro, às vezes pode cair no meio da rua”, conta.

Uma alternativa para o Maxyell seria usar a ciclovia que fica na beira do rio Pinheiros, mas ele reclama que, nos 19 quilômetros de extensão dela, só há cinco acessos. “Tenho que entrar lá na Cidade Universitária e sair quase no shopping. Aí não dá pra mim não”.

Mas quando o trabalho é perto de um dos acessos, como na estação Vila Olímpia, na região onde o consultor Adílson Borges das Neves trabalha, fica mais fácil. “Pego a bicicleta venho de casa pela ciclovia e volto. Venho e me troco, coloco um shorts e vou embora”.

Dados de uma pesquisa sobre origem e destino do Metrô mostram que as viagens exclusivas de bicicleta quase dobraram na Grande São Paulo. Mas não é todo mundo que tem disposição e coragem para pedalar quilômetros e quilômetros, tanto na ida quanto na volta para o trabalho. Em alguns terminais, estações de trens, metrôs existem bicicletários para que as pessoas façam um pedaço do caminho de bicicleta e o resto do trajeto no transporte público.

O motorista Paulo Ronaldo Santos foge de avenidas movimentadas, nos horários de picos, e anda de bicicleta por avenidas dos bairros residenciais, onde o fluxo é menor. “Sempre cortando pelas avenidas de dentro, bairro mais residencial onde o fluxo de veículo é bem menor”.

Todos os dias, o porteiro José Reis sai de Parelheiros, no extremo sul de São Paulo, vai até Moema, e depois faz o caminho contrário. Ao todo, ele percorre 75 quilômetros de bicicleta só para ir e voltar do trabalho de segunda a sexta-feira. “Para mim é muito bom, estou acostumado já, já faço ida e volta para o trabalho há 15 anos de bicicleta e eu não troco ela por outro meio de transporte”. São quase três horas e meia sobre a bicicleta todos os dias.

Em nota, a CPTM disse que até o fim do ano a ciclovia da Marginal Pinheiros ganhará mais três acessos. Eles ficarão na estação Morumbi, na ponte Cidade Jardim, que dá acesso ao parque do povo, e na estação Villa Lobos-Jaguaré. Dessa forma, a ciclovia terá oito pontos de acesso ao longo de 21 quilômetros.

Fonte: VNews

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