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Licitação do transporte público em Ribeirão Preto tem dez interessados

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dez empresas mostraram interesse em participar do processo licitatório aberto pela Prefeitura de Ribeirão Preto para o transporte coletivo urbano. Todas fizeram visitas técnicas, conforme dias agendados pela Transerp, para que pudessem conhecer o sistema atual e as propostas do novo modelo.
Além das três concessionárias que já prestam o serviço na cidade, outros empresários do setor de transporte da região, com sede em Sertãozinho, São Carlos e Araraquara, por exemplo, estão de olho no certame. Uma empresa de Recife (PE) também demonstrou interesse em concorrer.
Foto: F.L Piton / A Cidade
A empresa vencedora vai operar o serviço pelo prazo de 20 anos. Em contrapartida, terá de investir recursos na ordem de R$ 131,4 milhões. O superintendente da Transerp, William Latuf, explica que a visita técnica oferece condições para que as interessadas possam conhecer o sistema e elaborar sua proposta. Outras candidatas ainda podem agendar suas visitas até o dia 2 de março.
Segundo Latuf, técnicos da Transerp mostram para os candidatos os principais corredores de ônibus existentes, além dos pontos de embarque e desembarque. "Percorremos a cidade para mostrar todo o sistema atual. Tudo ocorre dentro do cronograma e Ribeirão terá um novo modelo de transporte público", diz. As três concessionárias atuais - Rápido D’Oeste, Turb e Transcorp - exploram o serviço deste 1984.
Pelo menor preço
A abertura dos envelopes da nova licitação ocorre no dia 7 de março. Essa é uma nova data fixada pela administração da prefeita Dárcy Vera (PSD), depois que o processo licitatório foi suspenso em janeiro. Pelos critérios, vencerá a concorrência pública a empresa que oferecer o menor valor da tarifa básica. O cálculo preliminar da prefeitura estima o preço em torno de R$ 2,75 para o primeiro ano.
Detalhado, o edital traz todas as diretrizes envolvendo as exigências de investimentos e as estratégias de operação do novo sistema coletivo. A implantação deve começar em seis meses e ser concluída em 30 meses.


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Em BH, Motoristas de ônibus ameaçam entrar em greve

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Motoristas e cobradores de Belo Horizonte podem entrar de greve nos próximos dias caso as negociações de reajuste salarial não avancem com os patrões. Os rodoviários fazem hoje nova rodada de reuniões com os empresários. As propostas serão apresentadas amanhã em assembleia geral com a categoria.

Os trabalhadores cobram reajuste de 49% e piso salarial para os motoristas que vão operar no sistema de ônibus articulado BRT. Pedem ainda jornada de seis horas diárias e fim dos ônibus sem cobrador.

“Motoristas e cobradores estão querendo parar, mas pedimos que tenham calma e aguardem os trâmites da negociação”, conta o coordenador de imprensa do sindicato dos rodoviários, Carlos Henrique Marques.

Segundo ele, os patrões ofereceram reajuste de 6% e abono salarial de R$ 100 para quem ganha até R$ 1 mil e de R$ 200 para quem ganha acima disso. “Está muito aquém das reivindicações”, afirma Marques.

Ninguém foi encontrado no SETRA-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) para comentar sobre o andamento das negociações. Já o Sintram (Sindicato Empresas de Transporte de Passageiros da Grande BH) não se pronunciará durante a fase de negociações.

Fonte: Band e Metro BH

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No Rio, Fiscais do Detro determinam recolhimento de 99 ônibus com irregularidades

A fiscalização do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) retornou, na manhã desta segunda-feira, a vários terminais do estado para checar as condições da frota de ônibus que opera as linhas intermunicipais. Como resultado da ação, 99 veículos foram recolhidos às garagens das empresas e 119 infrações foram aplicadas por irregularidades diversas. O valor das multas aplicadas está entre R$ 503,56 e R$ 2.275,20, sendo que, nos casos de reincidência, este valor é duplicado.
A fiscalização teve início às 6h e prosseguiu até as 10h, com veículos recolhidos nos terminais da Misericórdia (Praça XV), Menezes Cortes, Américo Fontenelle (Central), Rodoviária Novo Rio, Campo Grande e na Pavuna, no Rio; Duque de Caxias, Itaguaí, Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada Fluminense; João Goulart, em Niterói; Alcântara, em São Gonçalo; Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana; Itaperuna, Macaé e Campos, no Norte do estado; Paraty, no Sul Fluminense; e em Volta Redonda e Barra Mansa, no Vale do Paraíba.
"É inaceitável que aqueles que têm a obrigação de prestar à população um serviço seguro e de qualidade, teimem em não cumprir com este compromisso. O direito de ir e vir tem que ser assegurado ao cidadão e o transporte público é base para o exercício do mesmo, assim como para o desenvolvimento de qualquer região. Se os empresários não cumprem com a sua obrigação, o Detro cumpre com a dele que é a de fiscalizar sem tréguas as prestadoras de serviço a fim de garantir aos usuários uma frota capaz de transportá-los com segurança e presteza", afirma Alcino Rodrigues Carvalho, presidente em exercício do Detro.
As principais irregularidades encontradas foram a alteração de características (instalação de roleta em ônibus rodoviário ou substituição do banco do trocador por de passageiros), descumprimento do edital do Detro, dupla função do motorista, rampa para portador de deficiência defeituosa, limpador de para-brisa e iluminação defeituosos, falta de equipamentos de segurança como extintor, estacionamento em fila dupla, veículo sem registro no Detro e documentação em atraso.
No Rio, tiveram ônibus recolhidos no terminal da Praça XV, as empresas Jurema (dois por alteração de características) e Rio Ita (um por alteração de características e um por CRLV atrasado e bancos a mais, além de três veículos infracionados por dupla função). No Menezes Cortes, foram recolhidos veículos da Limousine Carioca (dois por alteração de características), da 1001 (um por alteração de características) e da Nossa Senhora do Amparo (três por alteração de características).
No Américo Fontenelle (Central) foram mandados para as garagens por trafegarem com limpador de para-brisa inoperante veículos da Transmil (dois), da Mageli (um) e da Master (um); e por circularem com iluminação inoperante um veículo da Caravelle, um da Reginas, um da Tinguá e outro da União. A Reginas teve também um ônibus apreendido por pneus lisos.
Ainda na Capital, na Rodoviária Novo Rio, houve apreensões nas empresas Costa Verde (um por alteração de características), Macaense (um por CRLV atrasado), Teresópolis (um por para-brisa trincado e outros dois por alteração de características) e 1001 (um por alteração de características), além das infrações aplicadas na Costa Verde (um), Única (um) e Útil (um) por falta dos adesivos obrigatórios. Na Pavuna, foi apreendido um ônibus da São José que teve quatro infrações por CRLV vencido, falta de documentação obrigatória, falta de selo e tacógrafo inoperante e um outro da Vila Rica por limpador de para-brisa inoperante. E, por fim, em Campo Grande, três veículos da Expresso Mangaratiba foram recolhidos, sendo dois por alteração de características e um terceiro por limpador de para-brisa inoperante.
Na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, foi recolhido um ônibus da Vera Cruz por para-brisa trincado; dois da Master por iluminação inoperante; dois da Expresso Mangaratiba por alteração de características e iluminação inoperante; um da União por iluminação inoperante, empresa que teve também outro veículo infracionado por estar parado com o motor ligado; e um da Flores por iluminação inoperante.
Em São João de Meriti, foram flagradas irregularidades em veículos da Santa Terezinha (um apreendido por limpador de para-brisa inoperante e outro infracionado por falta de adesivos) e da Flores (três apreendidos por limpador de para-brisa inoperante, um infracionado por rampa de portador de deficiência inoperante e outro infracionado por falta de adesivos obrigatórios). Em Nilópolis, foram apreendidos ônibus da Cruzeiro do Sul (um por CRLV atrasado), da Ponte Coberta (um por limpador de para-brisa inoperante) e da Transmil (um por CRLV atrasado). Finalmente, em Itaguaí, foram mandados para as garagens seis ônibus da Expresso Magaratiba, sendo dois por CRLV atrasado, dois por limpador de para-brisa inoperante e dois por alteração de característica e aplicadas infrações em veículos da São Cristóvão e da Macabu – um de cada – por atraso superior a 10 minutos.
No Terminal João Goulart, em Niterói, foram para as garagens um ônibus da Rio Ita por não estar cadastrado no Detro; um da ABC por para-brisa trincado e falta de registro, empresa que teve também dois veículos infracionados por pararem em fila dupla; e um da Fagundes por falta de documento obrigatório, sendo que outros dois veículos da mesma empresa foram infracionados por pararem em fila dupla. A Estrela também teve um veículo infracionado por falta de adesivos. No Terminal do Alcântara, em São Gonçalo, a Fagundes teve quatro veículos recolhidos por CRLV atrasado e a Mauá outros quatro por iluminação inoperante, limpador de para-brisa inoperante, alteração de características e pneu liso.
No Norte do estado, as apreensões aconteceram em Itaperuna onde dois veículos da 1001 foram recolhidos por selo vencido; em Macaé, na 1001 (sete veículos, sendo cinco por selo vencido e dois por farol quebrado) e na Macaense (quatro por selo vencido e um por para-brisa trincado); e em Campos dos Goytacazes, onde a 1001 teve quatro carros recolhidos por selo vencido e outros dois por farol trincado, sendo este último, o mesmo motivo para apreensão de outro ônibus da Brasil.
Já no Sul Fluminense, houve registro de dois veículos da Colitur recolhidos em Paraty, por mau estado de conservação e CRLV vencido. Na Região Serrana, em Teresópolis, os fiscais do Detro recolheram três ônibus da Viação Teresópolis por iluminação inoperante e para-brisa trincado e; em Nova Friburgo, dois da Viação Teresópolis por iluminação inoperante e falta de CAT, um da Viação Brasil por falta do seguro obrigatório, dois da Natividade por falta do CAT e quatro da 1001 por iluminação inoperante, CAT vencido e falta de selo.
Por fim, no Vale do Paraíba, um ônibus da Aparecida foi infracionado em Barra Mansa por falta de adesivos obrigatórios, enquanto em Volta Redonda, três ônibus foram apreendidos das empresas Normandy, São João Baptista e Resendense por extintor vazio e um quarto da Colitur por iluminação inoperante.



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Em Aracaju, Mudanças no trânsito confundem motoristas e passageiros

A mudança no itinerário de algumas linhas de ônibus e a proibição de estacionar em algumas ruas do Centro de Aracaju entrou em vigor nesta segunda-feira (27). As vias já estão sinalizadas com placas e faixa amarela e os agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estão no local orientando os motoristas.
Foto: Marina Fontenele/G1 SE

Com a mudança, fica proibido estacionar nas ruas Capela e Arauá. Cristiane Silva, funcionária de uma loja de decoração de festas, teme que a proibição de estacionar em frente ao estabelecimento prejudique o faturamento no final do mês.
“O cliente gosta de deixar o carro próximo e ficar olhando de vez em quando. Agora as pessoas vão ter que estacionar mais distante e vir andando. Espero que as negociações não diminuam por conta disso”, afirma a atendente.
De acordo com o diretor de trânsito da SMTT, major Paulo Paiva, essas mudanças fazem parte das ações do Plano Diretor de Mobilidade e apresentam retorno imediato.

“Nós estamos aliviando o fluxo de veículos no miolo do Centro e transferindo a circulação de ônibus para o entorno. E, para dar condições de circulação, fica proibido estacionar nessas ruas”, explica Paiva. Cerca de 400 viagens de ônibus deixarão de passar pela rua Geru diariamente.
O major pede compreensão dos lojistas, pois o espaço está sendo utilizado para interesse público. Ele lembra que estacionamentos particulares e nas ruas paralelas são alternativas para driblar o desconforto da proibição.

Transporte Coletivo Algumas linhas de transporte coletivo tiveram o itinerário alterado. A população deve ficar atenta às mudanças, pois alguns ônibus deixarão de passar em alguns pontos.
Maria Inaudina mora no povoado Taiçoca de Fora, no bairro Marcos Freire III, no município de Nossa Senhora do Socorro. Ela afirma que ainda não estava sabendo das alterações, mas concorda com a novidade que tem como objetivo dar maior fluidez ao trânsito da capital.
Mais linhas do transporte coletivo irão passar pelo ponto da rua Capela, atrás da Catedral Metropolitana de Aracaju. Com isso, Cícero Gonzaga terá três opções de ônibus para ir para a casa dele no bairro Siqueira Campos. “A mudança vale à pena mesmo para quem vai precisar andar mais um pouco até chegar ao ponto”.

Infração de Trânsito Os agentes da SMTT farão o trabalho de orientação aos condutores na primeira semana de vigência da medida. Após esse período, quem estacionar em local proibido será penalizado com a perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e ao pagamento de multa de R$ 85,13.

Fonte: G1 Sergipe

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Moradores da Zona Sul de Porto Alegre têm nova linha de ônibus

A partir das 6h de amanhã, 28, os moradores da Zona Sul de Porto Alegre terão uma nova linha de ônibus, a A16 – Dorival Castilho/Parque Lavoura. Para inaugurar a nova alternativa de transporte coletivo, às 11h, o prefeito José Fortunati, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, e líderes comunitários farão uma viagem na linha, saindo do terminal, na rua Dorival Castilho Machado, 850.

Após pedidos da comunidade, técnicos de transporte da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) realizaram estudos e definiram a criação e o trajeto da A16, que será operada pelo consórcio STS e atenderá aos usuários, em um primeiro momento, nos dias úteis.
O tempo médio de viagem será de 25 a 30 minutos e o itinerário terá 8km. A integração para a área central será realizada com as linhas que circulam na Juca Batista e não terá custo, mesmo para quem paga com dinheiro. “O objetivo é atender uma região que havia pouca demanda de transporte coletivo e está crescendo cada vez mais. Para isso, ouvimos os moradores e implantamos diversas sugestões. Uma delas, é a possibilidade de integração com as linhas que circulam na avenida Juca Batista”, afirmou a diretora de transportes da EPTC, Maria Cristina Ladeira.

A EPTC monitorará os primeiros dias de operação da A16 – Dorival Castilho/Parque Lavoura e avaliará ajustes ou reforços, se forem necessários.
Itinerário -Terminal Rua Dorival Castilho Machado esquina Rua A; Rua Dorival Castilho Machado; Av. Juca Batista ; contorna na rótula da Av. Juca Batista com Edgar Pires de Castro; retorna pela Av. Juca Batista; Av. Vereador Roberto Landell de Moura até as escolas Tancredo Neves e Vila Lavoura; faz o retorno pela mesma Av. Vereador Roberto Landell de Moura; acessa a Av. Juca Batista na rótula com a rua Cirino Prunes ; segue pela Av. Juca Batista até o terminal na Dorival Castilho Machado, esquina com Rua A.

Os horários
6h/7h/10h/12h/13h/17h/18h/19h


Prefeitura de Porto Alegre
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Em Blumenau, Tarifa de ônibus passa a custar R$ 2,90 a partir desta terça-feira

A partir desta terça-feira, começam a valer os novos valores da tarifa do transporte coletivo de Blumenau. O preço passará dos atuais R$ 2,57 para R$ 2,90, um reajuste de 12,85%. O valor do seletivo (vermelhinho/verdinho) será de R$ 3,80 e a tarifa aos domingos custará R$ 1,50.

Os passageiros que têm o cartão Siga podem comprar créditos com o valor atual somente até esta segunda-feira. A recarga valerá até 28 de abril. O decreto ratificando os novos valores foi assinado pelo prefeito João Paulo Kleinübing no dia 10 de fevereiro.


Jornal de Santa Catarina

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No Dist. Federal, Detran começa a pintar a faixa exclusiva de ônibus na W3 Sul

O Detran-DF aproveitou o domingo (26/02) para pintar a faixa exclusiva de ônibus na W3 Sul. Uma linha continua começou a ser pintada por uma equipe que presta serviço ao órgão na manhã de hoje. De acordo com o GDF, a faixa irá compreender os 7km da avenida, em ambos os sentidos. A previsão é que os coletivos comecem a trafegar pelo corredor a partir de 15 de março.

A medida faz parte das ações do Governo do Distrito Federal, desenvolvidas desde o início da gestão Agnelo Queiroz, para incentivar o uso do transporte coletivo e melhorar o sistema de trânsito do DF.

Além da W3, da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) – essa duas últimas com o sistema já em funcionamento –, o GDF anunciou que outras cinco vias ganharão corredores exclusivos nos próximos meses. As avenidas Hélio Prates e Elmo Serejo, o Eixo Monumental, a Via Estrutural e a BR-020 também contarão com faixas destinadas aos coletivos.
 
 
 
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Nova tarifa de ônibus em Curitiba deve custar R$ 2,80

Consequência do aumento salarial dos motoristas e cobradores e da revisão anual prevista em contrato, o reajuste da tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba deve ser definido ainda nesta semana. O valor, que leva em conta o custo por quilometragem do sistema e o número de passageiros atendidos, serve de base para o custo da passagem que será efetivamente cobrada dos passageiros – hoje, a tarifa técnica é de R$ 2,56, enquanto a cobrada nos ônibus é de R$ 2,50. A diferença é bancada pelo governo municipal. Segundo previsões da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o sistema, a tarifa técnica deve ficar em torno de R$ 2,80, mesmo valor já apontado anteriormente pelo Sindicato dos Trabalhadores em Urbani­zação (Sindiurbano).

A prefeitura de Curitiba estuda agora meios para que a tarifa técnica não seja totalmente absorvida pelos usuários. Desde o último reajuste, em março do ano passado, é a Urbs quem arca com a diferença de seis centavos entre o valor da tarifa técnica e o da tarifa cobrada. A medida gera um custo mensal de R$ 1,7 milhão para os cofres da prefeitura, considerando a média de passageiros pagantes e quilômetros rodados em Curitiba e região metropolitana. No total, o sistema arrecada por mês, cerca de R$ 64,6 milhões, enquanto o custo chega a R$ 66,3 milhões.

Uma das principais possibilidades estudadas pela prefeitura para equilibrar as contas é a vinda de recursos do governo estadual, por meio de subsídio direto, para cobrir o déficit ocasionado pelas linhas que atendem a região metropolitana. Enquanto em Curitiba o transporte coletivo arrecada R$ 2,4 milhões por mês, as linhas que integram municípios vizinhos geram um déficit mensal de R$ 4,1 milhões – justamente pelos ônibus rodarem mais para atender um número menor de passageiros.
“O governo do estado tem que ajudar. Ele faz parte do processo. Curitiba é a maior fatia da rede, mas outras prefeituras também integram o sistema”, defende o diretor de Transportes da Urbs, Antônio Carlos Pereira de Araújo.

Outro lado
O subsídio também ajudaria a minimizar um possível gasto político com a tarifa, justamente em ano eleitoral, para o candidato à reeleição pela prefeitura de Curitiba, Luciano Ducci. O governo do estado, porém, foge da discussão – pelo menos oficialmente. À reportagem, a assessoria do governo estadual se limitou a informar que o assunto “não está sendo discutido” no momento.

Apesar de tarifas com valores diferentes para Curitiba e região metropolitana serem descartadas pela Urbs, especialistas reconhecem que o valor único não é vantajoso para o usuário que percorre pequenas distâncias. Afinal, é justamente o passageiro que anda menos que paga as viagens mais longas. Uma tarifa diferenciada, porém, penalizaria o usuário mais pobre – normalmente aquele que mora distante do Centro. “Se o ônibus se inviabilizar, como essa parcela da população vai se locomover? Hoje, o mínimo que o governo estadual pode fazer é assumir o custo da integração. É muito mais lógico do que colocar milhões em um metrô de efeito discutível”, defende o engenheiro e ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbs, João Carlos Cascaes.

Preço alto afugenta passageiros

Sancionada em janeiro deste ano, a Política Nacional de Mobilidade Urbana prevê diretrizes que podem ajudar os municípios a balancear a frágil equação entre arrecadação e custos no transporte coletivo. Uma das principais inovações trazidas com a lei é a possibilidade de as cidades subsidiarem tanto a infraestrutura quanto a tarifa dos ônibus por meio de instrumentos de desestímulo ao uso dos automóveis. A implantação de pedágio ou rodízio de veículos, porém, é rechaçada pela prefeitura de Curitiba, ao exemplo de muitas outras cidades brasileiras. Por outro lado, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende que dificilmente os municípios conseguirão fugir dessas medidas.

Para o Ipea, o modelo atual não estimula a eficiência do sistema e acarreta um ciclo vicioso. Afinal, se o número de passageiros cai, a tarifa sobe. E, consequentemente, tarifas mais altas resultam em mais redução de usuários. Segundo o estudo, com base em dados do IBGE, nos últimos dez anos a tarifa de transporte público nas principais regiões metropolitanas do país – incluindo Curitiba – subiu cerca de 50% acima da inflação. E, no mesmo período, houve uma queda no número de passageiros pagantes de aproximadamente 20%.

Informações: Gazeta do Povo


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