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Bilhete único no transporte coletivo de Teresina passa a valer neste domingo (19)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


A Prefeitura de Teresina através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informa que a partir do próximo domingo (19) será implantado o bilhete único para o sistema de integração das linhas urbanas de Teresina. A medida foi acordada durante reunião realizada entre estudantes e representantes da Prefeitura no dia 18 de janeiro, no auditório da Secretara Municipal de Finanças (Semf).

O sistema de integração das linhas de ônibus foi implantado no dia 2 de janeiro de 2012 Já estão integradas 33 linhas e a expectativa é que até 1º de junho mais 23 linhas sejam integradas, totalizando 56 linhas. O sistema de transporte público de Teresina conta atualmente com 91 linhas e sua integração total foi antecipada para o mês de junho deste ano.

De acordo com o gerente de Planejamento da Strans, José Lopes, a gratuidade no segundo trecho já estava previsto no projeto de integração das linhas urbanas, mas após a reunião foi antecipada para o dia 19 de fevereiro. "Estávamos com esse trabalho todo preparado desde o início da integração. Com a realização da reunião com os estudantes apenas antecipamos a implantação do bilhete único, que passará a valer a partir do próximo domingo", acrescentou.

Lopes enfatiza ainda que o bilhete único será utilizando respeitando o limite de tempo da viagem. "O prefeito Elmano Férrer tem se empenhado bastante para a implantação do bilhete único na capital. A segunda viagem gratuita já estava prevista no nosso planejamento, e a expectativa é que até junho todas as linhas urbanas estejam 100% integradas", ressaltou.

O gerente informou ainda que a aceitação da integração das linhas urbanas por parte da população está sendo muito positiva. "Estamos satisfeitos com os resultados da integração, pois percebemos que, aos poucos, os usuários dos transportes coletivos estão se adaptando e sentido os benefícios do sistema de integração", complementou.

Lopes ressalta que a economia com o bilhete único será muito grande para todos. "Com essa nova medida as pessoas vão sentido no bolso a redução de gastos com transporte público. Além disso, o nosso serviço de transporte está mais ágil com a implantação da faixa semi exclusiva na Frei Serafim", finalizou.

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Em Curitiba, Passageiros aprovam sistema que monitora chegadas dos ônibus


Ainda em testes, o sistema que informa ao passageiro em quanto tempo o seu ônibus vai chegar já é um sucesso em Curitiba. O sistema está sendo testado no Terminal Cabral e estabelece o monitoramento dos ônibus e a comunicação direta e em tempo real dos motoristas com a Central de Controle Operacional da Urbs. O projeto será estendido à todos os terminais e ônibus da frota do transporte coletivo.

Instalada no terminal na última quarta-feira (8) uma tela de LCD, de 42 polegadas, traz informações da previsão de chegada dos ônibus e os três horários seguintes das linhas de alimentadores Solar, Tingui e São João. O uso da tecnologia fez sucesso e, mesmo quem normalmente não utiliza estas linhas, aprova o sistema.

“Isso é muito bom mesmo, é um avanço enorme que vai facilitar a vida da gente”, afirma Marcia de Cristo, educadora que seguia para Colombo em busca de informações sobre um concurso municipal. “Vou até o Guarituba (terminal de transporte em Colombo) e uso muito este terminal. Agora vou esperar que este sistema seja ativado nas outras linhas”, afirmou.

“A gente já consulta horário ali no totem ou em folhas que ficam pelo terminal. Mas aqui é muito mais fácil de ler e além de tudo é previsão de quanto tempo vai demorar. Dá até prá saber se dá tempo de comprar um sorvete ali na banquinha”, brinca Leonel Bueno, trabalhador que normalmente utiliza a linha Tamandaré-Cabral.

O jovem trabalhador Wilson Diego, 21 anos, do setor gráfico, não economizou elogios. “Olha só, estão fazendo teste justamente na minha linha (Solar). Maravilha. Olha aí, meu ônibus vai chegar em dois minutos. Vamos ver”, afirmou. Dois minutos depois, ele fez questão de acenar com um sinal de aprovação avisando que estava entrando no ônibus, conforme o previsto.

Tempo real - O projeto da Urbs prevê informação online ao usuário em todos os terminais, de todas as linhas que passam em cada terminal. Para isso todos os ônibus (2,3 mil na frota operante integrada e não integrada) já contam com GPS, equipamentos e sistemas necessários a esta operação.

Acoplado na parte elétrica do ônibus, com tecnologia 3G, o GPS indica o ponto do trajeto em que está o veículo e software específicos enviam à Central de Operações e – conforme o que está sendo testado – às telas nos terminais, informação do tempo necessário para que o ônibus percorra o trajeto entre o ponto em que se encontra e o terminal.

Cerca de 500 ônibus já estão sendo monitorados em tempo real pela Central de Controle Operacional do Transporte Coletivo da Urbs. A partir dos resultados dos testes iniciados nesta semana, gradativamente a previsão de chegada destes ônibus também será informada aos usuários, em telas nos demais terminais.

O sistema, que será implantado em toda a frota até o fim do ano, também permite comunicação direta e em tempo real entre o motorista do ônibus e a Central de Operações. Assim, o motorista pode comunicar à CCO problemas durante a viagem – assalto, vandalismo, acidentes, necessidade de alteração de rota em função em função de obras ou bloqueios de ruas.

Da mesma forma, os técnicos operadores da CCO podem enviar mensagens aos motoristas, alertando por exemplo, da existência de congestionamentos, acidentes ou bloqueios ao longo do trajeto e orientando sobre eventuais alterações de rota.

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Tarifa de ônibus em Campo Grande sobe para R$ 2,85


A tarifa do transporte coletivo na Capital vai passar de R$ 2,70 para R$ 2,85. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (17) pela assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande. O aumento será de R$ 0,15 a partir do dia 1º de março.

De acordo com a prefeitura, o aumento foi aprovado pela Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos com base na planilha de custos elaborada Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

Segundo informações do diretor da Agetran, Rudel Trindade, o aumento no preço do pneu e no salário dos funcionários do transporte foram os fatores que puxaram o reajuste da tarifa.

Dados da planilha elaborada pelo órgão indicam que, nos últimos 12 meses, po preço do pneu teve um aumento médio de 10,32%; os salários dos motoristas de ônibus subiram 7,80%. Além disso, os gastos com compra de chassi aumentaram 10,19%. Em contrapartida, o preço do óleo diesel caiu 3,37%.

Uso obrigatório do cartão
A partir desta segunda-feira (20), será estendida às 113 linhas alimentadoras do transporte coletivo de Campo Grande (que fazem o itinerário bairro/terminal) o uso obrigatório do cartão no pagamento da tarifa. A determinação foi publicada na edição desta sexta-feira (17) do Diário Oficial do município.

Segundo informações da prefeitura, a ação faz parte de umTAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado entre o órgão e o Ministério Público Estadual definindo um período de transição para acabar com a circulação de dinheiro nos ônibus. A mudança começou em agosto pelos ônibus articulados (que fazem a ligação entre os terminais), atingindo 70 linhas utilizadas diariamente por 52% dos 270 mil usuários.

Segundo informações da Agetran, em Campo Grande existem 800 pontos de recarga de créditos.

Fonte: O Progresso
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No Grande ABC, Frota de veículos cresceu cerca de 86% nos últimos 10 anos


Trânsito caótico não é problema apenas da capital paulista. Há anos motoristas enfrentam engarrafamentos intermináveis em quase todos os municípios do ABC. Além da falta de investimentos na malha viária e em transporte público, o aumento da frota de veículos tem contribuído para o gargalo. Só nos últimos 10 anos a região ganhou mais de 663 mil veículos, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Enquanto os sete municípios contavam com 772,6 mil veículos em 2001, no último mês de 2011 tinham 1,4 milhão de carros, caminhões e motos nas vias da região.

O município com a maior frota é São Bernardo: são 479,3 mil veículos, seguido por Santo André, com 442,5 mil, e Mauá, com 163,2 mil. Quando o cálculo leva em consideração apenas os veículos, a região contabiliza mais de um milhão de carros, 36,8 mil caminhões e 185,9 mil motos.

Segundo Humberto de Paiva, professor adjunto de Transporte e Mobilidade Urbana do Curso de Engenharia Ambiental do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC (Universidade Federal do ABC), a população cresceu 8% na região enquanto a frota aumentou 86% na última década. “O aumento da frota que está circulando nas ruas foi de 34%. Na pequena Rio Grande da Serra, a circulação aumentou 163%”, diz. O especialista afirma que os dados do Denatran indicam os veículos licenciados num determinado município e não os que estão necessariamente circulando nele.

“Se a tendência for mantida, a demanda por transporte coletivo deverá crescer em torno de 5% ao ano e a de transporte individual 3%, o que é mais acelerado do que no resto da região metropolitana e deverá exigir uma atenção maior”, alerta.

Caminhões
Para o professor, apesar de considerados os ‘vilões do trânsito’, os caminhões não são tão culpados assim. “Os caminhões são vítimas como todos os demais. Restringir a circulação deles é uma medida paliativa para recuperar parte da capacidade do sistema. Assim que os caminhões saírem os automóveis, em alguns anos, irão ocupar o seu espaço e voltaremos à estaca zero”, comenta.
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC confirmou no começo do mês que a restrição à circulação de caminhões em algumas das principais vias da região começará em abril. A proibição está sendo esboçada desde o final do ano passado e chegou a ser adiada, a pedido das empresas de transporte da região. A proibição será aplicada entre 6h30 e 8h30, e entre 17h e 20h.

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Em Olinda, Corredor exclusivo da Pan Nordestina está liberado


As duas paradas de ônibus localizadas na frente e do lado oposto ao Atacadão de Presentes na PE-15 estão sendo desativadas pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. A medida está sendo tomada após a liberação do corredor exclusivo da Pan Nordestina.

Com a mudança, 19 linhas de ônibus que utilizam esses pontos de embarque e desembarque terão seus atendimentos modificados. Das 19 linhas que utilizam a parada em frente ao Atacadão, no sentido Recife/Olinda, oito passam a utilizar a estação dentro do corredor. Outras 11 passam a trafegar pela pista lateral, utilizando a parada ao lado do Posto BR.

Já no sentido oposto, 18 das 19 linhas envolvidas na modificação, com a desativação da parada do lado oposto ao Atacadão, passam a operar da seguinte forma: oito utilizarão a pista exclusiva; e outras 10 terão como ponto de embarque o abrigo localizado em frente ao Fórum de Olinda. Os usuários serão informados por meio de cartazes nas paradas desativadas. Informações pelo 0800.0810158.
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VLT provocará "mudança radical" em ruas de Cuiabá e Várzea Grande

O projeto do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho), opção que o Governo do Estado escolheu para o sistema de transporte coletivo urbano, na Copa do Mundo de 2014, promoverá mudanças consideradas "drásticas", no tráfego de veículos em Cuiabá e Várzea Grande.

Conforme o esboço do projeto apresentado em audiência pública, no Centro Cultural da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), nesta quinta-feira (16), pelo diretor de Mobilidade Urbana da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo), Rafael Detoni, os dois municípios terão avanços significativos.

"São mudanças que têm a proposta de melhorar a qualidade de vida da população e desafogar o trânsito em setores estratégicos de Cuiabá e Várzea Grande", comentou.

Somente na linha Coxipó/Centro, que o VLT vai percorrer, está prevista a construção de um viaduto na entrada da UFMT na Avenida Fernando Correa da Costa e outro na Avenida Beira- Rio.

Também será construída uma nova ponte no rio Coxipó e um viaduto na MT- 040, estrada que demanda a Santo Antonio de Leverger.

Na linha CPA/Aeroporto, serão 22 estações do VLT, que vai percorrer trechos como a Avenida XV de Novembro. Com 15 km de extensão, o trajeto contará com dois terminais de integração (CPA 1 e Terminal André Maggi, que terá um elevado ferroviário no Aeroporto Marechal Rondon), dois viadutos, três trincheiras e uma ponte. Nesse trecho será feito também a reestruturação do Canal da Prainha, na região central de Cuiabá.

A audiência pública segue na manhã desta quinta-feira, com a presença do secretário da Copa do Mundo, Eder Moraes, do secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda e outras autoridades do Estado.

Empresários e populares também marcam presença e deverão se manifestar quando houver a abertura de espaço para perguntas.

Fonte: Midia News



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Ônibus voltam a circular pelo Viaduto A, no Centro de Belo Horizonte


Após mais de um mês de interdição para obras, foi liberada nesta quinta-feira a circulação de ônibus pelo Viaduto A, alça da Avenida Oiapoque, no Centro de Belo Horizonte.

De acordo com a BHTrans, o trânsito para o transporte coletivo foi fechado em 26 de dezembro do ano passado para os trabalhos de alargamento da pista. A obra faz parte do projeto de implantação dos corredores do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). A previsão era de que o viaduto fosse liberado no dia 5 de fevereiro.

No fim do ano passado, também foi interditado o trecho da pista exclusiva de ônibus na Avenida Antônio Carlos entre as ruas Alcobaça e Flor do Índio, no sentido bairro/Centro, no Bairro Liberdade, na Região da Pampulha. Segundo a BHTrans, o local continua fechado e ainda sem previsão para liberação.

Mais informações podem ser obtidas na Central de Atendimento Telefônico da companhia de trânsito, pelo número 156, ou no portal público da BHTrans.

Fonte: Estado de Minas

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Trânsito de Porto Alegre não suporta mais que 20 anos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O trânsito de Porto Alegre deve suportar mais 20 anos antes que sejam necessárias medidas restritivas, como o pedágio urbano e o rodízio de placas. A estimativa é do diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. “Os investimentos, incluindo a instalação dos Bus Rapid Transit (BRT) e do metrô, garantem uma circulação adequada sem intervenções restritivas. As restrições pontuais, sim, são necessárias, mas são medidas que já tomamos há muito tempo. Estou convencido de que o metrô vai requalificar a zona Norte, vai transformar a cidade”, diz ele.
Marcelo Ribeiro

Cappellari afirma que, além das grandes obras, há investimentos contínuos para amortecer o impacto do crescimento da frota de automóveis em Porto Alegre - a EPTC calcula que, em 2011, o número de veículos circulando nas ruas cresceu 8,5%, percentual que será repetido em 2012. Esses investimentos são voltados para o monitoramento e o gerenciamento do trânsito através de sistemas que analisam o tráfego e regulam o tempo das sinaleiras.
Pelo menos três sistemas desse tipo estão em fase de testes pela EPTC, que também projeta a reestruturação da sala de controle, onde o trânsito é monitorado pelas imagens de 56 câmeras e são ajustados 97% dos semáforos da cidade. “Apenas 3% dos sinais não são comandados pelo sistema. O alto índice de centralização nos permite ajustar os tempos e dar maior fluidez às vias mais demandadas”, explica Cappellari. Outra preocupação é qualificar e priorizar o transporte coletivo. Por isso, os 1.663 ônibus da Capital têm seus tempos de viagem permanentemente observados.
O monitoramento mostra que a velocidade média nos corredores de ônibus é de 22 km/h. “Isso é muito bom, já que na maioria das cidades o transporte público se locomove entre 16 km/h e 17 km/h. Temos uma malha de 57 quilômetros de corredores de ônibus e devemos ampliar essa estrutura com as obras da Copa. Os corredores são necessários para tirar os ônibus do conflito com os carros particulares”, afirma Cappellari.
Fora dos corredores a velocidade média do trânsito de Porto Alegre é “satisfatória”, diz Cappellari. Nos horários de pico (cerca de uma hora e meia no início da manhã e no final da tarde), os automóveis circulam a 24 km/h. No restante do dia, a média fica entre 27 km/h e 30 km/h. Segundo Cappellari, o trabalho de compensação (que inclui pequenas obras, alterações de sentido no fluxo, instalação de semáforos e os investimentos em tecnologia de gestão) tem conseguido manter a média praticamente constante nos últimos dez anos. “É normal que o crescimento anual da frota impacte a fluidez do trânsito. Não tem como não ocorrer isso com uma frota tão grande – segundo o Ipea, Porto Alegre tem um carro para cada dois habitantes. Por isso, medidas de valorização do transporte público são tão importantes no enfrentamento desse problema, que é real.”
A percepção é compartilhada pelo professor João Fortini Albano, do Laboratório de Sistemas de Transportes (Lastran) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Ele explica que o usuário só migra de uma modalidade de transporte para outra quando a primeira se torna antieconômica, consome muito tempo, é desconfortável e estressante e tem alternativas. “Desde a implantação da bilhetagem eletrônica, o sistema vem numa crescente, com excelentes resultados no aumento da demanda. O poder público vem mostrando, em Porto Alegre, um investimento expressivo na qualificação do transporte público”, observa. Albano também observa que mais gente tem adotado a bicicleta como alternativa ao transporte. “O fato é que uma solução para os problemas de trânsito não existe. Se todo mundo sair com o seu automóvel ao mesmo tempo, vai trancar. Não existe fórmula mágica. Mas é claro que um planejamento global e a integração das esferas públicas ajudam a melhorar a situação”, diz o pesquisador.

Metrô, sistema BRT e ciclovias estão nos planos de Porto Alegre

A instalação do metrô em Porto Alegre, prevista para ser concluída em 2017, deve levar à cidade a um debate importante, segundo o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. Ele diz que, com a instalação do trem sob as avenidas Assis Brasil e Farrapos, os corredores de ônibus serão eliminados dessas vias e será preciso definir o que será feito das duas pistas. “Precisamos discutir se instalamos ali uma ciclovia ou qual será a alternativa mais interessante. Acredito que a liberação para o trânsito de automóveis não teria impacto, pois rapidamente o trânsito voltaria a ficar saturado”, diz ele.
Cappellari observa que o Plano Diretor Cicloviário da Capital já identificou a possibilidade de construção de 495 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas – todas as ruas abertas ou reestruturadas em Porto Alegre devem prever um espaço exclusivo para a circulação de bicicletas. “Vislumbramos a construção de uma rede, que transforme de fato a bicicleta em uma alternativa de transporte. Por isso definimos a construção da ciclovia na avenida Ipiranga, que, com a estruturação da ciclovia na avenida Edvaldo Pereira Paiva, será integrada à que já existe na avenida Diário de Notícias. Na zona Norte, já prevemos uma ciclovia na avenida Voluntários da Pátria e, até abril, esperamos abrir a licitação para a construção de nove quilômetros de ciclovia na avenida Sertório”, afirmou ele.
A expectativa da EPTC é que, além de qualificar a oferta de transporte na zona Norte, a instalação do metrô em Porto Alegre elimine aproximadamente 55% dos ônibus que atualmente chegam ao Centro da Capital (são cerca de 34 mil viagens ao dia). Isso porque tanto as linhas municipais quanto as metropolitanas que atualmente transitam pela zona Norte passarão a fazer integração com o trem subterrâneo.
Já os BRTs, ônibus de grande capacidade que demandarão a substituição do pavimento asfáltico dos corredores de ônibus por estruturas de concreto e a operação dirigida dos semáforos para acelerar as viagens, devem transformar o transporte público numa alternativa mais eficiente. Para o professor João Fortini Albano, do Laboratório de Sistemas de Transportes (Lastran) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), essas são iniciativas que demonstram avanços na valorização do transporte público.
Entretanto, o pesquisador aponta que, como no restante do País, falta um planejamento coordenado de forma mais abrangente, que ouça a população, os municípios vizinhos, o Estado e a União. Ele explica que as diretrizes existentes são guiadas pelos pilares da Década de Prevenção de Acidentes, criada pelas Nações Unidas para reduzir em 50% o número de mortes até 2020. “Os pilares são fortalecimento da gestão da segurança no trânsito, infraestrutura viária adequada, segurança veicular, comportamento e segurança dos usuários e atendimento ao trauma, assistência pré-hospitalar e hospitalar. Mas as ações para alcançar esses objetivos não são discutidas com a sociedade”, pondera o professor Albano.

Câmara propõe menos áreas azuis e mais velocidade

No final de 2011, o vereador Luiz Braz (PSDB), conseguiu aprovar na Câmara de Vereadores de Porto Alegre uma proposta para restringir a criação de vagas de estacionamento (área azul) em grandes avenidas. Votada em 21 de dezembro, a proposta está em análise pelo Executivo. “Não tem sentido construir uma via com três faixas e deixar uma para estacionamento”, defende ele.
Já o vereador Alceu Brasinha (PTB) ainda busca apoio para aprovar o projeto de lei que aumenta o limite de velocidade nas ruas de Porto Alegre para 70 km/h – hoje a velocidade máxima varia entre 40 km/h nas ruas e 60 km/h nas avenidas. “Outras capitais, como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, já adotaram medidas semelhantes”, argumenta.
As propostas, porém, são vistas com reticências pelos especialistas. Embora a restrição à criação de estacionamento em grandes avenidas conquiste simpatia, tanto o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, quanto o professor João Albano, do Laboratório de Sistemas de Transportes (Lastran) da Ufrgs, apontam que uma regra única não funcionaria.
“Quando liberamos o cruzamento da avenida Ramiro Barcellos com a Protásio Alves, retiramos os estacionamentos da Ramiro Barcellos entre o cruzamento e a avenida Independência. No outro dia, todos os comerciantes daquela zona estavam na minha sala alarmados. Precisamos retroceder, porque entendemos que as pessoas só se locomovem com um propósito, elas vão a algum lugar e precisam conseguir parar quando chegam”, disse ele, ao defender que a criação ou não de vagas deve estar baseada em estudos caso a caso.
O mesmo argumenta o presidente do Sindilojas da Capital, Ronaldo Sielichow. “Restringir a área azul é algo que pode ser viável, pois há muito congestionamento quando o estacionamento afunila o trânsito. Mas o melhor é estudar de bairro para bairro. É interessante que haja estacionamento para zonas comerciais, pois o público gosta mais de loja de rua e as lojas com maior fluxo de fornecedores precisam de espaço para carga e descarga. É o que acontece no setor de materiais de construção, por exemplo. Tem que envolver no estudo os interessados, ouvir a população e quem trabalha no local”, afirma o presidente do Sindilojas.
Sobre a proposta de aumento da velocidade, Cappellari argumenta que antes é necessário preparar as vias, retirando os cruzamentos e o fluxo de pedestres. “Os pedestres são sempre os mais afetados, o risco de atropelamento é muito grande. Veja que, em 2011, 43% dos óbitos no trânsito em Porto Alegre foram de pedestres. Acho que a velocidade de 60 km/h já é excessiva e não temos nenhuma via com as características necessárias para elevar o limite.” Ele lembra que, mesmo após a retirada dos cruzamentos na terceira perimetral, a via ainda terá o fluxo de pedestres entre as calçadas e o corredor de ônibus, que fica no centro da avenida.

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