O terminal metropolitano da Praça Raposo Tavares, no Centro de Maringá, será transferido para a Avenida Horácio Raccanello, em frente ao obelisco que marca o início das obras do Novo Centro. No novo local deverão ser construídos 48 metros de abrigos de ambos os lados da pista. Segundo a Secretaria dos Transportes (Setran), os usuários do transporte coletivo ficarão abrigados da chuva e do sol.
O gerente de Terminais e Concessões da Setran, José Maria Bernardelli, diz que o projeto do novo terminal está sendo finalizado para ser encaminhado ao prefeito Silvio Barros (PP) ainda em agosto. A expectativa é implantá-lo neste ano. "Isso dependerá da aprovação da prefeitura", ressalva o Bernardelli.
O gerente explica que a licitação para os abrigos está sendo preparada, mas a implantação dependerá da conclusão do rebaixamento da linha férrea na Avenida 19 de Dezembro. A Urbamar, que administra as obras, assegura que o rebaixamento deve ficar pronto no final deste ano ou começo de 2012.
Bernardelli afirma também que a Setran está preparando projeto para uma segunda pista de ônibus ao lado do terminal urbano. A nova pista começará na Avenida Duque de Caxias até o terminal. "O objetivo é colocar mais ônibus de transporte urbano ali", aponta ele, explicando que, após a mudança, serão retirados os pontos de ônibus da Duque de Caxias e da rua do terminal urbano, que, segundo ele, "é provisório há cerca de 20 anos, "mas é provisório". Ele diz que não tem informações sobre o local onde seria instalado o novo terminal urbano.
O diretor-presidente da Urbamar, Fernando Camargo, diz que, no futuro, todo terminal de ônibus e o trem de passageiros será subterrâneo. "Mas isso é um anteprojeto, nem há prazo ainda." "Maringá está se preparando para o futuro, para ter um sistema de transporte coletivo subterrâneo, tanto de ônibus quanto de trem", completa.
Queixas
Enquanto o poder público estuda mudanças para o terminal metropolitano, os usuários lidam com o desconforto. A Praça Raposo Tavares conta com quatro pontos, todos alinhados na Avenida Joubert de Carvalho, para ônibus com destino a Marialva, Mandaguari e Mandaguaçu. Os abrigos não dão conta de tantos usuários e, quando chove, muitos esperam os coletivos debaixo d'água, equilibrando sombrinhas, guarda-chuvas e sacolas. "É lotado assim todos os dias", reclama o motorista Laércio Dias Sales, 31 anos, que mora em Marialva. "Piora quando chove. A gente paga o transporte e preciso de mais dignidade."
Para a doméstica Lídia Jane Magno, 46, o desconforto é pior para idosos e crianças. "Quando chove, a gente vê aquelas senhoras com guarda-chuva esperando na fila. Nem tem lugar para todas no abrigo. E quando há mães com crianças? Pior ainda. Maringá é uma cidade tão linda e por isso precisa ter um terminal melhor."