Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

Metrô de fortaleza está com 87% da obra está pronta, mas linha só deve operar em 2012

segunda-feira, 21 de março de 2011

Depois de 12 anos de espera, o Metrô de Fortaleza finalmente vai começar a operar no fim do ano, em fase de teste, na linha Sul. Mas, o trajeto será somente do Centro de Manutenção da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), em Pacatuba, até a estação Couto Fernandes. Apesar de 87% da obra estar concluída, de acordo com a Companhia, duas estações pouco avançaram: a José de Alencar, onde funcionava o Beco da Poeira, e a Xico da Silva, no Centro. A operação comercial só deve iniciar, portanto, no fim de 2012.

“As duas estão no início, principalmente, a José de Alencar. Lá tivemos o problema da retirada dos camelôs”, justificou o diretor de Implantação do Metrofor, Diogo Cruz, na manhã de ontem, durante visita da Comissão Especial da Copa, da Câmara Municipal, às obras.

Ele informou que, além da conclusão das estações, ainda será preciso esperar, até janeiro de 2012, a chegada de mais 18 carros. Até agora, dois trens já estão no Centro de Manutenção. Os carros vão formar uma só composição que terá capacidade para 900 pessoas.

Durante a visita, o diretor apresentou também o projeto da linha Parangaba/Mucuripe, com 13 quilômetros em superfície. Até o mês que vem, o Metrofor vai receber o projeto do trecho. E o processo de licitação deve ocorrer em junho. Está nos planos da Companhia também a linha Leste (subterrânea), que vai ligar o Centro à Washington Soares, passando pela Aldeota. “Ainda não temos recurso para esse projeto. A gente estimou em cerca de R$ 3 bilhões”, disse. Apesar de ainda não ter verba, Diogo disse que o projeto já está andamento.

Visita
Cinco vereadores da Comissão Especial da Copa, da Câmara Municipal, visitaram duas estações: Parangaba (elevada) e Benfica (subterrânea). Na Parangaba, a parte elevada está quase pronta, com os trilhos de concreto. Falta o trecho que vai passar por cima da antiga estação. “Estamos esperando chegar uma máquina nova para poder colocar as vigas”, explicou Diogo Cruz.

É preciso também dar continuidade ao acabamento. As escadas estão prontas e o espaço para elevador, também. Mas faltam os quiosques que vão funcionar na parte de baixo do elevado.

Na estação subterrânea do Benfica, a obra já está mais adiantada. Além da parte externa quase finalizada, com jardins e estruturas de madeira, o acabamento da parte interna já se destaca. As placas de informação estão nos seus lugares. Os vidros foram colocados. Os trilhos de concreto já foram montados em um dos lados.

A comissão, que tinha como objetivo obter informações para cobrar o andamento das obras, aprovou o que viu. “Nós passamos e não conseguimos ver as obras. Mas hoje (ontem) comprovamos que está bem encaminhado”, avaliou o vereador Leonel Alencar, presidente da comissão.

Fonte: O Povo Online

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Andar de ônibus em Santo André é calvário

Atravessar Santo André de ônibus no fim da tarde significa até cinco horas perdidas no trânsito. O calvário de quem depende do transporte público fica mais latente na longa fila de carros que se forma nas principais avenidas. Por exemplo: passageiros das linhas que saem de São Caetano e viajam até Mauá sabem que não vão estar em casa antes das 22h.

A equipe do Diário acompanhou a rota que muitas pessoas fazem diariamente. Saiu do início da Avenida Goiás, em São Caetano, e foi até a Rua Catequese, em Santo André, percurso de cerca de nove quilômetros. Foram duas horas e 40 minutos de viagem, sendo que duas horas e meia apenas a partir do momento que o ônibus entrou na Dom Pedro II.

Os veículos são precários, e no fim do verão ninguém sabe se é melhor passar calor ou se molhar. "É complicado. Se a gente abre a janelinha, a chuva molha. Por outro lado, o calor é insuportável e só aumenta o cansaço", contou o auxiliar de escritório Jorge Victor Firliano Santos, 21 anos.
Linhas de ônibus que vão até Mauá, por exemplo, podem ser tomadas na Avenida Goiás, em São Caetano. Com quatro faixas de rodagem, a via permite fluidez até a divisa com Santo André, na Avenida Dom Pedro II. O calvário começa aí.

Empurrões, conversas em voz alta entre os passageiros e, fora do ônibus, buzinas e sons típicos do estresse caótico que o tráfego de Santo André provoca. Assim que os usuários percebem que o trânsito vai travar, iniciam pequenas manias para dispersar o cansaço e distrair a cabeça cansada após um dia de trabalho. Abre-se um livro, faz o piso de assento, ouve-se uma música.

Mas, depois de 30 minutos, o ônibus não conseguiu andar dois quarteirões da Dom Pedro II. "É horrível. A gente dorme, acorda e não sai do lugar quando chega em Santo André", disse a operadora de telemarketing Juliana Santos Silva, 27. Ela trabalha em São Caetano e mora na Vila Luzitano, em Mauá.

"Demora de quatro a cinco horas para chegar em casa quando começa a chover", contou a faxineira LucieneTemoteo, 34.
Na Dom Pedro II, onde os agentes de trânsito não aparecem para auxiliar os condutores, passageiros pedem para descer pelo menos duas quadras antes do ponto.

ATRASOS
Maria José Andrade, 48, se diz acostumada a chegar em casa tarde da noite nas sextas-feiras. Nesses dias ela tenta sair o mais cedo possível do trabalho. A preocupação é o marido, que já está em casa a partir das 20h. "Eu até tento chegar cedo para fazer a janta. Mas é praticamente impossível."

Mecânico troca o carro pela bicicleta

É simplesmente desesperador ficar mais de quatro horas dentro de um ônibus com o trânsito de Santo André congelado. Pior que isso, é sempre chegar atrasado no trabalho e escola. Por isso, o técnico em mecânica Mauro Rogério Rucco, 55 anos, deixou o carro na garagem há dois meses e decidiu ir até São Caetano, onde trabalha, de bicicleta.

Ele presta serviços como terceirizado de uma montadora de veículos no município. O sonho é ser efetivado como funcionário, mas precisa concluir o Ensino Médio - que teve de interromper há 30 anos para começar a trabalhar. Para isso, iniciou o curso supletivo, em uma escola no Centro de Santo André. "Mas todos os dias eu perdia a primeira aula, e assim não dá para pegar o diploma", queixou-se.

No fim do ano passado, resolveu comprar uma bicicleta. "No início, era só para lazer, mas depois fiz os cálculos e percebi que conseguia adiantar minha rotina com ela", explicou.

Ele deve bater o ponto de entrada na empresa exatamente às 7h. "Quando eu andava de ônibus, sempre chegava 15 ou 20 minutos atrasado", contou. Pedalando, além de se exercitar, Rucco conseguia um tempinho para o lanche antes do expediente. "De bicicleta, chego sempre entre 20 e 30 minutos antes de começar a trabalhar. E também não pego o estresse do trânsito pela manhã", comentou.

A mesma coisa é a chegada ao supletivo. "Comecei a chegar bem antes das aulas. Dava para descansar, tomar uma água. Pena que a Prefeitura não pensa em fazer uma ciclovia", criticou o mecânico.

Na visão dele, não falta muito para o fluxo de Santo André chegar ao estágio de estátua. "Quando eu era mais novo e já consertava carro, era muito difícil ver tantos veículos novos nas ruas. Hoje em dia, a frota aumenta e se renova todos os anos. Logo não vai dar mais para dirigir", disse.
Para quem nasceu e morou 55 anos na cidade, é fácil perceber onde está o erro. "A coisa ficou pior depois que a Prefeitura começou a reformar o viaduto (Adib Chammas)", apontou.

PERDEU AULA
Ontem, seu Mauro não foi de bicicleta para o trabalho por causa da chuva. E também não conseguiu chegar à escola. Teve de passar a viagem sentado na escadinha do ônibus, que ficou preso por mais de duas horas no trânsito da Avenida Dom Pedro II.

Cobrador até desce do ônibus para fumar

O trânsito dentro de Santo André é tão lento depois das 17h que é possível descer do carro, fumar um cigarro e voltar para a direção. Ontem, enquanto a equipe do Diário acompanhava o drama dos usuários de ônibus,foi possível flagrar todos os tipos de infração de trânsito: motos que trafegam sobre calçadas, carros que param em cruzamentos, veículos que avançam o sinal vermelho. E nada de fiscalização.

Quem fez do trânsito um meio de ganhar a vida adquiriu manhas para matar o tempo e não deixar o nervosismo subir à cabeça. O cobrador Isack Oliveira, 37 anos, tem 12 de profissão. Atualmente ele trabalha em linhas que cruzam todo o Grande ABC. A pior parte da viajem, segundo ele, é o trecho que corta Santo André.

Na Avenida Dom Pedro II, ele se permite fumar um cigarro durate o anda e para típico do fluxo daquela via. E dá tempo até de fazer uma ligação. "Fica tudo parado quando a gente chega aqui. Às vezes o motorista deixa as portas abertas, para o ar passar. Daí, saio, acendo um cigarro e relaxo. Depois, é só voltar para cobrar a passagem de quem entrou."

Quando a tempestade cai e as vias de Santo André ficam debaixo d''água (pela falta de projetos de drenagem), os motoristas de ônibus têm uma tática. "Eles desviam o caminho. Fica para trás quem está nos pontos", contou o carpinteiro Ivanildo Andrade, 30 anos, que mora em Mauá e trabalha em São Caetano.



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Em São Paulo, 70% dos ciclistas usam bicicleta para trabalhar

Para o senso comum, bicicleta é mais um hobby do que um meio de transporte, um exercício nos fins de semana, perfeita para um passeio pelo Parque do Ibirapuera. Segundo pesquisa do Metrô, no entanto, mais de 70% das viagens feitas diariamente de bicicleta na capital paulista são para trabalhar - pelo menos 214 mil moradores usam esse meio para chegar ao trabalho todos os dias.

Se forem levadas em conta outras atividades do dia a dia, como ir para a escola, fazer compras ou ir ao dentista, o índice sobe para 96%. Recreação mesmo, como pedalar pelos parques, responde por apenas 4% das viagens. "Há um consenso de que a bicicleta é usada para lazer. Mas o uso está mais ligado à periferia e à população de baixa renda", diz o professor de Transportes da USP Jaime Waisman. "E agora há jovens de classe média que usam por ideologia."

A pesquisa "O Uso de Bicicletas na Região Metropolitana de SP", de agosto do ano passado, aponta ainda que a capital tem quatro polos de bikes. Ao analisar os distritos com mais de 2 mil viagens por dia, observa-se que 70% delas estão reunidas em Grajaú (e Socorro), Vila Maria (Vila Medeiros, Tremembé e Jaçanã), Jardim Helena (Itaim Paulista, São Rafael, Itaquera e São Miguel Paulista) e Ipiranga (Cursino e Sacomã).

O campeão de uso de bicicletas é o Grajaú, no extremo Sul, onde são realizadas 9,4 mil viagens diárias. Essa é a única localidade em que o motivo principal não é trabalho, mas assuntos pessoais - como ir ao banco ou ao dentista. "É um local populoso e de baixa renda, por isso se usa muito a bicicleta para coisas cotidianas. E a topografia ajuda. Mas também fica longe e as viagens para trabalho precisam ser em outros meios", diz a analista de Transportes do Metrô e responsável pela pesquisa, Branca Mandetta.

Quadro parecido ocorre na Zona Leste da capital. Muitos ciclistas ali, no entanto, fazem uso conjugado da bicicleta com outro meio de transporte. Prova disso é que os bicicletários de estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), como Itaim Paulista e Jardim Helena, ficam abarrotados durante quase todo o dia, esvaziando apenas no fim da tarde, quando estudantes e trabalhadores descem dos trens e seguem pedalando para casa.

Fonte: G1.com.br

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Sistema BRT circula por Salvador e atrai atenções

sábado, 19 de março de 2011

O ônibus do futuro circulou ontem à tarde por Salvador e chamou a atenção que nem trio elétrico. O Mega BRT (Bus Rapid Transit) saiu da Avenida Tancredo Neves, trecho da Dismel, e seguiu pela Av. Luis Viana Filho ( Paralela) até o Aeroporto para, em seguida, retornar via CAB, Rótula do Abacaxi, Acesso Norte,  e encerrar a viagem na garagem da BTU, na região do Iguatemi. Durante o percurso, sempre acompanhado por batedores da Transalvador e Polícia Militar, foi fotografado e aprovado como opção para o sistema de transporte de massa em Salvador.

“É muito lindo e confortável. Vou perder todos os pontos porque vou acabar dormindo nele. Isso aqui é o metrô que já chegou sobre rodas. Pode mandar o outro metrô embora”, disse o técnico Alberto Pedreira, 36, que entrou no ônibus e gostou do que viu. O supervisor Evanilson Pereira de Souza, 45, passou diante do Mega BRT ainda parado e comentou: “Nota dez, show de bola. É o ideal pra o transporte de massa em Salvador”.

“A nossa intenção hoje é trazer uma solução pro transporte de passageiros na condição do BRT. Cidades como Salvador, que comporta um corredor, precisarão de um veículo igual a esse”, declarou Renato Miotto, da empresa gaúcha Neobus, responsável pela fabricação do ônibus de designe inspirado no trem bala, com ar-condicionado, circuito fechado, sistema de anúncio digital e de áudio da próxima parada, dois aparelhos de vídeo, sistema de câmeras interno e externo, GPS, moderna tecnologia, quatro portas do lado esquerdo, duas no direito, espaço para bicicletas e poltrona de obesos e cadeirantes. Se aprovado pelo poder público, cerca de 300 ônibus neste estilo poderão circular em Salvador em corredores especiais que poderão fazer as ligações Calçada-Pituba, Aeroporto-Lapa.

“É o mínimo que precisará ser  implantado para a gente poder oferecer um serviço de qualidade pra cidade”, ressaltou na oportunidade Horácio Brasil, superintendente do Setps, que participou do passeio do Mega RBT, que tem capacidade para 50 passageiros sentados e 110 em pé, e confirmou já ter o sistema desenhado, cobrindo 42 kms, para ser posto em prática a partir da sua aprovação.

“Estamos muito contentes com esta perspectiva do BRT porque o ônibus tem uma configuração e padrão muito legal e vai fazer com que melhore o sistema de transporte coletivo da cidade”, disse o “busólogo”- pessoa que gosta de ônibus e corre atrás de informações a respeito do tema – Frant Hechir, 19, estudante de Arquitetura da UFBa, ao final do passeio.
Informações: Tribuna da Bahia


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Grande Recife: Corredor exclusivo para ônibus na PE-15 só deve ser concluído em julho

Foto: Blog Meu Transporte
O segundo viaduto do Complexo de Salgadinho,a PE-15, em Olinda, foi inaugurado  na quarta-feira.  Agora, motoristas e passageiros esperam a conclusão das obras do corredor exclusivo de ônibus que vai atender as comunidades. Mesmo inacabados e mau sinalizados, os viadutos do foram liberados para o tráfego. Isso fez com que o trânsito no local ficasse ainda mais intenso.

Normalmente, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), são 50 mil veículos por dia na PE-15 e no seu prosseguimento, a avenida Pan-Nordestina. A situação só deve melhorar com a ampliação do corredor exclusivo para ônibus.

Atualmente, ele só vai até a área próxima ao quartel do Exército, na PE-15, no sentido Paulista-Recife. A partir daí é tráfego misto do qual ninguém gosta, a começar pelos motoristas de carros menores.

Os passageiros de ônibus também preferem os corredores exclusivos para ônibus e o motivo é simples. “Várias vezes os ônibus já queimaram a parada e tive de esperar outro”, reclamou uma passageira que aguardava um coletivo no local. Ansiosos mesmo pela conclusão dos serviços estão os motoristas de ônibus.”Há quatros anos eu espero pelo fim dessa obras, tomara que agora termine”, comentou um motorista.

A obra está fora do prazo. De acordo com as datas na placa da obra, ela deveria ter terminado em dezembro do ano passado, mas acabou atrasando por conta das mudanças no projeto dos viadutos do Complexo de Salgadinho. A previsão agora é o fim do mês de julho.

Até lá, o corredor exclusivo vai ganhar mais 1,1 quilômetro. Por ele, vão circular os ônibus de 15 linhas diferentes. Dessas, 11 seguirão direto pelos viadutos, quanto as outras quatro que atendem as comunidades de Cohab e Ouro Preto, em Olinda, terão que passar por pistas locais. Elas começarão depois do canal que fica ao lado do Fórum da cidade.

“A idéia é que esse corredor venha de Igarassu até Joana bezerra. Há todo um projeto de integração desse corredor com outros corredores existentes na Região Metropolitana”, explicou Manuel Marinho, presidente do Grande Recife Consórcio de Transportes.




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Paulistanos terão acesso a informações sobre linhas do Metrô em tempo real

Os passageiros do Metrô passarão a ter acesso a informações em tempo real sobre o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás a partir da próxima segunda-feira (21). Um aplicativo estará disponível no site da empresa e poderá ser acessado também por meio de celulares.

Por meio do “Direto no Metrô”, será possível saber sobre falhas que “afetem uma linha em sua totalidade”, e os motivos que causaram o problema. Falhas pontuais e breves não serão exibidas pelo sistema. As informações são emitidas do Centro de Controle Operacional.


Fonte: R7.com

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Governo abandona projeto de metrô leve na Baixada Santista

Depois de 11 anos de promessas, o governo do Estado de São Paulo abandonou o projeto de implantação do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos ou metrô leve), que integraria o SIM (Sistema Integrado Metropolitano) na região da Baixada Santista. O projeto já havia perdido credibilidade depois que a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) declarou a licitação do VLT deserta em fevereiro deste ano.

Em visita à região na última semana, o governador Geraldo Alckimin confirmou que encaminhou à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) a proposta de criar um trem regional.

Segundo o governo do Estado, a medida ampliaria ainda mais a prestação de serviços, uma vez que o VLT consistia em um tronco de ligação rápida apenas entre Santos e São Vicente, e o trem serviria também as demais cidades da região. Procurada pela reportagem, a CPTM não soube informar detalhes da proposta. O responsável pela análise de projetos da empresa também não foi localizado.

Além do VLT, outro antigo plano para a região pode não sair conforme o anunciado. De acordo com o governo do Estado, além da construção de uma ponte estaiada ligando Santos e Guarujá, a proposta da Ecovias de criar uma ligação entre as duas margens, que serviria apenas aos caminhões, também está em análise pela Secretaria Estadual de Logística e Transportes de São Paulo.


Fonte: eBand



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Transcarioca prevê outra ponte estaiada na Barra, além de mergulhões e viadutos rumo à Zona Norte

sexta-feira, 18 de março de 2011

A região da Barra deve ganhar mais uma ponte estaiada (suspensa por cabos) com a inauguração do BRT Transcarioca, o mais importante da cidade e cujas obras foram lançadas nesta quinta-feira. A exemplo da Linha 4 do metrô - que, dependendo da aprovação pelo Iphan, terá uma ponte semelhante sobre a Lagoa da Tijuca - o corredor exclusivo para ônibus articulados traz no projeto uma estrutura do mesmo estilo sobre a Lagoa de Jacarepaguá, que terá pistas usadas tanto pelo sistema BRT (Bus Rapid Transit) quanto pelos veículos que fluirão da Linha Amarela. Na manhã de quinta-feira, o prefeito Eduardo Paes iniciou oficialmente os trabalho de implantação do Transcarioca, o BRT que vai ligar a Barra ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.

O superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RJ), Carlos Fernando Andrade, disse que, em ambos os casos, o órgão está analisando se há impacto na paisagem.

Segundo a prefeitura, o tempo gasto no trajeto entre a Barra e a Ilha do Governador deve ser reduzido em mais de 60% após a conclusão da obra, que será entregue em três anos como parte do pacote que prepara a cidade para os Jogos Olímpicos. Com 39km de extensão, o corredor expresso será construído em dois lotes.

Ao todo, nove pontes e dez viadutos

Projeto da Transcarioca (Foto: Divulgação)
Na quinta-feira, foi iniciado o primeiro lote da Transcarioca, que terá 28km e começa com a construção de um mergulhão exclusivo para os ônibus articulados no encontro das ruas Cândido Benício e Domingos Lopes, em Campinho, na Zona Norte do Rio. Este primeiro lote, orçado em R$ 798,4 milhões, inclui a ampliação da via (que passará pelos bairros da Barra, Jacarepaguá, Curicica, Taquara, Tanque, Praça Seca, Campinho, Madureira, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila da Penha e Penha). Somente nesta primeira etapa serão construídas sete pontes (incluindo a estaiada), dois mergulhões na Barra, próximo à Cidade da Música, quatro viadutos, uma passagem inferior e urbanização. O segundo lote, que trata do traçado entre a Penha e o aeroporto, ainda está em fase de licitação.

- A ligação das ruas Cândido Benício e Domingo Lopes terá seis faixas de rolamento e teremos um mergulhão exclusivo para BRT que vai dar agilidade ao trânsito. Os ônibus não vão parar no sinal da Intendente Magalhães com a Cândido Benício, eles vão passar por baixo e, na saída do mergulhão, haverá uma estação de BRT - explicou o secretário municipal de Obras, Alexandre Lopes.

Ao todo, serão construídas 45 estações, três terminais para embarque e desembarque, nove pontes, três mergulhões e dez viadutos. O Transcarioca também prevê a duplicação de pistas e urbanização de áreas próximas ao BRT. O corredor também vai permitir uma integração com outros meios de transporte, como trens e metrô, beneficiando 400 mil passageiros por dia.

Meio bilhão em desapropriações

Na avaliação de Paes, o Transcarioca é uma das intervenções mais importantes para a prefeitura.
- Das obras que estamos fazendo olhando para as Olimpíadas, esta é a mais importante da cidade, porque ela não é só um corredor de transporte mudando completamente a lógica de comportamento das pessoas de todo o subúrbio carioca. Ela é uma revolução urbana. Esta região aqui é de difícil andar e ela vai abrir novas vias, melhorar o fluxo de veículos, tirar ônibus das ruas e oferecer transporte confortável. É mais importante que o Transolímpico, que o Transoeste e que a Linha Amarela - disse Paes.

Segundo Paes, um dos maiores desafios enfrentados pela prefeitura estão sendo as desapropriações de imóveis localizados ao longo do traçado da obra. O prefeito afirmou na quinta-feira que as desapropriações, iniciadas há mais de um ano, vão custar à prefeitura R$ 500 milhões. Inicialmente, a previsão de gastos era de R$ 300 milhões com indenizações, quando o projeto se limitava ao trecho Barra-Penha. A obra completa está orçada em 1,3 bilhão.

- Essa é uma intervenção muito complexa. Tivemos que desapropriar mais de três mil imóveis e ainda temos um trabalho grande pela frente. Há um conjunto grande de processos na Justiça, mas a prefeitura está tentando fazer o melhor possível - afirmou.

Segundo o secretário municipal de Obras, Alexandre Lopes, para esta primeira fase da obra já foram feitas 70 desapropriações, entre imóveis comerciais e residenciais.

Fonte: O Globo
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