A notícia de que a passagem do ônibus em Itu passará de R$ 2,60 a R$ 2,80 tem causado reclamações por parte dos moradores da cidade e de pessoas que usam o transporte coletivo diariamente no município. De acordo com as informações, divulgadas à população através de cartazes dentro dos próprios coletivos, a mudança ocorre a partir do primeiro dia do mês de abril. Em dois anos, este será o segundo aumento consecutivo da tarifa – que passou de R$ 2,40 a R$ 2,60 em 2010.
“Em Itu é tudo muito próximo e por isso não tem porque ser cobrado esse valor. Em Sorocaba, por exemplo, que é uma cidade bem mais desenvolvida, o preço da passagem é menor do que a de Itu”, destaca a moradora Eliana de Lima. “É caro e não há conforto para o povo. Moro no Pirapitingui e pego o ônibus sempre lotado. Sem contar que dificilmente os transportes passam no horário certo. Sempre há atraso”, completa a amiga Ana Maria da Cruz. De acordo com ela, os transportes chegam a demorar até 30 minutos aos finais de semana, comprometendo assim o seu horário de serviço.
Em entrevista ao Itu.com.br, o diretor de comunicação da Avante, Paulo Barddal, rebateu às críticas da população e afirmou que o aumento é um processo natural. “Também temos as nossas despesas. As pessoas reclamam, mas não levam em conta os gastos anuais da empresa. Os fabricantes e as distribuidoras de combustível elevam as taxas e nós somos obrigados a fazer o mesmo. Além disso, temos aumento das taxas de água e luz, salários dos funcionários, cestas básicas, etc”, justifica.
Além do atraso, reclamações das condições físicas dos veículos são unânimes entre os usuários. “Os ônibus estão sempre lotados e, em alguns casos, os canos para apoio das mãos estão todos frouxos. Sem contar a falta de educação de muitos motoristas, que muitas vezes gritam com os passageiros”, diz Josimara Pascoertto.
“Pra quem usa o serviço todos os dias, são mais de R$ 100. Sem dizer que às vezes viajamos em transportes com estado de conservação abaixo de um padrão confortável e, nos dias de chuva, alguns deles ficam alagados de tanta goteira”, critica Rafael Gomes.
“Os ônibus que rodam em Itu têm o mesmo padrão dos outros que rodam em todo o país. Além disso, todos os anos há renovação da frota. Acontece que alguns defeitos são detectados na manutenção preventiva; outros, menos previsíveis, somente na corretiva. No caso das goteiras, por exemplo, não dá para saber que o teto apresenta problemas antes do período de chuvas. No entanto, assim que o problema é identificado, a instrução é de que o veículo saia de circulação até que seja consertado”, explica Barddal.