Aquilo que todo cascavelense vive na prática - seja ao entrar em um dos lotados ônibus do transporte coletivo, seja ao enfrentar dificuldades para andar de carro no Centro da cidade - foi sistematizado por uma empresa especializada e transformada em um estudo do transporte e do trânsito na cidade.
O trabalho foi iniciado há seis meses e custou R$ 118 mil, o relatório final foi entregue na última semana à Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito). Além de diagnosticar os problemas, o material propõe soluções a serem implantadas a curto, médio e longo prazo. “Nós agora estamos analisando todas as propostas que foram feitas para verificar se precisamos de mais alguma medida. Em seguida vamos organizar uma apresentação pública, onde vamos detalhar o que foi percebido nestes estudos e quais mudanças vão guiar nossas ações a partir de agora”, comentou o presidente da Cettrans, Jorge Lange. Esta apresentação deve ocorrer ainda durante o mês de maio e vai mostrar sugestões de mudanças “radicais”, que, no entanto, precisam de muito dinheiro para efetiva execução. Algumas propostas só devem ser colocadas em prática num prazo de dez ou quinze anos.
Por outro lado, ações mais simples têm início imediato. Algumas linhas do transporte coletivo, por exemplo, passam a contar com um carro a mais já a partir de amanhã (3). É o caso da linha que atende o Bairro Presidente e também a Paulo Godoy. “Baseado na contagem de passageiros percebemos que estas linhas precisavam urgentemente de mais um veículo. No caso do Paulo Godoy a linha vai ser ‘separada’ do trajeto que vai até a FAG, e haverá um ônibus extra. Assim como estas, em breve teremos outras mudanças para o transporte coletivo.
Quanto o estudo foi iniciado, ainda em outubro do ano passado, a promessa era de que as ações começariam mesmo durante os estudos, e que já seria possível perceber melhorar no transporte público mesmo antes do fim dos trabalhos.
O objetivo do estudo é sugerir soluções para modernizar e racionalizar o transporte coletivo e o trânsito. A empresa que venceu a licitação foi a Logitrans (Logística, Engenharia e Transportes Ltda.), que tem sede em Curitiba, mas já realizou trabalhos semelhantes ao que está sendo feito em Cascavel em diversas cidades do país, entre elas Campo Grande no Mato Grosso do Sul, Maringá, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Londrina e Curitiba no Paraná, além de Volta Redonda no Rio de Janeiro e Santos, no estado de São Paulo.
Linha metropolitana
Os usuários das linhas de transporte metropolitano que vão para região têm o que comemorar. Finalmente, as quatro empresas que operam as sete linhas que ligam Cascavel a cidades próximas cumpriram sua obrigação de colocar os abrigos.
O primeiro ponto a receber a benfeitoria é justamente um dos que possui mais movimento, próximo ao terminal leste em Cascavel. Neste local a demanda é tão grande que apenas um ponto convencional não seria suficiente, então está sendo colocado um ponto semelhante ao modelo que é utilizado hoje na Praça Wilson Joffre. A Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) aproveitou para modificar um pouco o local desta parada. “O ponto está sendo construído cerca de 50 metros mais à frente, a mudança foi feita para facilitar o acesso dos passageiros ao Terminal Leste e também por uma questão de segurança, pois antes a parada ficava muito perto de uma curva e de um contorno, a manobra do ônibus para pegar os passageiros era perigosa”, comentou o presidente da Cettrans Jorge Lange.
Eduardo Gonçalves sempre vai para Corbélia e comemora a mudança. “Fazia falta um ponto aqui, no dia que chove principalmente, sempre tem muita gente, o ônibus demora e não tem onde se esconder”, afirma.
Além deste, serão 13 abrigos simples em diversos pontos da cidade, que poderão ser identificados pela base grafite com cobertura laranja. Boa parte está pronta e devem ser instalados nos próximos dias. “Era sempre uma reivindicação dos usuários, que foi levantada e mostrada diversas vezes pela Gazeta do Paraná e esta pressão fez com que o investimento acontecesse”, comenta Lange. A colocação dos abrigos só não aconteceu antes porque uma das quatro empresas se negava a pagar a sua parte e o Ministério Público chegou a interferir. As empresas exploram há décadas as linhas para os municípios de Toledo, Guaraniaçu, Campo Bonito, Santa Tereza, Corbélia, Capitão Leônidas Marques e Boa Vista da Aparecida o investimento de cada uma para custear todos os abrigos foi de R$ 5,5 mil, totalizando R$ 22 mil.
Fonte: CGN Notícias