O projeto, que vai identificar todos estes aspectos, realizados pelos próprios funcionários da empresa, não demandando maiores investimentos, segundo a Urbes, será encaminhado depois ao prefeito Vitor Lippi (PSDB). O presidente Renato Gianolla descartou a implantação de corredores de ônibus neste primeiro momento, diante de uma maior segregação. Para ele, as faixas ainda possibilitam que os veículos adentrem para fazer uma curva ou mesmo sejam utilizadas em períodos ociosos como nos finais de semana, feriados e durante o final da noite até de madrugada. “Mais ou menos como acontece em São Paulo, que alguns pontos tem faixas exclusivas no fluxo ou no contrafluxo. Futuramente pensaremos nos corredores, que segregam e precisam de uma demanda bem maior”.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região (Sinttrans), Francisco França, disse que a implantação de faixas exclusivas para os ônibus é fundamental para agilizar o transporte coletivo e vai diminuir a quantidade de outros tipos de veículos nas ruas de Sorocaba. Para França, as pessoas optam por trabalhar de carro porque, sem as faixas, os ônibus dividem o trânsito com os outros veículos. “Se os corredores forem viabilizados, isso melhora a qualidade do transporte e deve atrair mais usuários, diminuindo os congestionamentos. Espero apenas que saia do papel e aconteça, já que até hoje não existe corredor em nenhuma avenida da cidade”.
França citou que os problemas maiores estão nas proximidades do Centro, como ruas Comendador Oetterer e Hermelino Matarazzo e também nos principais corredores como avenidas Ipanema, Itavuvu e São Paulo.
O comerciante da avenida Armando Pannunzio, Edson Buccini, acredita que a proposta da Urbes é boa, no entanto, assim como ocorreu na década de 80, teme por sua aplicação. Ele citou que a malha viária de Sorocaba é muito antiga, e que, no passado não houve preocupação com planejamento. “O problema é que as ruas e avenidas são muito estreitas e não tem como você colocar faixa para os ônibus”.