Começou na manhã desta quarta-feira, após a sessão de inauguração na noite de terça, o 17º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, em Curitiba, que reúne técnicos de todo o país para discutir problemas e soluções da questão. A principal estrela do encontro, patrocinado pela Associação Nacional de Transportes Públicos, é a Linha Verde, trecho de 17kms onde antes passava a rodovia BR 116 e que foi totalmente remodelada pelo município de Curitiba para se transformar em mais um dos eixos do elogiado sistema de transporte público da cidade.
A principal estrela do encontro são os seis ônibus movidos exclusivamente a biocombustível a base de soja que reduzem a poluição em até 25%. Os ônibus são adaptados pelas fabricantes para funcionar com este combustível, cujo custo ainda não é viável - seu litro é comprado a R$ 2,20, segundo as autoridades da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), que administram o sistema. O prefeito Beto Richa aposta na viabilidade do projeto.
- É mais uma iniciativa pioneira de Curitiba. Na medida em que tivermos uma escala maior de ônibus movidos a biocombustível, o custo do produto vai baratear.
De acordo com os técnicos da Urbs, o desempenho dos motores movidos s biocombustível não diminui, ao contrário do que se poderia imaginar, o que não causa impacto no tempo de viagem. A prefeitura, que monopoliza a administração do sistema de transporte, pretende ainda, no futuro próximo, utilizar o combustível em todas os ônibus da região metropolitana.
A preocupação com o meio amiente segue com o projeto de instalação de uma usina de reciclagem de óleo de cozinha, que seria transformado, após separação da gordura vegetal da animal, em combustível. Curitiba descarta, em média, 400 mil litros de óleo de fritura por mês. Esta produção não tem tratamento adequado e é despejada in natura na rede de esgoto, e caba poluindo os rios da região.
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