Engarrafamentos, fluxo lento, filas duplas de carros, barulho de buzinas, estresse, discussões. Tudo isso que hoje já faz parte do cenário do trânsito de Fortalez (CE) tem propensão de aumentar. É o que indicam os números: a frota de veículos da Capital já ultrapassa 600 mil veículos. Se incluídos os carros vendidos em junho último, então, esse dado deverá subir para 611 mil.E esse aumento da quantidade de veículos não só desafia os governantes como é reconhecido pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania de Fortaleza (AMC). Já para o diretor de Política Urbana do Instituto dos Arquitetos do Brasil seção Ceará (IAB-CE), Antônio Rocha Júnior, o problema requer intervenções que viabilizem a qualidade de vida dos moradores da cidade.
Ele acredita que um sistema de transporte coletivo mais eficiente poderia desestimular muitos moradores da cidade a usarem o carro próprio. Reiterou, ainda, que o aumento da frota ocorre também com a inclusão de carros usados, muitos dos quais vindos de outros estados do País.
Somente nos últimos sete anos, essa frota cresceu 35%, enquanto, no mesmo período, a oferta de transporte coletivo não cresceu sequer 10%, esclareceu o presidente da AMC. “Isso atrapalha tremendamente o desenvolvimento da cidade”, ratificou. Sobre esta questão, Rocha Júnior, do IAB, diz que o desafio é produzir propostas que incluam o transporte de massa seguro e eficiente, de modo que os “automóveis deixem ser esta terrível praga urbana dos dias de hoje”.





