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Confira o ranking das tarifas de ônibus mais caras entre as capitais do Brasil

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

A passagem de ônibus em São Paulo passará a custar R$ 5 a partir do dia 6 de janeiro, colocando a capital paulista em oitavo lugar no ranking de tarifas mais caras entre as capitais. São Paulo não aumentava a tarifa básica do transporte público municipal por ônibus desde 2020.

Além de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife e Belo Horizonte também anunciaram aumento do valor da passagem de ônibus para este ano. Já em Natal, o reajuste entrou em vigor em 29 de dezembro.

A capital catarinense lidera o ranking com as tarifas mais caras entre as capitais. Por lá, a passagem de ônibus está em R$ 6,90 desde essa quarta-feira (1º), antes estava em R$ 6. É importante destacar que, por lá, há diferença de valores dependendo da forma de pagamento. Esse valor de R$ 6,90 é para pagamento em dinheiro ou QR Code. Quem usa cartões vai desembolsar R$ 5,75, vale-transporte (R$ 6,75) e cartão de turista (R$ 6,75).

Porto Velho também está no pódio das tarifas mais caras entre as capitais. Os usuários que fizerem o pagamento em dinheiro terão que desembolsar R$ 6 por bilhete, já os que usam o cartão ComCard pagam R$ 4,50.

Apesar de não ter tido reajuste neste início de ano, já que os reajustes lá são em março, Curitiba ocupa o terceiro lugar, com tarifa de R$ 6.

Rio Branco, por sua vez, tem a passagem mais barata entre as capitais (R$ 3,75), seguida por Macapá e Palmas.

Confira a lista das tarifas de ônibus das capitais (do maior para o menor preço):

Florianópolis: R$ 6,90
Porto Velho: R$ 6
Curitiba: R$ 6
Belo Horizonte: R$ 5,75
Salvador: R$ 5,60
Brasília: R$ 5,50
Boa Vista: R$ 5,50
São Paulo: R$ 5
Aracaju: R$ 5
Cuiabá: R$ 4,95
João Pessoa: R$ 4,90
Natal: R$ 4,90
Porto Alegre: R$ 4,80
Campo Grande: R$ 4,75
Vitória: R$ 4,70
Rio de Janeiro: R$ 4,70
Manaus: R$ 4,50
Fortaleza: R$ 4,50
Goiânia: R$ 4,30
Recife: R$ 4,30
São Luís: R$ 4,20
Belém: R$ 4
Teresina: R$ 4
Maceió: R$ 4
Palmas: R$ 3,85
Macapá: R$ 3,70
Rio Branco: R$ 3,50

Informações: Brasil247
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Goiânia é a nona capital brasileira com tarifa mais barata para ônibus; veja ranking completo

Apesar do aumento de 12% aprovado pela Agência Goiana de Regulação (AGR) no último dia 27, o cidadão goianiense continuará a pagar R$4,30 para utilizar o sistema público de transporte da capital. O aumento aprovado do valor da tarifa técnica vai de R$9,38 para R$10,50, o que forçará maior subsídio por parte dos governos estadual e municipal para manutenção da tarifa atual, que vem sendo praticada desde 2019. 

A AGR aprovou aumento para R$9,89 de 1° de janeiro até 30 de abril e R$10,50 de 1° de maio deste ano até março de 2026.

Atualmente, o subsídio público é responsável por 82% dos pagamentos ao sistema público de ônibus. Como a rede também atende cidades próximas, as prefeituras de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira também contribuem com o subsídio com cerca de 17,6% do valor total a ser repassado.  

Segundo dados do Portal da Transparência do Estado, de janeiro a outubro de 2024 tanto a Prefeitura de Goiânia quanto o Governo de Goiás desembolsaram, cada um, R$194 milhões para o subsídio. Existe um aumento de 60% no valor repassado quando comparamos com o mesmo período de 2023. 

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira, 2, o refeito Sandro Mabel (UB) afirmou que o preço da passagem não irá aumentar, e que uma redução na taxa técnica das tarifas é prevista para meados de 2026. Em cerimônia de posse dos secretários na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Mabel afirmou que o aumento na eficiência do transporte reduzirá o preço da tarifa e que o aumento do uso do serviço pelos cidadãos deve reduzir o preço da tarifa.

Veja abaixo a lista completa com as tarifas para ônibus do transporte coletivo mais baratas entre as capitais brasileiras: 

Rio Branco, R$3,50: A capital do Acre reduziu o preço da passagem de R$4 para R$3,50 em 2021 e a mantém assim desde então. Em novembro de 2023, houve aprovação de subsídio junto à Câmara do município para garantia dos valores. 

Macapá, R$3,70: Conforme mostram dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap), o preço original deveria ser de R$ 4,55, entretanto, o restante é custeado pela prefeitura da capital do Amapá.

Palmas, R$3,85: Capital do Tocantins mantém o valor da tarifa inalterado desde 2019.]

Maceió, R$4: O preço da passagem do ônibus do transporte público da capital do Alagoas foi definido em maio de 2023. Usuários do cartão Vamu Cidadão pagam R$3,49.

Teresina, R$4: O valor da passagem na maior cidade do Piaui segue inalterado desde 2020.

Belém, R$4: Apesar de rumores sobre o aumento da tarifa na capital do Pará terem circulado no final do ano passado, o valor se manteve. 

Recife, R$4,10: O preço deve aumentar para R$4,30 a partir de 5 de janeiro.

São Luís, R$4,20: Valor para as linhas integradas da capital do Maranhão foi mantido graças à Portaria de maio de 2023. Quem deseja andar nas linhas não integradas deve desembolsar R$3,70 por viagem. 

Goiânia, R$4,30: Preço permanece o mesmo desde 2019. 

Fortaleza, R$4,50: O valor da tarifa dos ônibus da rede pública da capital cearense foi mantido graças à aprovação de subsídio na Câmara do município, em fevereiro do ano passado. 

Manaus, R$4,50: Antes de maio de 2023, o preço era de R$3,80, entretanto, após reajuste de 18,42% nesta data, a tarifa para capital do Amazonas saltou para R$4,50. 

Rio de Janeiro, R$4,70: Eduardo Paes (PSD) confirmou o aumento dos preços das passagens nos ônibus municipais nesta quarta-feira, 1°. De R$4,30, a tarifa passou para R$4,70.

Vitória, R$4,70: De segunda-feira a sábado o preço da passagem nos ônibus da capital do Espírito Santo é de R$4,70, enquanto nos domingos a tarifa praticada é de R$4,10, para aqueles com o Cartão GV Cidadão.

Campo Grande, R$4,75: A tarifa na maior cidade do Mato Grosso do Sul teve aumento de R$0,10 em março do ano passado para as linhas convencional e distrital.

Porto Alegre, R$4,80: O valor na capital gaúcha segue inalterado desde julho de 2021.

Natal, R$4,90: Na capital do Rio Grande do Norte, o valor atual foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade em 26 de dezembro e começou a valer no domingo, 29.

João Pessoa, R$4,90: Independentemente da forma de pagamento, houve aumento de R$0,20 na tarifa do ônibus público da capital da Paraíba em janeiro do ano passado. 

Cuiabá, R$4,95: Último aumento nas passagens da capital do Mato Grosso aconteceu em abril de 2022.

Aracajú, R$5: Após licitação do transporte público da região metropolitana da capital do Sergipe, em 2024, o valor da tarifa foi mantido.

São Paulo, R$5: O valor da tarifa do ônibus da maior cidade da América Latina estava congelado em R$4,40 desde 2020, e agora passa para os R$5. Nos domingos e feriados, a passagem continua gratuita. A partir do seis de janeiro, os preços para acessar metrôs e trens também sobem, alcançando a casa dos R$5,20. 

Salvador, R$5,20: O preço atual da passagem na capital baiana surgiu após reajuste em novembro de 2023, afetando tanto os veículos convencionais quanto os do sistema BRT e STEC.

Boa Vista, R$ 5,50: A tarifa foi fixada em dezembro de 2023 e mantida em julho do ano passado, com o anúncio de subsídio tarifário para o transporte público.

Brasília, R$5,50: Valor válido para viagens longas, para região metropolitana da capital federal, e de metrô. Existem outras duas tarifas praticadas com valores de R$2,70 (circular interna) e R$3,80 (viagens curtas).

Belo Horizonte, R$5,75: O preço atual das passagens na capital mineira se deu após aumento de R$0,50 oficializado nesta quarta-feira, 1°. O aumento anterior tinha sido em 29 de dezembro de 2023. As tarifas praticadas se referem às linhas convencionais, enquanto existe o valor de R$2,75 para as linhas curtas. A tarifa zero segue valendo para as 12 linhas que circulam nas vilas e favelas da cidade. A tarifa original deveria ser de R$9,40, mas existe subsídio da administração municipal. 

Curitiba, R$6: Apesar de reajuste periódico previsto para todo 1° de março, o valor atual é mantido desde 2023.
Porto Velho, R$ 6: Valor é praticado quando o pagamento é em dinheiro. Para aqueles que usam o cartão ComCard, o preço vai para R$4,50. 

Florianópolis, R$ 6,90: A tarifa praticada na capital catarinense era R$ 6, mas, a partir da quarta-feira, 1°, passou a ser de R$6,90. O novo preço é para pagamento em dinheiro ou QRCode. Existem valores diferenciados para pagamento com cartões (R$ 5,75), vale-transporte (R$ 6,75) e cartão de turista (R$ 6,75).

Informações: Jornal Opção

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Ao menos 19 capitais terão passe livre no dia da votação; saiba quais

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Ao menos 19 capitais terão alguma forma de passe livre para os transportes públicos no primeiro turno das eleições municipais, que ocorrerá no próximo domingo (6). O levantamento foi feito pela Folha, que entrou em contato com autoridades municipais, estaduais e concessionárias.

Das dez maiores capitais do Brasil (excluindo Brasília, onde não há eleição municipal), Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus e Curitiba garantiram passe livre aos eleitores.

Em São Paulo, onde os ônibus já rodam de graça aos domingos, a SPTrans, estatal que administra o sistema, afirmou que a frota será reforçada.

Já Salvador e Recife não divulgaram seus planos para as eleições. Espirito Santo, Paraíba e Rio Grande do Norte garantem tarifa zerada para todos os seus municípios.

Algumas capitais afirmam analisar a questão, mesmo com decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Em outubro do ano passado, os ministros decidiram em unanimidade que o poder público deve ofertar transporte urbano coletivo gratuito, em frequência compatível aos dias úteis, nas datas das eleições.

Os termos da decisão são válidos enquanto o Congresso não editar uma lei que regulamente uma política de gratuidade do transporte público nesses dias — o que não aconteceu desde então. Até que isso aconteça, a regulamentação dessa oferta de transporte será feita pela Justiça Eleitoral.

Confira abaixo como será implementado o passe livre em cada capital:
São Paulo (SP)
Em São Paulo, onde os ônibus já rodam de graça aos domingos, a frota será a mesma dos sábados, com 6.800 veículos.

Para utilizar os ônibus gratuitamente, o passageiro deve passar pela catraca com o Bilhete Único. Caso não tenha o cartão, basta avisar o motorista ou o cobrador.

Nesta terça-feira (1º) as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, responsáveis pelas linhas 4-amarela e 5-lilás, do metrô paulistano, e das linhas 8-diamante e 9-esmeralda, dos trens metropolitanos, também disseram que não vão cobrar passagem.

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Transportes Metropolitanos não confirmou se as linhas públicas do metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também não vão cobrar os passageiros. Segundo apurou a reportagem, a pasta espera a assinatura de um decreto com as regras, o que deve sair nesta quarta (3).

Belém (PA)
Os passageiros podem acessar os terminais, estações e paradas de ônibus entre o período das 4h da manhã às 23h59 do domingo. Não será necessário apresentar documentos, segundo decreto municipal, e as catracas serão liberadas.

Belo Horizonte (MG)
Todas as linhas de ônibus ficarão gratuitas das 0h às 23h59 nos dias de votação, de acordo com a prefeitura.
O governo estadual também divulgou que o transporte coletivo intermunicipal de caráter urbano ou metropolitano será gratuito. O usuário não precisará apresentar o título de eleitor nem o comprovante de votação, mas terá de fazer o registro da viagem no cartão Ótimo ou bilhete.

A região metropolitana também terá passe livre em todos os ônibus metropolitanos. Além disso, o metrô vai operar de forma gratuita.

Curitiba (PR)
A gratuidade será válida durante todo o dia e incluirá as 242 linhas de ônibus em operação na cidade, que seguirão a tabela de horários de sábado. A única exceção será a Linha Turismo, que continuará cobrando a tarifa de R$ 50.

Florianópolis (SC)
A prefeitura confirmou que as linhas de ônibus da cidade serão gratuitas no dia da eleição. Os horários serão de dias úteis, com linhas extras conforme demanda. Não será necessário apresentar qualquer documento.
Florianópolis é uma das seis capitais que possuem alguma forma de passe livre, mesmo que parcial. No verão, todos os domingos têm passe livre. Fora da temporada os ônibus são gratuitos no último domingo do mês.

Fortaleza (CE)
A cidade terá ônibus gratuitos no primeiro e no segundo turno, conforme projeto aprovado pela Câmara Municipal.

O governo estadual também sancionou a gratuidade em ônibus metropolitanos e intermunicipais, incluindo transporte rodoviário e metroviário.

Para viagens na região metropolitana, a gratuidade vale das 5h às 18h do dia da eleição, mediante a apresentação do Título de Eleitor ou outro documento que comprove o local de votação no município de destino.

Para viagens entre cidades, não será cobrada tarifa do usuário entre 17h da sexta-feira anterior à eleição e 8h da segunda-feira imediatamente seguinte. O eleitor deve o eleitor solicitar a reserva das passagens de ida e volta com pelo menos dois de antecedência.

Goiânia (GO)
A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos disse que o transporte público será gratuito em Goiânia e em toda região metropolitana.

A planilha será de dia útil e o horário de funcionamento das 4h30 às 0h30 de segunda (7). Os usuários deverão acessar o serviço por meio da catraca e realizar a validação normalmente.

João Pessoa (PA)
O embarque nos ônibus com gratuidade da tarifa poderá ser realizado por qualquer pessoa, portando o Passe Legal e o Título de Eleitor, entre às 6h e às 20h.

Os paraibanos também terão direito a gratuidade do transporte intermunicipal nos dias de realização da votação de pleitos eleitorais.

Macapá (AP)
A cidade não vai oferecer tarifa zero para toda população. O acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) garante a gratuidade para idosos, pessoas com deficiência e com autismo, doadores de sangue e também mesários e pessoas que estão à disposição da Justiça Eleitoral.

Ao restante da população será adotada tarifa social de R$ 1,85.

Maceió (AL)
A prefeitura disse já concede gratuidade no transporte público aos domingos e que está programado um reforço nas linhas.

Manaus (AM)
A gratuidade será oferecida das 4h às 18h, e, de acordo com a prefeitura, cerca de 1.150 ônibus estarão em operação na cidade. A medida também será válida para o segundo turno, se houver. As áreas próximas aos locais de votação serão reservadas para facilitar o embarque e desembarque dos eleitores.

Natal (RN)
A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou nesta segunda-feira (30) gratuidade no transporte rodoviário intermunicipal e metropolitano para o primeiro turno das eleições municipais no estado. O benefício será válido no fim de semana da votação.

Para passagens intermunicipais, os eleitores poderão retirar os bilhetes de viagem nos guichês das empresas a partir da quarta-feira (2), mediante a apresentação de um documento que comprove sua identidade e local de votação.

A gratuidade será válida para viagens no sábado, com retorno até as 18h da segunda.

Palmas (TO)
A cidade já tem uma lei que estabelece o transporte público é gratuito aos finais de semana e feriados. Não foi informado se haverá reforço da frota ou ajuste dos horários.

Porto Alegre (RS)
De acordo com decreto publicado na última sexta, a capital gaúcha terá gratuidade nos dias 6 e 27 de outubro (caso ocorra segundo turno). Não será necessário apresentar documentos. Devem ser disponibilizados 40% a mais de viagens que domingos convencionais para atender a demanda.

Porto Velho (RO)
A prefeitura anunciou, por meio de decreto, a concessão de isenção das tarifas do serviço público de transporte coletivo urbano de passageiro.

A gratuidade será aplicada no dia 6 de outubro de 2024, das 6h às 18h, abrangendo todas as linhas e itinerários operados pelas concessionárias do serviço. O município será responsável pelo ressarcimento das concessionárias.

Rio Branco (AC)
O transporte gratuito estará disponível para todos os cidadãos nos dias 6 e 27 de outubro, com início da circulação dos ônibus às 3h e término às 15h30. A medida foi pensada para atender ao horário de votação no Acre, que será das 6h às 15h.

Rio de Janeiro (RJ)
A Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou passe livre para todos os transportes regulamentados na cidade no dia da eleição, das 6h até as 20h. Isso inclui ônibus, VLT, BRT, metrô, trem, barcas e vans. As empresas de ônibus devem manter o funcionamento de 100% da frota, segundo decreto.

O estado, no entanto, ainda não divulgou detalhes do funcionamento de metrô, trem e barcas no dia da votação.

São Luís (MA)
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes irá disponibilizar, com gratuidade, a mesma frota de ônibus dos dias de semana.

A medida valerá de meia-noite até às 22h de domingo às pessoas que apresentarem o título de eleitor ou qualquer outro documento autorizado pela Justiça Eleitoral para votação.

Vitória (ES)
Vitória não divulgou programação especial para as eleições municipais. Contudo, desde dezembro de 2022, o transporte público coletivo agora é obrigatoriamente gratuito em dias de eleições no Espírito Santo.

Outras capitais
Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Recife (PE) e Salvador (BA) afirmaram que a questão ainda está em análise. Campo Grande (MS) e Teresina (PI) não responderam.

Informações: FolhaPress
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Capitais brasileiras ganharam 280 km de ciclovias e ciclofaixas em 2024, diz levantamento

As capitais brasileiras ganharam 280 km de ciclovias e ciclofaixas entre em 2024, na comparação com o ano anterior, chegando a um total de 4.106,8 km. O aumento de 7,33%, no entanto, está abaixo do que as cidades poderiam investir para ampliar suas malhas cicloviárias.

É o que diz a Aliança Bike, responsável por consultar as prefeituras e produzir o levantamento, obtido com exclusividade pela Folha de S.Paulo. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e consideram o período de julho de 2023 a julho deste ano. A lista considera apenas as estruturas exclusivas para a circulação de bicicletas e separadas do espaço para veículos motorizados, excluindo, assim, as ciclorrotas.

São Paulo lidera com folga na extensão de malha, com 710,9 km de ciclovias e ciclofaixas, embora tenha acrescentado 21 km -um aumento relativo de 3,16%- até a data do levantamento. Atrás da capital paulista estão o Distrito Federal, com 551,5 km, que também teve o maior crescimento absoluto, adicionando 50,2 km às estruturas no período, e Fortaleza (443,1 km).

No outro extremo do ranking, Macapá (18 km), Porto Velho (23,5 km) e Manaus (28,1 km) têm as menores extensões. Outras cinco cidades ficaram estagnadas, e Vitória teve decrescimento. Segundo a entidade, o número pode ser explicado por alguma obra que interferiu em algum trecho de malha cicloviária.

Somadas, as capitais nordestinas têm a maior malha de ciclovias e ciclofaixas entre seus pares de outras regiões, com 1.287,3 km. A marca está ligada, segundo Daniel Guth, diretor-executivo da Aliança Bike, a uma forte cultura de uso da bicicleta.

Essas cidades têm uma cultura antiga de ocupação de espaços públicos, mais do que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, tanto pela questão topográfica e pela facilidade de trânsito quanto pelo acesso barato, especialmente quando a produção nacional deslanchou no fim dos anos 1950. O outro lado da questão seria o transporte público insuficiente, aliado à baixa renda como barreira para a compra de carros.

O crescimento relativo e o de quilometragem a cada 100 mil habitantes foram maiores em Goiânia, com 78,2 km de ciclovias e ciclofaixas, sendo 31,1 adicionados no último ano. Mas o total da malha é baixo, segundo Guth, e pode estar relacionado à expansão das ciclovias junto a diferentes rodovias que cortam o município.

Já a prefeitura diz que tem investido na ampliação das ciclofaixas e que a gestão atual, de Rogério Cruz (Solidariedade), construiu 20,46 km dessas vias em áreas estratégicas da capital goiana.

“Uma das intervenções mais importantes é a conclusão do Anel Cicloviário em 2022, que liga a avenida T-63 e a avenida dos Alpes, duas das principais vias da cidade. O circuito possui 13 km de extensão e cruza alguns dos bairros mais populosos da cidade.”

O trecho, segundo contagens semestrais da prefeitura, tem apresentado aumento de usuários. Ainda, a gestão espera fazer até o fim do ano uma licitação para construir mais 48 km.

Os principais fatores para uso da bicicleta, segundo o especialista, estão associados a como a cidade cresce e se organiza.

“Nos ‘alphavilles’ da vida, Los Angeles, nos EUA, ou subúrbios, o nível pode ser plano, um tapete, mas vai ter baixo uso. Porque as distâncias são longas, o desenho é favorecido para o uso de carro e baixo adensamento [populacional].”

A classe política que quiser favorecer o uso de bicicleta, inclusive, precisa bancar a decisão, segundo Guth. Ele cita como exemplo o uso de bicicletas em Paris, patrocinado pela prefeita Anne Hidalgo, que superou o de carros em abril deste ano, segundo estudo feito por empresas públicas e privadas da região da capital francesa

“Em São Paulo, o problema é a falta de vontade política. Tem recurso, tem projeto, tem demanda e tem programa de metas.”

A cidade prevê, segundo a meta, chegar a mais 300 km de ciclovias e ciclofaixas no fim deste ano.

Procurada, a gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que foram entregues 49,7 km de malha desde 2021, em um total de 743 km.

Outros 263 km estão em diferentes fases de implantação, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), sendo 90 km pela Parceria Público-Privada da Habitação, 15 km em contratos vigentes na pasta municipal de transportes e 158 km em uma licitação em andamento.

Informações: Jornal de Brasília

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Prefeitura inicia 2ª Fase do Plano de Mobilidade Urbana de Macapá

domingo, 7 de abril de 2024

Nesta sexta-feira (5), a Prefeitura realizou Audiência Pública sobre o Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Macapá. A 2ª fase do PlanMob ocorreu no auditório da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio).

A reunião teve participação da sociedade civil organizada, como União dos Estudantes dos Cursos Secundários do Amapá (Uecsa).

Também presentes os integrantes do Corpo de Bombeiros; Capitania dos Portos; Ministério Público do Amapá (MP-AP); Câmara de Vereadores; Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau) e Secretarias Municipais da Prefeitura.

Os assuntos debatidos envolvem questões sobre pedestres; ciclistas; transporte público, fluvial e de carga e segurança viária. As discussões subsidiam o projeto para melhorias no ordenamento urbano da cidade.

- Mais informações do transporte em Macapá

O intuito do PlanMob é melhorar a qualidade de vida dos habitantes; promover o desenvolvimento sustentável e a eficiência do sistema de transporte público, com benefícios em nível econômico, social e urbanístico.

“Uma vez que o Plano é aprovado, proporcionará na mobilidade urbana; acessibilidade; diretrizes para transporte coletivo e infraestrutura. Os benefícios são à toda população”, frisou o procurador-geral da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), Marco Dagher.

Segundo a representante da EGL Engenharia, Marina Soriano, “a ideia é que o diagnóstico e as propostas tornem-se lei para mudar a realidade do ordenamento urbano da capital”.

“A entidade está à disposição desta elaboração. Independente da bandeira política, queremos o melhor ao Município. É um assunto complexo, mas o diálogo é importante”, manifestou o representante da Associação dos Deficientes Físicos do Amapá, Joelson Rogério.

Sobre o PlanMob

O Plano de Mobilidade Urbana é um documento estratégico para orientar o desenvolvimento, a gestão do transporte e da circulação de pessoas em áreas urbanas.

Está vinculado e complementar ao Plano Diretor Municipal, bem como obedece diretrizes urbanísticas fixadas nos planos regionais. CTMac e EGL Engenharia são responsáveis pela elaboração.

Informações: Prefeitura de Macapá
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Prefeitura garante 40 novos ônibus para circular em Macapá

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Na manhã desta sexta-feira (26), a Prefeitura de Macapá recebeu a chegada dos 40 novos ônibus para incluir na frota rodoviária macapaense. Dr. Furlan e Patrícia Almeida, diretora-presidente da CTMac, foram acompanhar a saída dos veículos no porto Santana – Distrito Industrial.

Esses veículos vão somar aos da Expresso F. K. e ônibus da intervenção municipal. A nova empresa de ônibus vai gerar em média 150 empregos diretos e indiretos aos munícipes.


Para o motorista de ônibus, Osvaniel Lobato, que estava desempregado há três meses. E com a chegada da nova empresa, o condutor terá uma oportunidade de emprego. “A entrada desses 40 ônibus em Macapá vai gerar empregos e melhorias na mobilidade do transporte público”, contou.

A circulação desses novos ônibus é uma garantia do direito de ir e vir da população. “Esses ônibus vão reforçar o nosso sistema de transporte coletivo. Este é apenas o primeiro passo das novas mudanças para nossa Macapá”, disse o prefeito.
A diretora-presidente da CTMac, Patrícia Almeida, falou do compromisso com os munícipes no transporte público. “Esses ônibus vão fortalecer nosso sistema rodoviário. Esses novos 40 ônibus, mais o atual quantitativo de veículos, somaram em 95 ônibus para atender nossa população, informou.

A CTMac realizará inspeções nos novos ônibus para verificar as condições de uso dos veículos. A previsão para a entrega é de cerca de cinco dias.

A empresa Nova Macapá estará atuando na capital amapaense para atender a demanda municipal.

Informações: Prefeitura de Macapá
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Com passagem a R$ 5,25, BH terá ônibus mais caro do Sudeste e o 4º do Brasil

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023


Com o reajuste de 16,6% na passagem de ônibus, Belo Horizonte será a capital com a tarifa mais cara da região Sudeste. O novo valor de R$ 5,25, que os passageiros terão que pagar a partir de sexta-feira (29), também coloca a metrópole mineira na quarta posição no ranking nacional, atrás de Porto Velho, Curitiba e Florianópolis. 

Veja os valores cobrados no transporte convencional nas capitais:
 
1. Porto Velho - R$ 6
2. Curitiba - R$ 6
3. Florianópolis - R$ 6 
4. Belo Horizonte - R$ 5,25
5. Salvador - R$ 5,20
6. Brasília - R$ 5
7. Boa Vista - R$ 5
8. Cuiabá - R$ 4,95
9. Porto Alegre - R$ 4,80
10. João Pessoa - R$ 4,70
11. Campo Grande - R$ 4,65
12. Fortaleza - R$ 4,50
13. Aracajú - R$ 4,50
14. Vitória - R$ 4,50
15. Natal - R$ 4,50
16. Manaus - R$ 4,50
17. São Paulo - R$ 4,40
18. Rio de Janeiro - R$ 4,30
19. Goiânia - R$ 4,30
20. São Luís - R$ 4,20
21. Recife - R$ 5,60
22. Maceió - R$ 4
23. Belém - R$ 4
24. Teresina - R$ 4
25. Macapá - R$ 4
26. Palmas - R$ 3,85
27. Rio Branco - R$ 3,50

O aumento no preço dos bilhetes foi anunciado nessa terça-feira (26) pela prefeitura de BH. A diferença de R$ 0,75 deixa aflito quem depende do transporte público para se locomover na capital. Passageiros temem por demissões, conforme mostrou o Hoje em Dia.

Nesta quarta-feira, vereadores da Câmara Municipal começaram a se mobilizar para tentar impedir o aumento no preço das passagens. Foi apresentado um projeto de resolução, que demanda 14 votos favoráveis para a abertura do processo.

Quem também está na bronca com o salto de R$ 4,50 para R$ 5,25 nos bilhetes é a Associação de Usuários de Transporte Coletivo de BH e Região Metropolitana (AUTC).

A entidade avalia entrar na Justiça para solicitar que o aumento não seja autorizado. “Até a próxima terça, 2 de janeiro, vamos ajuizar uma ação no Tribunal de Justiça de Minas", disse o secretário geral da AUTC, Francisco Maciel.

Informações: Hoje em Dia

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Belo Horizonte está entre as capitais precursoras em gratuidades

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A Câmara Municipal de Belo Horizonte foi pioneira e exigiu, como contrapartida para aprovar o subsídio de R$ 512 milhões, a gratuidade integral no transporte público para diversos públicos: estudantes, moradores de vilas e favelas, mulheres vítimas de violência doméstica, doentes em tratamento na rede SUS e famílias em situação de extrema vulnerabilidade social e econômica. 

Passados cem dias da sanção da Lei 11.538/2023, apenas o último grupo não teve acesso à gratuidade, por falta de regulamentação por parte da Prefeitura de Belo Horizonte. 

Entre 23 capitais brasileiras*, BH é a única que instituiu a gratuidade à mulher vítima de violência doméstica. Aqui o passe livre garante deslocamentos até a rede de serviços de atendimento. O benefício é ofertado durante o período de acompanhamento da mulher e deve ser renovado, pelo menos, a cada seis meses.

Belo Horizonte também está à frente quando o assunto é a oferta gratuita de transporte em linhas de vilas e favelas. Pelo levantamento realizado entre as capitais, somente Porto Alegre tem algo semelhante – mas a gratuidade é voltada para menores em situação de vulnerabilidade social. 

Já os estudantes residentes em BH, que antes tinham desconto de 50% na passagem no percurso escola-residência, agora não precisam pagar nada. O benefício vale para alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que moram a, no mínimo, um quilômetro da instituição de ensino que frequentam. Nem metade das capitais brasileiras - 11, incluindo BH - tem algum tipo de passe livre estudantil. 

A gratuidade para pessoas em tratamento de doenças crônicas em BH - que é realidade em apenas outras seis capitais - prioriza pacientes oncológicos em tratamento na rede SUS. 

O acesso às gratuidades deve ser feito através deste link

* Levantamento foi feito com as prefeituras das capitais. Não responderam ao levantamento: João Pessoa, Macapá, Aracaju, Belém

Informações: Prefeitura de Belo Horizonte

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Capitais com preço da passagem semelhante a Belém têm ônibus com ar-condicionado

quinta-feira, 30 de setembro de 2021


O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) quer aumentar o preço da passagem de ônibus em Belém, que atualmente custa R$ 3,60, para R$ 4,87. A proposta foi enviada na última terça-feira (23) para a Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e deixaria o bolso do belenense R$1,27 mais leve a cada trajeto, já que não há integração ou sistema de bilhete único na capital.

O aumento pedido pelos empresários, caso atendido, representaria um gasto mensal de R$ 214,28 para um trabalhador que pega dois ônibus por dia, ida e volta, para chegar até o emprego. Valor que representa 20,47% do salário mínimo atual estabelecido por lei no Brasil, que é de R$ 1.100. Para quem pega quatro ônibus por dia, o valor mensal, para quem trabalha de segunda a sexta, seria de R$ 428,56. Já quem trabalha de segunda a sábado gastaria 506,48 reais, 46% da renda mensal de quem ganha um salário mínimo.

Porto Alegre

Por aproximadamente o mesmo preço, R$4,80, Porto Alegre opera um sistema com aplicativo para localização em tempo real, com horários estimados por GPS, o que facilita o planejamento de quem depende do transporte público e precisa se organizar ao longo do dia.

Além disso, 47% da frota da capital gaúcha é climatizada, apesar da temperatura média da cidade oscilar entre 23 e 13 graus celsius em setembro. Há ainda um sistema de reconhecimento facial em 100% dos veículos e 91,4% dos veículos possuem instalação de plataforma elevatória.

O sistema também conta com bilhetagem eletrônica e atualmente é gerido no modelo de sociedade mista com controle acionário da prefeitura de Porto Alegre.

A cidade possui 1.492.530 milhão de habitantes, enquanto Belém possui 1,506,420 milhão de moradores. Porto Alegre, porém, tem um Produto Interno Bruto per capita acima de R$ 52 mil, mais que o dobro de Belém, com aproximadamente R$ 21 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística colhidos em 2018.

No momento, a recém-desestatizada Carris, que controla o transporte na capital gaúcha, pleiteia um aumento para R$5,05.

Caso a tarifa de ônibus em Belém seja estabelecida em R$4,87, conforme desejo do Setransbel, antes de um aumento ocorrer em Porto Alegre, a capital paraense assumirá a vice-liderança na lista das capitais com passagens de ônibus mais cara do Brasil, atrás somente de Brasília, que cobra R$5, mas com 100% de gratuidade para estudantes.

Além disso, Belém seguiria sem desfrutar de benefícios similares em relação às duas cidades e diversas outras vantagens já são realidade em outras cidades brasileiras, como o bilhete único (disponível para os moradores de São Paulo que pagam R$4,40) ou da integração entre modais diferentes (realizada em Fortaleza por R$3,60).

Justificativas

Em comunicado, o sindicato afirma que o último reajuste no valor foi realizado em 2019 e argumenta que o salário dos rodoviários e preço do diesel aumentaram de lá para cá.

A nota enviada para a reportagem argumenta que a capital paraense tem a segunda menor tarifa dentre todas as cidades do Brasil, mas a afirmação abre espaço para interpretações, pois o valor é único para qualquer trajeto em qualquer ônibus apenas uma vez, o que não ocorre na maioria das capitais brasileiras.

São Luís possui tarifa de R$3,20 para linhas não integradas, por exemplo, e de R$3,70 para linhas integradas, enquanto Recife conta com um sistema que permite baldeações para troca de veículo sem cobrança de uma nova passagem por R$3,75. Em Belém, dois trajetos custam R$7,20, sempre. 

Além disso, na capital pernambucana, os usuários podem pagar apenas metade da tarifa fora dos horários de pico - 9h às 11h e 13h30 às 15h30. Já Maceió, que cobrava R$3,65, passou a cobrar R$3,35 neste ano - ou seja, promoveu uma redução na tarifa mesmo diante dos revezes da pandemia de covid-19.

"O Sindicato esclarece, ainda, que o preço da passagem é calculado em função dos diversos custos envolvidos e quantidade de passageiros pagantes. Hoje, 25% dos usuários são de gratuidades, em uma realidade onde quase 50% da receita é para pagar os funcionários e 30% para ser investido em combustível e manutenções necessárias", afirma a entidade.

Prefeitura

Já a prefeitura de Belém afirma que estudos estão sendo realizados de acordo com a legislação em vigor e “no mais estrito interesse público, tendo em conta o período prolongado de pandemia da covid-19 e de crise econômica e social que o país atravessa. Além da necessária melhoria na qualidade do transporte público em Belém”.

Para que haja reajuste da tarifa de ônibus em Belém, a proposta precisa ser debatida no Conselho Municipal de Transporte.

Além do Setransbel e da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana fazem parte do Conselho o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Sindicato dos Rodoviários.

Todo dia

Quando acorda de manhã, Rafael Menezes sabe que vai precisar sair de casa no máximo 6h50 para embarcar em um ônibus sem ar-condicionado no calor equatorial de Belém. E depois embarcar em outro, sem ideia do horário que ele irá passar, mas com plena certeza de que o veículo estará lotado. E que depois repetirá o trajeto na volta do trabalho para casa. E quando vai dormir depois de um dia cansativo, deita-se na cama sabendo que fará tudo de novo no dia seguinte - a não ser que esse dia seja um domingo, o único da semana em que ele não trabalha.

Rafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em BelémRafael Menezes é um dos milhares de usuários de transporte coletivo em Belém (Ivan Duarte / O Liberal)

"Chego em casa duplamente cansado e duplamente estressado. Sei que dizem que o brasileiro sempre sonha com a casa própria, mas hoje em dia acho que sonha mesmo é em ter um veículo próprio", reflete ele, que trabalha no setor administrativo de uma escola no limite entre Ananindeua e Marituba.

Aos 26 anos, Rafael acredita que perde mais tempo e dinheiro do que deveria no transporte público. Ele mora em Belém, no bairro de Val-de-Cans, mas às vezes fica na casa da mãe, no Tenoné.

Seja qual for o ponto de partida, a ida dele para o trabalho é sempre caótica. Como tudo sempre pode piorar, enquanto era acompanhado pela reportagem, um acidente entre o ônibus que ele estava e um carro mordeu mais uma fatia do tempo de Rafael.

"Olha aí. A polícia tá lá fazendo o trabalho dela e a gente está aqui, esperando o desfecho dessa história para seguir para o trabalho. E o trânsito aqui na Augusto Montenegro, que já não é fácil diariamente, tá pior no dia de hoje. E todo mundo obviamente já tá atrasado, né?", esculhamba ele logo depois de se meter na confusão entre o motorista do ônibus e o do carro particular. Ele ficou mais nervoso ainda com a possibilidade de ter que pagar outra passagem, mas outro coletivo da mesma linha apareceu e todos os passageiros puderam embarcar nele sem custos adicionais.

Mas longe dele comemorar a conquista que o poupou R$3,60: "Só que aquela situação: a gente já saiu [dentro do ônibus] cheio lá do bairro e aí a aglomeração, a lotação, vai ser pior ainda", lembra.

São tantos problemas que Rafael nem sabe por onde começar. Ele acredita que as tarifas altas são só a superfície de um ecossistema de descaso com os usuários do transporte público de Belém, que se arrasta por anos.  Mas o estudante de jornalismo se esforça e escolhe qual é o pior de todos.

"Com certeza é o calor. A temperatura dentro do ônibus é absurda. De passar mal. Às sete da manhã já faz muito calor. E sempre está lotado, o que piora tudo. Você não consegue chegar seco em lugar nenhum, não consegue chegar arrumado, com o cabelo direito. Não consegue chegar cheiroso em nenhum lugar também", reclama ele.

Ar-condicionado

A reportagem conta para ele que 47% da frota de Porto Alegre possui ar-condicionado. Ele suspira, como criança que olha um brinquedo através da vitrine.

"É. Tá vendo só. Cidades mais amenas que a nossa já têm ônibus climatizado pra todo mundo. Como pode? Quase metade. Que sonho. Literalmente um sonho", diz ele, que toda vez que sente na pele os perrengues de ser belenense e depender de transporte público é tomado pela vontade de sair da cidade.

"Penso nisso todo dia, sabia? Se esse aumento sair, vou ter que repensar toda a minha vida. Sério. Ou pelo menos pensar toda vez antes de sair, se vale a pena. Enfim, dar um jeito de gastar menos. Hoje em dia percebo que as reclamações aumentam cada vez mais e não fazem nada. O valor é alto e injusto por conta da infraestrutura que é ruim e não me atende. Não atende a cidade como um todo. Não é rápido, nem integrado, nem confortável. Só anda mesmo de um lugar pro outro. Isso quando não dá prego", conta Menezes.

Rafael também acredita que a vida de muita gente é atrapalhada pela falta de horários fixos, já que os veículos não contam com GPS.

"Temos que sair com antecedência e tentar a sorte. Outra situação revoltante é esperar por um tempo longo e o motorista passar direto. Ou então arrancar quando ainda estão desembarcando. No caso da briga de hoje, percebi também que eles não têm treinamento para situações assim de acidente", conta.

Para ele, tudo seria mais fácil também se houvesse integração na cidade, o que ajudaria ele a economizar, já que a empresa fornece vale digital para ele, mas de apenas duas passagens diárias.

"A não ser agora com o BRT, mas não dá para chamar isso de integração. Pegar quatro ônibus para chegar em Ananindeua e pago por todos eles. Não é integração completa. Já pensei em usar bicicleta em um dos trechos, mas ainda não tive coragem de fazer isso, pois não tem estrutura cicloviária em Belém. Os ônibus demoram tanto para passar que as pessoas pegam mais de um só pra esperar menos. Pegam van, moto táxi, gastam mais dinheiro. Falta infraestrutura dentro dos bairros no sentido de ter vias de acesso aos bairros principais. O coletivo tem que dar voltas enormes lá no trânsito em outros bairros", lamenta.

Sem justificativa

Assim como Rafael, a autônoma Maria Baima acha que a qualidade do transporte público em Belém não justifica um aumento tão grande na tarifa.

Ela reclama que nunca um reajuste foi seguido de melhoria. "São uns ônibus tudo de péssima qualidade, você só vem amassado, lotado. É um custo alto pelo que a gente ganha. Uso ônibus para tudo. Primeiro teria que colocar o ar. A gente sofre muito com quentura. Quando chove e fecha as janelas fica insuportável. Ainda mais usando máscara", relata.

João de Assis estava acostumado com outra realidade em Goiânia. Ele veio para Belém há 10 meses para trabalhar e não sabia do pedido do Setransbel. Para ele, foi um choque já que ele nota os ônibus de Belém sempre "sujos e sucateados, uma bagunça".

"Rapaz, aqui é muito fraco. Goiânia é top de linha, ônibus tudo novo, quase tudo sem cobrador. São duas empresas só lá. Aqui você vê muitos ônibus velhos, várias empresas. Poderia melhorar um pouco. Colocar uns ônibus mais novos", diz.

Pontualidade

A arquiteta Bianca Bastos já utiliza com frequência o transporte público em Porto Alegre, especialmente no centro da cidade. Ela relata que apesar da distância entre os terminais de saída e o centro, os ônibus possuem horários rigorosos.

Ela elogia os terminais de integração da cidade, que podem ser utilizados com um cartão especial disponibilizado pela prefeitura.

"As informações de horário e trajeto são muito fáceis de seguir e entender. Sempre achei muito fácil me locomover lá. A última vez que fui foi em janeiro de 2020. Tava R$4,50 a passagem. Em compensação, os ônibus são muito bons. Inclusive nos terminais de integração dá para pegar ônibus para cidades da região metropolitana"

O casal Regina e Anderson Silva, nem mora em Belém, mas vive a dificuldade que é pegar ônibus na capital paraense quase todos os dias. Eles moram em Barcarena, mas com frequência trazem a filha, Clara Sofia no colo para a cidade, por conta do tratamento de fibrose cística em Belém. Só na última semana eles vieram três dias seguidos.

"É um absurdo. Para eles cobrarem um preço abusivo, eles tinham que dar qualidade para a população que anda no ônibus. Isso a gente não vê. Não acha nada bom. Não vejo melhoria. Tem que começar pelos cobradores. Tem cobradores que não respeitam as pessoas que utilizam o ônibus. Uma vez... como ela é portadora de fibrose cística e é menor, ela tem prioridade de sentar na frente. A moça [cobradora] simplesmente não deixou. Ela disse que eu tinha que passar e assim eu fiz. Nesse dia chorei. É isso que é pegar ônibus", desabafa.

Quatro ônibus por dia de segunda a sábado hoje

R$374,40 por mês = 34% do salário mínimo

Quatro ônibus por dia caso o pedido do Setransbel seja acatado

RS$506,48 = 46% do salário mínimo 

Aumento seria de 35%, mais que o dobro da inflação de 14% registrada desde junho de 2019, quando ocorreu o último aumento 

Tarifa pelas cidade

Brasília (Distrito Federal) - R$5

Belém (nova tarifa proposta pelos empresários) - R$4,87

Belo Horizonte (Minas Gerais)  - R$4,86

Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - R$4,80

Salvador (Bahia)  - R$4,40

São Paulo (São Paulo)  - R$4,40

Florianópolis (Santa Catarina)  - R$4,38

Goiânia (Goiás)  - R$4,30

Curitiba (Paraná) - R$4,25

Campo Grande (Mato Grosso do Sul)  - R$4,20

João Pessoa (Paraíba) - R$4,15

Cuiabá (Mato Grosso)  - R$4,10

Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - R$4,05

Porto Velho (Rondônia) - R$4,05

Rio Branco (Acre)  - R$4

Vitória (Espírito Santo)  - R$4

Teresina (Piauí)  - R$4

Natal (Rio Grande do Norte) - R$3,90 até R$4

Palmas (Tocantins) - R$3,85

Manaus (Amazonas) - R$3,80

Boa Vista (Roraima) - R$3,75 até R$4,80

Macapá (Amapá) - R$3,70

Aracaju (Sergipe) - R$3,50

Belém (com a tarifa atual) - R$3,60

Fortaleza (Ceará)  - R$3,60

Recife (Pernambuco)  - R$3,75 até R$5,10

Maceió (Alagoas)  - R$3,35

São Luís (Maranhão)  - R$3,20 até R$3,70

Informações: O Liberal

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