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Mercedes-Benz cobra pagamento por 175 ônibus elétricos em SP

segunda-feira, 28 de abril de 2025

A Mercedes-Benz do Brasil aguarda o pagamento de R$ 300 milhões referentes à entrega de 175 ônibus elétricos para o sistema de transporte público da cidade de São Paulo. O valor corresponde ao fornecimento realizado em 2023 para as empresas operadoras Viação Metrópole Paulista, Sambaíba e MobiBrasil. No entanto, o repasse não foi efetuado em função do modelo de financiamento adotado pela prefeitura, que condiciona o pagamento à conclusão total do projeto, incluindo a infraestrutura de recarga e fornecimento de energia, responsabilidade da Enel.

Segundo Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços para ônibus da Mercedes-Benz, o entrave está relacionado ao conceito de subvenção do tipo turnkey (chave na mão), no qual o pagamento só é realizado após a entrega completa da solução, com veículos em operação e infraestrutura funcional. Caso algum dos parceiros do projeto não cumpra sua parte, o pagamento ao fabricante do ônibus também é retido.

“Não é uma dívida no sentido tradicional, porque está previsto no modelo de negócio. Mas é um custo financeiro significativo. O fabricante entra primeiro na cadeia, com a produção do ônibus. Depois, o chassi vai para o encarroçador, onde fica cerca de 90 dias. Se houver demora na infraestrutura, o impacto financeiro aumenta”, afirmou Barbosa, em entrevista ao portal Diário do Transporte.

A Mercedes-Benz propõe uma mudança nesse modelo, defendendo que o financiamento dos veículos elétricos seja desvinculado da infraestrutura de recarga. A fabricante está em diálogo com o BNDES e com o poder público para viabilizar novas alternativas de financiamento.

Contudo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que não pretende alterar a lógica atual de subvenção. Em entrevista ao mesmo portal, Nunes defendeu o modelo como ferramenta de controle e integração da cadeia de eletrificação do transporte coletivo na cidade.

Novo financiamento com Banco da China
Enquanto os pagamentos pendentes seguem em discussão, a Prefeitura de São Paulo avança em novas negociações para financiar a expansão da frota de ônibus elétricos. Em missão oficial à China e ao Japão, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a concretização de uma linha de crédito de US$ 100 milhões com o Banco da China, voltada exclusivamente para a aquisição de novos veículos elétricos.

“Só depende agora do envio de alguns documentos. Já batemos o martelo em relação aos US$ 100 milhões”, disse o prefeito, que permanece em missão até o dia 1º de maio. O acordo, segundo Nunes, prevê condições vantajosas, com juros menores do que os praticados por outros bancos internacionais e parcelamento em até 10 anos. 

O financiamento deve ser utilizado principalmente para a compra de ônibus elétricos fabricados por empresas chinesas com produção no Brasil. O prefeito também destacou a economia operacional desses veículos: enquanto um ônibus a diesel gera um custo mensal de R$ 25 mil, o elétrico consome cerca de R$ 5 mil, o que representa uma economia de R$ 240 mil por ano por unidade. Ao longo dos 10 anos de financiamento, essa economia pode chegar a R$ 2,4 milhões por ônibus.

Segundo a SPTrans, até março de 2025, a cidade de São Paulo contava com 449 ônibus elétricos em operação, incluindo 200 trólebus. A Mercedes-Benz participa com 106 veículos do modelo eO500U e outros 82 chassis fornecidos à Eletra, que realiza a eletrificação da carroceria.

Apesar do avanço em novos financiamentos, o cenário atual evidencia os desafios de coordenação entre os diversos agentes envolvidos na eletrificação do transporte coletivo, incluindo montadoras, operadoras, concessionárias de energia e o poder público.

Informações: Insideevs

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Mercedes-Benz inicia ampliação da fábrica de ônibus no Brasil

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A Mercedes-Benz começa a expandir sua fábrica de ônibus em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Conforme o gerente da linha de produção da empresa, Alexandre Nunes, o novo espaço será destinado à nova linha de ônibus elétricos da fabricante.

Por ora, a Mercedes-Benz produz na planta o chassi elétrico eO500U. Porém, já anunciou que em breve dará início à produção da versão articulada, batizada de eO500UA. Além disso, a ampliação da fábrica visa a produção de futuras novas linhas de ônibus elétricos.

Além disso, outra novidade é que a nova área também terá o espaço para a realização dos testes com os veículos após saírem da linha de montagem. Seja como for, o objetivo é permitir a avaliação tanto dos modelos elétricos quanto dos com motores a diesel.

Fábrica 4.0
Seja como for, a fábrica de chassis de ônibus da Mercedes-Benz atende aos preceitos da indústria 4.0. E ocupa uma área de 48 mil m².

O local é subdividido entre a linha de produção de chassi para ônibus urbano, o que compreende a fabricação dos modelos convencionais Padron. Assim como micro-ônibus e o chassi para o transporte de valores. 

Já uma outra parte da fábrica é dedicada à montagem dos ônibus rodoviários. E dos urbanos articulados e biarticulados.

Conforme Nunes, a linha recebe essa divisão, porque a produção dos veículos menores é mais simples frente aos rodoviários e articulados que contam com peças modulares e soldadas durante o processo de produção.

Seja como for, atualmente 80% dos veículos feitos na planta são rodoviários, devido à sazonalidade do período de férias que se aproxima. Levado também pelo aquecimento do turismo. 

Todavia, no resto do ano, 80% da produção é direcionada aos chassis urbanos. Afinal, a Mercedes-Benz tem mais de 50% desse mercado. 

Informações: Estradão

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Mercedes-Benz aposta no elétrico como novo chassi articulado produzido no Brasil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Um enorme chassi de ônibus articulado de 18 metros de comprimento com tração 100% elétrica, que transporta até 120 passageiros em rotas urbanas, é a principal atração da Mercedes-Benz na Lat.Bus Transpúblico, Feira Latino-Americana do Transporte, realizada de 6 a 8 de agosto no São Paulo Expo.

O eO500UA é o segundo chassi de ônibus elétrico a ser fabricado pela Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP, depois do eO500U, que já tem 250 entregas confirmadas até o fim deste ano. Embora as encomendas já tenham sido abertas para o novo modelo articulado o início da produção está previsto para 2026.

A parte eletrificada do novo chassi tem os mesmos fornecedores do ônibus elétrico que já está em produção: os pacotes de baterias, que garantem autonomia de 200 quilômetros a 300 quilômetros, são montados no Brasil e fornecidos pela BorgWarner, e o motor elétrico central, com transmissão de três velocidades, é importado da Alemanha pela ZF – que poderá localizar o componentes se a demanda aumentar.

Novo investimento

Este também é o primeiro lançamento da Mercedes-Benz fora do ciclo de investimento que terminou no ano passado, sugerindo que a empresa já começou a investir recursos no País que seriam de um novo programa.

O presidente da empresa, Achim Puchert, confirmou que já está gastando dinheiro em novos desenvolvimento no Brasil mas só deverá anunciar um pacote completo mais para o fim deste ano: “Já temos programas habilitados para receber incentivos do Mover [Programa Mobilidade Verde e Inovação] mas ainda estamos estudando outras possibilidades, por isto ainda não temos um anúncio oficial para fazer”.

Puchert também não revelou qual foi o investimento isolado para desenvolver o novo chassi elétrico, mas admitiu que é um pouco acima dos R$ 100 milhões que foram aportados para desenvolver o eO500U, pois o eO500UA tem sistemas novos e de maior capacidade para tracionar um veículo bem maior.

Problemas iguais

Os tamanhos são diferentes mas os problemas para introduzir ônibus elétricos no Brasil são os mesmos: “Apesar dos desafios que o País tem em adotar a infraestrutura necessária para os veículos elétricos nós estamos lançando o nosso segundo ônibus elétrico, aproveitando a competência de nosso centro mundial de desenvolvimento de chassis que é sediado aqui”.

O executivo apontou que “a América Latina é uma das mais importantes regiões do mundo para o nosso negócio de ônibus e precisamos oferecer produtos atualizados aos clientes, em linha com as políticas públicas de cada país”.

O Brasil, isoladamente, é o terceiro maior mercado de ônibus do mundo, atrás de China e Índia.

Walter Barbosa, vice-presidente de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, ponderou que, apesar de alguns atrasos, o País está adotando os quatro pilares que tornam viável a eletromibilidade: tecnologia desenvolvida, políticas públicas de incentivo, financiamento e infraestrutura de recarga.

Segundo Barbosa essas condições variam bastante a depender dos diferentes estágios de desenvolvimento dos municípios, mas indica que São Paulo, Curitiba, PR, e Salvador, BA, estão mais adiantados na adoção do transporte público elétrico, apesar de alguns atrasos.

A maior compra esperada para o município de São Paulo, que proibiu a compra de novos ônibus a diesel e planejava colocar 2,6 mil elétricos para rodar na cidade até o fim deste ano, não será concretizada por falta de fornecimento de energia de alta tensão para as garagens dos operadores recarregarem os veículos.

“No máximo teremos de quinhentos a seiscentos ônibus elétricos rodando até o fim deste ano. Entregaremos 250 unidades do eO500U, mas é um número insuficiente para renovar a frota da cidade no padrão histórico de 8% a 10% por ano, que significa a compra de cerca de 1,3 mil ônibus por ano para uma frota de 13 mil”, ponderou Barbosa. “Com isto é muito provável que a SP Trans volte a autorizar a compra de ônibus diesel para conviver com os elétricos.”

Apesar da demora em instalar a infraestrutura Barbosa avalia que são boas as condições de subsídios e financiamentos para ônibus elétricos na cidade de São Paulo: “As linhas do BNDES cobram de 10% a 11% ao ano e os operadores só precisam financiar um terço do veículo [que custa perto de três vezes mais do que o similar a diesel], porque a Prefeitura subsidia 66% do valor da compra, o que torna o preço do ônibus elétrico para o operador igual ao de um diesel”.

A infraestrutura de alta tensão para as garagens também será fornecida pela Prefeitura, mas o problema é que este processo todo deve demorar de um a dois anos.

Informações: AutoData

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Ônibus elétricos serão destaque na Latbus 2024

sexta-feira, 19 de julho de 2024


Os ônibus elétricos terão destaque em vários estandes das marcas do setor na Latbus 2024. Afinal, as leis de controle de emissões de poluentes por veículos pesados estão cada vez mais severas, sobretudo em áreas urbanas. Nesse sentido, o projeto de lei 1743/23 visa incentivar o uso de ônibus elétricos nos sistemas municipais de transporte coletivo. Além disso, a cidade de São Paulo prevê trocar toda a frota de modelos com motor a combustão por elétricos.

Os ônibus elétricos confirmados
Assim, para a próxima edição do evento, que vai de 6 a 8 de agosto, no São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista, várias empresas confirmaram que levarão novidades elétricas. Segundo os organizadores, todos os espaços da feira estão vendidos desde o ano passado. No total, serão cerca de 100 estandes e mais de 150 marcas.
Montadoras destacam seus ônibus elétricos na Latbus


Latbus vai ser palco de novidades das marcas com destaque para os ônibus elétricos

Iveco Bus
De acordo com a Iveco Bus, por exemplo, seu estande terá um portfólio completo e renovado de ônibus para os segmentos escolar, urbano, rodoviário e de turismo. Nesse sentido, um dos destaques vai ser a linha Daily, bem como o 17-210 G com motor a gás natural e biometano.

Além disso, a marca informa que terá uma novidade com sistema de propulsão alimentado por baterias. Porém, não foram revelados detalhes. Seja como for, é certo que a aposta visa atender operações urbanas de transporte de passageiros.

Scania
Recentemente, a Scania anunciou investimentos de R$ 60 milhões para a produção de seu ônibus elétrico no Brasil. Segundo a empresa, as primeiras unidades serão feitas em março de 2025 e as entregas devem começar em setembro.

Assim, trata-se do K 230E 4x2, modelo urbano com versões de 12,5 metros a 14 m, com piso baixo. Ou seja, a versão Padron pode levar até 80 passageiros. De acordo com a fabricante, a autonomia varia de 250 km a 300 km, conforme o pacote de baterias e o tipo de operação.

VWCO
O e-Volksbus será uma das atrações da Volkswagen Caminhões e Ônibus na Latbus. A marca já iniciou o processo de homologação da linha de ônibus elétricos em Curitiba. Além disso, o modelo vai ser testado em São Paulo, para atender as regras da SPTrans, que gerencia o sistema de ônibus da capital paulista.

Recentemente, a fabricante apresentou uma versão do e-Volksbus com baterias de nióbio. Embora tenha autonomia de apenas 60 km, a vantagem está no sistema de recarga de oportunidade. Seja como for, um protótipo do novo ônibus, que não está à venda, será uma das atrações da marca na Latbus.

Mercedes-Benz
Conforme a Mercedes-Benz, além de novidades com motor a diesel, o ônibus elétrico eO500U, que estreou na edição de 2022 da Latbus, estará de volta no evento deste ano. Dos modelos convencionais, o destaque será o OF 1621.

O modelo foi desenvolvido especialmente para fretamento contínuo. Assim, é uma boa opção para o transporte de funcionários de empresas, entre outras demandas corporativas. Portanto, atende um dos segmentos cujas vendas vêm crescendo de forma sustentável.

Marcopolo
Em 2024, a Marcopolo celebra 75 anos de atuação. Por isso, a fabricante promete aproveitar a feira para comemorar, com a apresentação de novidades importantes. Entre os destaques está o Viaggio G8 1050, modelo que chega para complementar a linha Paradiso. 

Irizar
Da Irizar, a atração vai ser o ônibus rodoviário i6S Efficient. Segundo a empresa, o novo desenho visa melhorar a aerodinâmica e, com isso, reduzir o consumo de combustível. Nesse sentido, contribuem as câmeras no lugar dos retrovisores convencionais. Além disso, há novidades na configuração das poltronas e revestimentos, assim como nos climatizadores.

Eletra
No estande da Eletra na Latbus, o visitante vai encontrar a linha de ônibus elétricos escolares. Segundo a empresa, esses modelos têm integração da Caio. 

Serviço
Feira Latinoamericana do Transporte (Latbus)
6 de agosto, das 13h às 22h
7 e 8 de agosto, das 9h às 22h
São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5, Água Funda, São Paulo

Informações: Estradão

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Scania investe em tecnologia para fabricar ônibus elétrico urbano

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Na linha de montagem de chassis da Scania, que ocupa uma área de 2.870 m2 na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), há um espaço vazio que aguarda uma instalação especial: a dos equipamentos necessários para a produção de chassis para ônibus elétricos.

A partir de março de 2025, os 90 colaboradores do setor passarão também a fabricar o chassi que fará a Scania ingressar, definitivamente, na eletrificação veicular, como parte do plano Jornada da Mobilidade Sustentável da companhia.

O calendário prevê o início das vendas em agosto desse ano e as entregas dos veículos aos clientes a partir de setembro do ano que vem. Segundo a Scania, dos 18 chassis produzidos diariamente, três serão do ônibus elétrico.

A implementação do chassi elétrico K 230E B4x2LB exigirá desembolso de R$ 60 milhões, valor que integra o ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões no período de 2025 a 2028 e será empregado, por exemplo, para a compra de ferramental, adaptações na produção e treinamento dos funcionários.

“O ônibus elétrico 100% Scania vem se somar às soluções já disponíveis do nosso portfólio, como os motores a gás e biometano e o biodiesel”, afirma Paulo Moraes, vice-presidente de vendas e marketing da Scania Latin America.

O transporte sustentável da Scania começou há quatro anos, com a chamada Jornada do Gás, com investimento de R$ 1,4 bilhão de 2021 a 2024 em veículos movidos a gás.

Concorrência pesada

Com o anúncio, a Scania entra no jogo dos ônibus elétricos urbanos no País. A concorrência é pesada. A Volvo já anunciou que produzirá o modelo BZL, a Mercedes-Benz tem o eO500U, a Volkswagen Caminhões e Ônibus divulgou que venderá o e-Volksbus a partir de 2025 e a Eletra é representada pelo e-Bus.
Os chineses também atuam no mercado brasileiro. Enquanto a BYD oferece as versões D9W, D9A, D11A e D11B, a Ankai está chegando com quatro modelos (OE-06, OE-08, OE-10 e OE-12).

A chegada do novo chassi não vai desfazer a parceria da Scania com a encarroçadora Caio e a empresa de soluções de energia WEG. Nessa nova fase de descarbonização, a montadora de caminhões e ônibus busca outros acordos para viabilizar ainda mais seu chassi elétrico entre os potenciais clientes.

Assim como nos automóveis de passeio movidos a bateria, a infraestrutura é uma preocupação permanente no ecossistema da eletrificação de veículos pesados.

“Não descartamos investir na instalação de estações de recarga dentro dos postos de serviço e das próprias concessionárias Scania”, diz Marcelo Gallao, diretor de desenvolvimento da Scania. “De toda forma, começamos a eletrificação pelos ônibus porque já existe uma infraestrutura instalada nos centros urbanos. Vale lembrar que os pontos de recarga dos automóveis são compatíveis com os ônibus da Scania.”

Bateria diferente

Apesar de toda a preparação para a linha de montagem do chassi na planta de São Bernardo, nem tudo será feito internamente.

A bateria que vai impulsionar o ônibus da Scania – produzida em parceria com a empresa sueca Northvolt – chega como componente importado. “No entanto, há planos de nacionaliza-la futuramente”, revela Gallao.

O executivo acredita que o Brasil pode assumir papel de liderança na geração de energia verde destinada aos veículos elétricos. Mas aponta um risco. “O grande problema está na distribuição dessa energia. O balanceamento ideal da rede é uma solução que pode levar dez anos”, diz.

A bateria do primeiro ônibus elétrico da Scania, que entregará autonomia entre 250 e 300 km, levou dois anos para ser desenvolvida e traz uma novidade. O lítio está presente na estrutura do componente, mas, em vez de ferro e fosfato, a fabricante adotou níquel, manganês e cobalto.

“A bateria NMC oferece melhor densidade energética, com a recarga que demora de 150 a 170 minutos. No entanto, ela é mais frágil. Por isso, sua instalação no teto do veículo ajuda a protegê-la das irregularidades do piso das vias brasileiras”, explica.

Gallao conta que, para aumentar a vida útil da bateria, o ideal é trabalhar sempre na faixa entre 10% e 75% de carga. Ou seja, sem funcionar nos extremos.

Regeneração de energia

O ônibus da Scania trará uma tecnologia existente em alguns automóveis elétricos: a recuperação de energia quando o motorista tira o pé do acelerador. “Nesse momento, o motor vira fonte de regeneração de energia”, destaca.  

Esse sistema, porém, implica em um problema: o consumo excessivo dos pneus. “Além do peso do veículo, aumentado devido ao pacote de baterias, a recuperação de energia desgasta tanto os pneus quanto a aceleração normal”, acentua Gallao.

Pensando nisso, a Scania já selou uma parceria com a Goodyear para o fornecimento de uma linha de pneus mais robustos e resistentes, destinada à eletromobilidade. “Esses pneus podem comprometer um pouco o conforto, mas isso será compensado pela eficiência da suspensão pneumática do veículo”, garante.   A tecnologia também estará a serviço dos clientes que comprarem o ônibus elétrico da Scania – cujo preço estimado hoje é de R$ 2 milhões. O aplicativo My Scania manterá o motorista informado sobre a autonomia da bateria no inicio de uma viagem. Se ela estiver sem carga suficiente, a plataforma consegue localizar um ponto de recarga mais próximo.

Informações: Mobilidade Estadão
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Ônibus elétricos BYD, Eletra, Marcopolo e Volvo serão entregues a Curitiba

terça-feira, 26 de março de 2024

A prefeitura de Curitiba, PR, começa a receber a partir de junho, os primeiros 70 ônibus elétricos que irão compor o sistema de transporte público da cidade. Para isso, a capital paranaense investe R$ 317 milhões de reais na compra dos modelos. A informação é do presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

Assim, os modelos elétricos que passam a integrar a frota são modelos Volvo BZL, BYD D11B, Eletra de 12,1 m e 15 m Padron, e Marcopolo Attivi. Ou seja, ônibus já passaram por testes na região. Portanto, também homologados.

Conforme Maia Neto, o total das compras somam seis modelos de piso baixo Padron, 28 articulados e o restante Padron convencional. E serão absorvidos por 10 operadores que integram três consórcios.

Segundo o prefeito de Curitiba, Rafael Greca esse é o primeiro passo para eletrificar 100% a frota de ônibus da capital. Nesse sentido, a intenção é que até 2030, 30% da frota seja eletrificada. E que até 2050, 100% dos ônibus sejam elétricos. Atualmente, Curitiba conta com uma frota total de 1,6 mil ônibus.

A Copel, fornecedora de energia do Estado do Paraná, em parceria com a prefeitura de Curitiba, realiza o mapeamento de toda a infraestrutura de carregamento dos ônibus. Assim como fará o fornecimento da rede. Dessa forma, para atender à necessidade desses 70 veículos, três garagens de ônibus vão receber a infraestrutura.

Seja como for, na próxima etapa, Curitiba vai iniciar os testes com os ônibus eO500U, da Mercedes-Benz. Assim como o e-Volksbus, da Volkswagen, e Azure A12BR, da Higer.

Informações: Estradão

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Produção de ônibus cresce 88% e fabricantes mostram suas apostas

quinta-feira, 21 de março de 2024

O crescimento na produção de ônibus e caminhão no Brasil no primeiro bimestre sinaliza recuperação. Todavia, no segmento de ônibus os dados chamam a atenção. E as montadoras já elegeram seus produtos que serão sucesso de vendas.

Seja como for, conforme a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos automotores, na soma dos meses de janeiro e fevereiro, a produção de ônibus teve crescimento de 87,8%. Isso comparado ao primeiro bimestre de 2023.

Em outras palavras, a indústria produziu 3,9 mil ônibus nos últimos dois meses do ano. Enquanto que em igual período em 2023, o setor fabricou 2.057 veículos de passageiros.

Para o vice-presidente da entidade, Eduardo Freitas, a produção de veículos comerciais como um todo começa a voltar à normalidade. Todavia, em ônibus, apesar de o crescimento ocorrer em uma base de dados menor frente aos caminhões, mostra que há uma aceleração da produção.

Confira as apostas das marcas para o setor em 2024

Praticamente, todas as montadoras apostam nas opções mais versáteis para atender o aquecimento do mercado. Nesse sentido, leia-se um chassi para atender todos os segmentos: urbano, fretamento e rodoviário. São veículos com maior valor de revenda

Iveco
No final do ano passado, a Iveco anunciou as vendas de ônibus para o Programa Caminho da Escola. Dessa forma, entre o final do ano passado e o início deste ano, a marca se dedicou ao ajuste de produção. Assim, iniciar a fabricação dos 7,1 mil veículos dos modelos 10-190 e 15-210. Claro que as unidades serão entregues entre este ano e 2025.

Além disso, segundo a marca, por 2024 ser ano eleitoral, há uma tendência natural de renovação de frotas de sistemas urbanos. Nesse sentido, a marca aposta no seu chassi 17-280 4x2. Com PBT de 17 t, o chassi atende operações urbanas rodoviárias e de fretamento. Todavia, a Iveco teve bons resultados principalmente no segmento de fretamento, para transporte de funcionários de empresas. Mas neste ano, a aposta da alta demanda para o modelo transporte urbano e em aplicações rodoviárias, intermunicipais.

Mercedes-Benz
A marca da estrela também tem boas expectativas. Sobretudo no mercado de urbanos, onde ela lidera com folga. Ou seja, com 62,71% de participação.

Agora, com a chegada da Mercedes-Benz Locação, a empresa espera aumentar ainda mais sua participação nas cidades com o eO500U. Ou seja, seu ônibus urbano elétrico.

Todavia, a marca tem outras apostas. Conforme a Mercedes-Benz, os índices positivos de desenvolvimento macroeconômico, como PIB positivo, taxa de juros em queda e baixo índice de desempregos, vão puxar mais uma vez o mercado. Assim, acredita que vai crescer em todos os segmentos.

Entretanto, a aposta nos carros-chefes OF 1721 piso alto. Justamente por atender todos os segmentos: urbano, fretamento e rodoviário. Todavia, por causa das eleições, a Mercedes-Benz acredita que a maior concentração de vendas vai ocorrer no segmento urbano.

O Mercedes-Benz O500 RSD atende o turismo mais alto padrão, indo muito bem como Double Decker.

Do mesmo modo, com as novas regulamentações do transporte rodoviário, que tornam a operação mais atrativa para o empresário, a Mercedes-Benz enxerga boas vendas. Dessa forma, a marca aposta no chassi rodoviário O500 RSD. Modelo 6x2 para atender de médias a longas distâncias. Para isso, tem motor de 12,8 litros OM 460 LA de 450 cv e 224,3 mkgf de torque. A transmissão é também Mercedes-Benz ZF Traxon, automatizada.

Scania
A Scania está vendo o mercado em 2024 de forma bem otimista. Segundo a fabricante do grifo, os indicadores mostram que mais passageiros estão usando as linhas rodoviárias. Levando o setor rodoviário interestadual de fretamento e turismo a voltar a reagir aos níveis antes da pandemia.

O ônibus da Scania atende às atividade de transporte de médias a longas distâncias rodoviárias

Nesse sentido, a marca conta com uma gama completa, com modelos que partem de 320 cv a 500 cv. Mas os chassis mais vendidos dos últimos anos da Scania são os de tração 6x2. Sendo o carro-chefe atual o K 410 6x2, ele representa quase 50% das vendas totais da marca. Por isso, a aposta é nesse modelo.

O chassi é indicado para médias e longas distâncias. Ou seja, atendendo os segmentos de linhas rodoviárias regulares. Assim como para o turismo de longa distância. Conta com motor Scania DC13 de 13 litros, com potência de 410 cv e torque de 220 mkgf. A caixa é a Opticruise, automatizada de 12 marchas.

Volksbus
A Volksbus em 2023 ajustou a linha de ônibus com motorização Euro 6 Por isso, no ano passado não tinha uma linha completa para oferecer. Isso significa que, para este ano, a fabricante aposta no crescimento em todos os segmentos.

Todavia, a marca celebra as 5,6 mil unidades que vai produzir para o Programa Caminho da Escola. Não será todo volume entregue neste ano. Mas com o que entregar, já trará crescimento superior frente ao ano passado. Além disso, a VWCO informou que vai lançar o seu ônibus elétrico. Porém, não informou a data.

O VW 17-230 é o modelo da marca para múltiplas operações, tem motor de 230 cv e torque de 86 mkgf

Mas a Volksbus aposta no seu best-seller em vendas, o VW 17.230. O modelo, também versátil, atende às atividades urbanas, de fretamento e rodoviárias. Todavia, a Volksbus aposta que o modelo vai atender o bom momento da renovação de frota das cidades. O chassi conta com motor MAN D08, de 230 cv e torque de 86 mkgf. Sendo combinado a caixa manual de 6 marchas ou automática de 8 velocidades.

Volvo
A Volvo aposta no crescimento do mercado como um todo. Mas no seu negócio, a marca destaca os ônibus rodoviários. Um dos grandes destaques é o B510R, ônibus mais potente da marca e do mercado brasileiro. Que chega na versão Euro 6, até 9% em relação ao antecessor”. O modelo é direcionado ao turismo de longas distâncias. Ou seja, aposta da Volvo para este ano no mercado.

Assim, o motor do chassi é Volvo D13K, de 510 cv e 266 mkgf de torque. Esse propulsor trabalha em conjunto a transmissão I-Shift de 12 velocidades.

Informações: Estradão
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