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Governo de Alagoas anuncia obras do VLT de Arapiraca

quinta-feira, 10 de julho de 2025

De forma conjunta a Prefeitura de Arapiraca, Governo de Alagoas e Governo Federal, anunciaram na última segunda-feira (7), o início das obras do inédito Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da cidade.

O evento de lançamento dos trabalhos de implantação contou com as presenças do governador Paulo Dantas, do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa.

Na ocasião foi informado maiores detalhes de como será o serviço para conectar dois pontos do município e passando por alguns bairros no caminho.

Serão 200 milhões de reais para revitalizar nove quilômetros de vias permanentes e construir outras quatro, totalizando 13 quilômetros de trilhos.

”Estamos aqui em Arapiraca para anunciar medidas arrojadas, inovadoras, modernas, que promovem o desenvolvimento e criam as melhores condições para atrair investimentos privados. O VLT conta com um investimento de mais de R$ 200 milhões, que viabiliza a mobilidade urbana de Arapiraca”, disse o governador.

O Sistema de VLT
O sistema contará com oito estações (veja abaixo quais), tres trens novos com dois carros cada um. A capacidade será de 400 passageiros por viagem, em valor de tarifa ainda a ser definido.

De acordo com o prefeito de Arapiraca, o VLT é um “Metrô de Superfície” e receberá os passageiros do sistema de ônibus da cidade, que terá a missão de levar os passageiros para os trens e ampliar a integração da mobilidade urbana.

No total o VLT de Arapiraca contará com oito estações entre a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e João Paulo II, passando por ao menos cinco bairros no caminho. Veja a seguir os nomes das futuras paradas:

– UFAL;
– Massaranduba;
– Planalto;
– Brasiliana;
– Eldorado;
– Arapiraca;
– Primavera;
– João Paulo II.

As obras começam de fato em agosto e a previsão é de finalizar a construção e iniciara operação ferroviária até junho do próximo ano.

Informações: Diário nos Trilhos

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Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

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Metrô de Salvador será ampliado com recursos do Novo PAC

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Em Salvador nesta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, participou ao lado do governador Jerônimo Rodrigues do ato de assinatura que autoriza a publicação do edital de licitação para as obras do Tramo IV do Sistema Metroviário Salvador–Lauro de Freitas. A obra está entre os investimentos do Novo PAC Seleções na capital baiana, no valor de R$ 1,518 bilhão.

“Essa extensão do metrô vai ligar a estação da Lapa até uma nova estação subterrânea, que ficará na praça do Campo Grande”, explicou. “Será um sucesso porque toda população será beneficiada, sejam moradores da região, da Vitória, do Garcia, do Canela, do Campo Grande, de Politeama, e também quem trabalha, quem vai para a universidade, quem está indo pra escola, no hospital ou fazer exame numa clínica. Ou seja, teremos usuários da cidade inteira”, acrescentou Rui Costa.

O ministro lembrou que o metrô de Salvador opera há 11 anos, com "absoluto sucesso. É um modelo de referência para o país. Nós estamos remodelando outros metrôs existentes no Brasil, como em Recife e Fortaleza, para ficar tão eficiente quanto o de Salvador", afirmou.

Com o novo trecho de 1,5 km, o metrô de Salvador chegará a quase 40 km de extensão. O projeto inclui ainda o acréscimo de novos trens, “para manter o intervalo curto entre um trem e outro e aumentar a qualidade do serviço”, explicou o ministro. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2026. O investimento total do Governo Federal chega a R$ 2,134 bilhões.

Durante o ato, também foi autorizado pelo Governo do Estado o lançamento do edital para a aquisição de 10 novos trens que irão operar no novo trecho do metrô, ligando a Estação da Lapa à futura Estação Campo Grande e ampliando a malha de transporte na capital baiana e região metropolitana.

Investimentos pelo Brasil

O ministro Rui Costa falou ainda sobre os investimentos do Novo PAC na mobilidade urbana de outras capitais, focados na modernização dos sistemas metroviários.

“Já estamos concluindo os estudos de mobilidade urbana para a modernização do metrô de Natal, de Maceió, de Recife e Porto Alegre. Em São Paulo, nós participamos com a extensão de várias linhas, inclusive do chamado Trem Intercidades, que vai ligar a cidade de Campinas à capital e será o mais rápido do Brasil, com velocidade de 140 quilômetros por hora”, detalhou o ministro.

Informações: Governo Federal

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Prefeitura de Maceió investe na ampliação da infraestrutura viária para garantir mobilidade urbana

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Ao longo de sua gestão, o prefeito de Maceió, JHC, tem investido em obras estruturantes para garantir mobilidade urbana aos maceioenses, encurtando distâncias entre a parte alta e parte baixa da cidade e melhorando a qualidade de vida de quem se desloca diariamente na Capital.

Um desses investimentos é no sistema BRT, sigla para Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em português). Com investimento de aproximadamente R$2 bilhões, serão 28 km de faixa exclusiva para os BRTs no principal corredor de transportes da Capital, formado pelas avenidas Lourival de Melo Mota, Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. O sistema deve contar com nove linhas, saindo do Terminal de Integração do BRT - Eustáquio Gomes, Benedito Bentes, Clima Bom e Chã da Jaqueira, além de 63 linhas alimentadoras, com saídas programadas para todos os bairros da cidade.

Ainda em fase de planejamento, o BRT vai permitir que o passageiro saia do Eustáquio Gomes e chegue à Praça do Centenário, no Farol, em aproximadamente meia hora, economia de 50m por uma viagem, que hoje leva cerca de 1h30m em horário de pico.

Outro conjunto de obras importantes para a mobilidade urbana são as avenidas Rota do Mar, Marília Mendonça e a ampliação das avenidas Durval de Góes Monteiro e da Menino Marcelo, responsáveis por uma grande mudança no tempo de deslocamento da parte alta para a parte baixa.

A Rota do Mar, que liga os bairros Benedito Bentes e Guaxuma, teve um investimento de R$26 milhões e hoje conta com corredor principal, canteiro central, linha d’água, aterro e ciclovia. Ao todo, a via tem 5,9km de extensão e possui outros quatro corredores secundários, que dão acesso aos bairros Antares e São Jorge, ao Conjunto José Tenório, na Serraria, e ao aterro sanitário, no Benedito Bentes. Cerca de 300 mil pessoas são beneficiadas com a via, que já é uma alternativa rápida e segura de deslocamento para os maceioenses.

Já a Avenida Marília Mendonça contou com um investimento de R$ 6,5 milhões e liga a Cidade Universitária à Avenida Menino Marcelo (Via Expressa). Com 4,5 km em dois corredores que têm facilitado a vida dos moradores da parte alta da capital alagoana.

Também com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana de Maceió, a gestão JHC investiu R$130 milhões na ampliação das avenidas Durval de Góes Monteiro e Menino Marcelo, os dois principais corredores do município de Maceió. As vias recebem mais duas faixas de rolamento, além de rede de drenagem, pavimentação, padronização de calçadas, implantação de ciclovia, nova iluminação pública, rede elétrica e sinalizações vertical e horizontal.

Informações: Prefeitura de Maceió

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Prefeitura e investidores se reúnem em prol do BRT em Maceió

quinta-feira, 15 de maio de 2025

O prefeito de Maceió, JHC, e o vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Rodrigo Cunha, receberam nesta segunda-feira (12), na Prefeitura de Maceió, representantes do New Development Bank (NDB), banco financiador da operação de crédito internacional que apoia a implantação do BRT em Maceió. Durante a reunião, foram apresentados o andamento do projeto e os aspectos técnicos envolvidos.

Para o prefeito JHC, a implantação do BRT vai ser um ponto de virada de chave para Maceió. “O BRT Maceió vai mudar as discussões sobre mobilidade urbana na nossa cidade, vai mudar o futuro da nossa cidade e também das cidades circunvizinhas. Estamos apostando muito no transporte coletivo, na mobilidade ativa, e esse projeto vai além do BRT em si, porque vai conectar outros meios de transporte e fazer a conexão com diversos modais, para a gente dar mais eficiência para a espinha dorsal que vai ser o BRT, incentivando as pessoas a utilizarem cada vez mais o transporte público”, pontuou.

“Quando falamos da importância do BRT, falamos em diminuir o tempo para chegar em casa, de diminuir o tempo do trabalhador chegar ao seu local de trabalho, em tornar mais atrativo o transporte coletivo, deixando o trajeto mais rápido, mais confortável e fazendo com que as pessoas busquem o transporte coletivo com prioridade. É um projeto inovador que dará qualidade de vida para os maceioenses”, completou o vice-prefeito e secretário municipal de Infraestrutura, Rodrigo Cunha.

O encontro faz parte da agenda denominada “Missão de Avaliação do NDB”, que vai até o dia 21 de maio. Neste momento, o projeto está em fase de avaliação final pelo NDB, etapa anterior à contratação formal da operação, prevista para o segundo semestre de 2025.

“Essa missão é, sobretudo, para obter todos os detalhes técnicos do projeto. Quando concluirmos a avaliação, vamos estar certos de todo o planejamento inicial do projeto e, então, poderemos dar continuidade ao que foi acordado”, explicou Yang Ji, líder do projeto pelo NDB.

BRT em Maceió

O sistema de transporte público de Maceió, utilizado por mais de 600 mil pessoas, passará a contar com o modelo BRT, sigla para Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em português). Serão 28 km de faixa exclusiva para os ônibus do BRT Maceió no principal corredor de transportes da capital alagoana, formado pelas avenidas Lourival de Melo Mota, Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. O espaço ficará à esquerda da via, junto ao alinhamento do canteiro central.

Informações: Prefeitura de Maceió

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Prefeitura de Maceió vai investir R$ 1,8 bi em BRT e mobilidade ainda este ano

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Com a promessa de melhorar a mobilidade urbana de Maceió, que vê um crescimento exponencial da parte alta da cidade, intensificada nos últimos anos pelo afundamento de cinco bairros, a Prefeitura quer iniciar no segundo semestre deste ano as obras para implantação de 14 quilômetros de BRT, nas principais avenidas que cortam a cidade. O investimento estimado com essas obras é de R$ 600 mil e o projeto total de mobilidade prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão.

O BRT, sigla para Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em português) foi anunciado em 2022 pela gestão do prefeito JHC. Em julho do ano passado foi assinada a ordem de serviço, mas segundo confirmou ao Movimento Econômico o Departamento Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió (DMTT), as obras estão previstas para serem iniciadas no segundo semestre deste ano.

No anúncio do projeto, a Prefeitura de Maceió informou que seriam investidos R$ 1,8 bilhão em um projeto de renovação que incluem as obras do BRT, além da aquisição de novos ônibus e renovação de frota, construção de abrigos e outras adequações para comportar o novo modelo de transporte de passageiros na cidade.

O diretor-presidente do DMTT, André Costa, disse ao Movimento Econômico que uma das principais melhorias que o BRT vai proporcionar é reduzir o tempo de viagem nas principais vias da cidade, com benefício estendido para o restante da cidade.

“O BRT representa uma nova era para o transporte público em Maceió. Uma realidade em que os usuários terão à disposição um transporte rápido, seguro e confortável. Sua chegada trará benefícios não só para o corredor, mas para o sistema como um todo, com tempo de viagem reduzido, mais agilidade. Sabemos que esse tempo economizado significa mais tempo das pessoas com seus familiares, consequentemente, mais qualidade de vida”, comentou André de Costa.

O BRT de Maceió funcionará na faixa da direita, paralelo ao canteiro central, das avenidas Lourival de Melo Mota, Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. Segundo a prefeitura de Maceió, as 23 estações de embarque e desembarque serão construídas neste canteiro. A previsão é que 600 mil pessoas sejam beneficiadas.

O município irá construir um terminal de passageiros no bairro do Eustáquio Gomes, que funcionará para integração com outros bairros da cidade. O corredor de ônibus também terá melhorias estruturais em suas paradas, com a adequação e padronização para atender a parada das linhas alimentadoras, vindas dos bairros.

Já os ônibus que farão este trajeto ligando o Eustáquio Gomes ao Centro de Maceió serão ônibus do tipo Padron, com 14 metros e ar-condicionado.

A prefeitura prevê ainda, dentro do projeto de modernização do transporte urbano da cidade, a aquisição de 310 novos ônibus, dos quais 172 serão destinados ao BRT e os demais 138 vão compor o atual sistema de transporte coletivo. Também está prevista a instalação de 646 novos abrigos no corredor principal e em diversos bairros da cidade.

Segundo a DMTT, a previsão é de que a obra, prevista para início no segundo semestre, dure três e logo em seguida entre em operação. 

Em evento em fevereiro deste ano em São Paulo, o prefeito JHC confirmou que parte desses investimentos será realizado por meio de Parceria Público Privada (PPP).

“Fizemos também a prorrogação antecipada no contrato de transporte público da nossa cidade, e por isso nós vamos ter o BRT, levando para Maceió a possibilidade de novos investimentos do valor de R$1,8 bilhão”, ressaltou o prefeito.

Mobilidade urbana precisa acompanhar tendência de crescimento de Maceió
O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas, Geraldo Faria, analisa que apesar dos benefícios anunciados com o novo plano de mobilidade urbana de Maceió é necessário pensar nas tendências de crescimento e da própria estrutura urbana da cidade, que vem apresentando crescimento alto nos últimos anos.

Faria explica que Maceió cresceu de forma pouco ordenada, dividida entre a parte alta e baixa. Somente nos anos 1985 a cidade desenvolveu outra rota, pela Via Expressa até os bairros da Cidade Universitária. “Então, a mobilidade foi se dando na direção sul-norte, indo desde o Jaraguá e Centro da cidade até o Aeroporto. Se a gente olhar a Fernandes de Lima, o que que a gente vê? A gente vê comboios de ônibus seguindo um atrás do outro. Se criou uma pista exclusiva, só que ela não comporta o tráfego atual da cidade”, disse.

Geraldo disse que a proposta do CAU no Plano Diretor de 2005 era de que fossem construídas vias que ligassem esses extremos da cidade, com toda infraestrutura necessária para atender centros comerciais residências e a parte de esgotamento sanitário.

“Então se poderia fazer um transporte de massa indo do Aeroporto ao Porto, funcionando perfeitamente sem qualquer concorrência com transporte rodoviário privado, particular. Nos pontos de travessia poderiam ser construídos pontes que interligariam a centros comerciais e residências. Isso concentraria a atividade imobiliária na parte alta também”, disse.

Apesar do projeto apresentado pelo município, o representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo disse ainda que se o plano de mobilidade não conseguir promover mudanças com uso de solo e que redesenhe a estrutura urbana, ele perde seu sentido.

“Se um sistema de transporte não abordar mobilidade, falar em uso do solo urbano, sem redesenhar a estrutura urbana, sem mudar a concepção da cidade e as tendências de urbanidade, não tem sentido nenhum”, finalizou.

Informações: Movimento Economico

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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Domingo é Livre faz três anos com economia de R$ 25,5 milhões aos maceioenses

Desde sua implantação, em abril de 2022, o projeto “Domingo é Livre” vem fazendo a diferença no bolso dos maceioenses e no incentivo ao uso do transporte coletivo. O Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) já contabilizou mais de 7 milhões de embarques gratuitos nesse período, com uma média de 47 mil passageiros por domingo.

Só no primeiro quadrimestre de 2025, o número de embarques gratuitos chegou a 840 mil, com média semanal de 49 mil embarques. Isso representa uma economia direta de R$ 2,9 milhões para os usuários de transporte público da cidade apenas neste ano. Desde a implantação da política pública, os maceioenses já economizaram R$ 25,8 milhões com as passagens dominicais.

O diretor do Sistema Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Glauco Oliveira, comenta sobre o programa, que até já foi finalista na categoria "Iniciativas públicas que inovam e transformam" do Prêmio Nacional do Parque da Mobilidade Urbana em 2024. “Isso é resultado de um planejamento técnico cuidadoso, o projeto de tarifa zero aos domingos busca resgatar os passageiros. Continuamos trabalhando para garantir que a operação do transporte coletivo aos domingos continue eficiente, e o retorno positivo da população reforça que estamos no caminho certo", pontuou.

O projeto tem sido reconhecido como uma importante ação de inclusão social, possibilitando que famílias inteiras se desloquem para atividades de lazer, cultura, esporte e até trabalho aos domingos sem custo algum. Além disso, contribui para a redução do uso de veículos particulares e o incentivo a uma mobilidade urbana mais sustentável.

“Os números de usos e de economia deste importante programa demonstram que a iniciativa tem impactado na vida das famílias. Seja economicamente ou seja possibilitando que se desloquem para atividades de lazer nos fins de semana. É um dos compromissos de nossa gestão em oferecer mais qualidade de vida para as pessoas”, destacou o diretor-presidente do DMTT, André de Alcântara Costa.

Com resultados tão positivos, o “Domingo é Livre” se consolida como um dos principais programas da gestão de mobilidade urbana em Maceió, fortalecendo o acesso da população ao transporte público e promovendo uma cidade mais acessível e justa para todos.

É necessário obter o cartão Cidadão do sistema Vamu Mobilidade para usufruir da gratuidade, aproximando o cartão no validador no ônibus, a catraca será liberada. Durante todo o domingo são liberadas seis passagens gratuitas em cada cartão. O bilhete pode ser adquirido em terminais de ônibus, na sede do DMTT (Tabuleiro do Martins) e do Vamu Mobilidade (Centro)

Informações: Prefeitura de Maceió

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Tarifa zero cresce e chega a 145 cidades e 5,4 milhões de pessoas

segunda-feira, 31 de março de 2025

O Brasil registra um crescimento acelerado na adoção da tarifa zero no transporte coletivo por ônibus. Segundo levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 145 municípios oferecem gratuidade, parcial ou total, no sistema. Em 120 deles, o benefício é válido todos os dias e para toda a população. Nos demais, Ao todo, mais de 5,4 milhões de pessoas vivem em cidades com transporte gratuito integral (veja lista das cidades contempladas mais abaixo).

Esse avanço, mais intenso nos últimos cinco anos, representa uma mudança significativa no modelo de financiamento do transporte urbano, especialmente em municípios de pequeno porte: 61% das cidades com tarifa zero têm menos de 50 mil habitantes.


Em 2019, apenas 20 cidades adotavam a tarifa zero. Esse número cresceu sete vezes de lá para cá.. As regiões Sudeste (95) e Sul (34) lideram, seguidas pelo Nordeste (7), Centro-Oeste (6) e Norte (3).

Embora o assunto tenha ganhado projeção como bandeira das manifestações de junho de 2013, quando o mote "não é só pelos 20 centavos", do Movimento Passe Livre, desengatilhou atos país afora contra os reajustes das tarifas de ônibus, a primeira experiência com a gratuidade no transporte no Brasil foi registrada em 1992, no município paulista de Conchas, de 15 mil habitantes, localizado a 210 km de São Paulo.

Capitais testam gratuidade parcial

Embora predominante em cidades pequenas, o modelo começa a ser testado também em capitais, ainda de forma limitada. São Paulo, Maceió, Florianópolis, Palmas, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Luís adotaram gratuidade em dias específicos ou para grupos selecionados. O desafio para universalizar o benefício é maior nessas cidades devido aos altos custos envolvidos.

No Distrito Federal, desde o início de fevereiro o acesso aos ônibus é gratuito aos domingos e feriados. Em Curitiba, o benefício é voltado a pessoas desempregadas. Belo Horizonte oferece tarifa zero em linhas que atendem vilas e favelas. Florianópolis adota o modelo apenas no último domingo do mês. Em São Paulo, desde dezembro de 2023, o Domingão Tarifa Zero garante gratuidade dominical nos ônibus municipais, com custo anual estimado em R$ 283 milhões.

Os municípios destacam o acesso à mobilidade como principal razão para adotar o modelo, com foco em trabalhadores, estudantes e pessoas em situação de vulnerabilidade. Argumentam que a medida reduz desigualdades, melhora o trânsito e incentiva o uso do transporte coletivo. 

Subsídios

A NTU afirma que 387 cidades brasileiras subsidiam o transporte público em todo o país. A entidade vê a gratuidade como uma alternativa viável, desde que acompanhada de planejamento, marcos regulatórios e separação clara entre a tarifa paga pelo usuário e a remuneração das empresas operadoras.

O presidente da NTU, Francisco Christovam, alerta que o aumento da demanda exige atenção ao custo operacional. "A gratuidade precisa ser implementada de forma gradual, por linhas ou períodos, afirmou ele ao Congresso em Foco. Não somos contra a tarifa zero, mas defendemos uma tarifa acessível. Sem planejamento, o sistema pode entrar em colapso", ponderou.

O tema ganhou destaque nas eleições municipais de 2024. Segundo o projeto Vota Aí, da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uer)j, o número de candidatos que mencionaram tarifa zero ou passe livre em seus programas saltou de 384, em 2016, para 675 em 2024.

Subsídios

Ao todo, 21 capitais e sete regiões metropolitanas possuem iniciativas de subsídios definitivos destinados ao transporte público por ônibus. No Brasil, em média, 32% do custo de remuneração do serviço é coberto por subsídio público.O restante é bancado pelos passageiros.
Tarifa Zero em Luziânia-GO

Entre as cidades com tarifa zero, o modelo de financiamento varia. Em Maricá (RJ), com 212 mil habitantes, por exemplo, o subsídio mensal é de R$ 7,3 milhões o maior registrado pela NTU. Já em cidades menores, como Caeté (MG), com 38 mil moradores, o gasto mensal gira em torno de R$ 90 mil, e em Araranguá (SC), de 72 mil habitantes, o valor anual chega a R$ 3,9 milhões.

Algumas cidades, como Vargem Grande Paulista (SP), adotaram um modelo em que empresas pagam uma taxa em substituição ao vale-transporte, ajudando a redistribuir os custos.

Efeito pandemia

A política de passe livre no transporte público ganhou maior força no Brasil da pandemia para cá. Até 2020, apenas 42 municípios ofereciam o benefício. O trabalho em casa mudou hábitos de consumo e mobilidade dos brasileiros. Muitas pessoas passaram a privilegiar as compras online e trabalhar de casa, por exemplo. Outras preferiram trocar os solavancos dos ônibus pela comodidade do transporte individual por aplicativos.  

Em entrevista à BBC Brasil, o pesquisador Daniel Santini, autor de livros sobre o tema, aponta três fatores centrais para essa expansão. O primeiro é de ordem econômica: a queda no número de passageiros, agravada pela pandemia e pelo crescimento do transporte por aplicativo, expôs a fragilidade do modelo que remunera empresas por usuário transportado.
Tarifa Zero em Caucaia

Segundo Santini, a tentativa das empresas de compensar a perda de receita elevando tarifas ou reduzindo a oferta de ônibus gera um efeito reverso. Mais usuários abandonam o sistema, criando um ciclo de queda e tornando o serviço ainda mais insustentável. Nesse contexto, até mesmo empresários passaram a apoiar a ampliação de subsídios e, em alguns casos, a adoção da tarifa zero em que o poder público cobre integralmente os custos.

O segundo fator é político, avalia. A gratuidade tem forte apelo popular e tende a garantir apoio eleitoral. A permanência da política, mesmo com mudanças de governo, reforça seu sucesso. De acordo com Santini, mais de 96% das cidades que adotaram a tarifa zero mantiveram a medida.

O terceiro efeito, perceptível em várias cidades, é prático: há aumento significativo no uso do transporte público, estímulo ao comércio local, maior arrecadação de impostos e melhoria no acesso da população a serviços essenciais como saúde e cultura.

Impacto no serviço

A mais recente Pesquisa de Mobilidade da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada em dezembro, revela que 58% da população das cidades com tarifa zero aprovam a gratuidade universal. Outros 28,7% preferem que o benefício seja direcionado a grupos específicos. Sobre os impactos, 56,7% notaram aumento na lotação dos ônibus, e as opiniões sobre a qualidade do serviço estão divididas: 34,8% acham que melhorou, enquanto 36,8% discordam.

A insatisfação com a segurança, o conforto e o preço das tarifas, além da expansão dos aplicativos de transporte individual, têm impulsionado um movimento silencioso: entre 2017 e 2024, 29,4% dos usuários deixaram de utilizar o transporte público, e 27,5% passaram a usá-lo com menos frequência. As principais queixas são falta de conforto (28,7%), horários rígidos (20,7%) e longos tempos de viagem (20,4%).

Apesar de 52,7% da população depender exclusivamente de ônibus, o sistema ainda sofre com falta de infraestrutura. Segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), o Brasil precisa de 8.900 km adicionais de faixas exclusivas e corredores BRT para atender à demanda nas grandes cidades. Ainda assim, 60,7% dos passageiros aprovam essas soluções.

Emenda constitucional

Na Câmara, tramita a PEC 25/23, da deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que propõe a criação do Sistema Único de Mobilidade (SUM). A proposta prevê transporte coletivo gratuito como direito constitucional, estruturado em diretrizes como universalidade, descentralização e financiamento solidário.

A ideia é criar condições de financiamento para bancar os custos do transporte da população, sem cobrança de tarifa do usuário, em todo o país, a exemplo do que ocorre com o Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir a sustentabilidade financeira do sistema, a proposta estabelece que o SUM será custeado por meio de percentuais definidos dos orçamentos públicos das três esferas de governo, além de uma nova contribuição pelo uso do sistema viário. 

A PEC recebeu parecer favorável do relator, deputado Kiko Celeguim (PT-SP), na Comissão de Constituição e Justiça em dezembro de 2023, mas não foi incluída na pauta de votações no ano passado. 

Informações: Congresso em Foco

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