A Trensurb anunciou a volta do funcionamento de algumas de seus terminais em Porto Alegre a partir de 20 de setembro (sábado), feriado estadual da Revolução Farroupilha. Inicialmente, o metrô estará disponível da Estação Farrapos (Zona Norte) em diante, com primeiro embarque às 5h. Nas outras três estações rumo à Capital (São Pedro, Rodoviária a Mercado Público), permanece a opção de transporte por ônibus integrado, com tarifa gratuita.
Com mais de R$ 400 milhões em prejuízos devido às enchentes de maio, a empresa tem por meta a retomada total de operações até dezembro. A modalidade abrange 22 pontos em seis cidades da Região Metropolitana – o último é Novo Hamburgo.
O principal problema enfrentado pela Trensurb com a catástrofe ambiental foi a destruição de subestações que fornecem energia aos trens. Nessa sexta-feira (6) foi aberto um edital de R$ 120 milhões para aquisição de três novos equipamentos. Para retomar o atendimento até a Estação Farrapos, a eletricidade virá de Canoas, operação provisória que deve resultar em maior duração das viagens.
“Antes das enchentes, tínhamos capacidade de atuar com 15 composições de trens por hora, cada uma com cerca de mil passageiros e a possibilidade de acoplar outros veículos”, explica o presidente da Trensurb, Ernani Fagundes. “A capacidade que termos de forma temporária permitirá apenas quatro veículos por hora, com intervalo de 15 minutos entre cada embarque ou desembarque.”
Histórico
Implementado na capital gaúcha e cidades vizinhas em março de 1985, o transporte pelos metrôs da Trensurb tem atualmente 22 estações e atende a cada dia útil uma clientela de aproximadamente 110 mil passageiros em Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Antes das enchentes, havia planos de estender o serviço até Sapucaia do Sul.
O sistema possui uma extensão total de quase 44 quilômetros, com paradas a cada 2,1 quilômetros, em média. Cada plataforma de embarque e desembarque tem 190 metros de extensão, compatíveis com a operação de dois trens acoplados. Os sistemas de sinalização permitem a circulação de 20 composições por hora, em cada sentido.
Severamente afetado pelas enchentes, o funcionamento foi retomado de forma parcial no dia 30 de maio, sem contemplar as seis unidades de Porto Alegre, inundadas pelas enchentes. Só na estação junto à Rodoviária da Capital foram retirados 7 milhões de litros de água, revelando estragos de grandes proporções que exigiram limpeza geral e uma série de reparos.
Informações: TV Pampa
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