Mais cara do Brasil, a tarifa do metrô do Rio de Janeiro sofreu novo reajuste e passou a custar R$ 7,50, a partir desta sexta-feira (12) — exceto para os passageiros que têm direito à tarifa social de R$ 5.
O cálculo para o acréscimo de R$ 0,60 ao preço da passagem levou em conta a inflação e o fim do subsídio do governo estadual, segundo a concessionária Metrô Rio.
A empresa que administra o serviço afirmou que metade do reajuste — ou seja, R$ 0,30 — se deve ao encerramento do repasse público neste ano.
A outra parte considerou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que foi de 4,5% entre os meses de janeiro de 2023 e de 2024, conforme previsto em contrato.
Passagem mais cara do país
Antes mesmo do aumento, o valor de R$ 6,90 cobrado pelo serviço no Rio já superava a tarifa de outras capitais brasileiras: Brasília (R$ 5,50), Belo Horizonte (R$ 5,30), São Paulo (R$ 5), Porto Alegre (R$ 4,50) e Salvador (R$ 4,10).
Para o diretor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Transportes, Marcus Quintella, os transportes em massa no mundo todo precisam do dinheiro público para oferecer uma tarifa mais acessível para o usuário.
“As demais tarifas que existem, Porto Alegre e Recife, por exemplo, são subsidiadas pelo governo federal. Custa R$ 4,50, mas o governo completa, às vezes, com mais de R$ 5, porque a tarifa se fosse cobrada custaria cerca de R$ 9. São Paulo já pratica isso nas linhas 1, 2 e 3, que são do estado. E tem as linhas 4 e 5 — e futuramente a 6, que são PPPs [Parcerias Público Privadas] e tem a contrapartida do dinheiro público. A concessão não para de pé se não tiver subsídio ou vai custar caro como o metrô do Rio”, explicou.
Tarifa social de R$ 5 permanece para quem recebem menos de três salários mínimos ou não tem renda
Por outro lado, a tarifa social, no valor de R$ 5, foi mantida pelo governo estadual. O decreto foi publicado no Diário Oficial de quinta-feira (11).
Para ter o desconto, o usuário precisa ter entre 5 e 64 anos, ganho mensal de até R$ 3.205,20 e possuir um cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal, vinculado ao próprio CPF. Quem trabalha sem carteira assinada ou não possui renda, como estudantes, também pode ter direito ao benefício.
Informações: R7
0 comentários:
Postar um comentário