Desde sua implementação em 2012, as faixas exclusivas para ônibus têm contribuído significativamente para a redução da letalidade no trânsito de Goiânia, além de melhorar o tempo de viagem dos ônibus. No corredor da Avenida T-63, por exemplo, a fluidez aumentou entre 14% e 26% nos horários de pico. Dados da Delegacia de Crimes de Trânsito mostram que em 2013 ocorreram 275 mortes, número que caiu para 269 em 2014 e 221 em 2015.
Apesar de o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) classificar como infração gravíssima o tráfego de veículos não autorizados pela faixa exclusiva, sujeito a multa de R$ 293,47 e perda de sete pontos na carteira de habilitação, o número de autuações tem sido alarmante. Em 2022, foram registradas 94.312 infrações; em 2023, 78.570; e até o dia 4 de abril deste ano, 26.908 infrações foram registradas, todas por meio de equipamentos eletrônicos.
“Para se ter uma ideia, em apenas três meses deste ano já foram registradas 26.908 infrações. Esse número coloca a infração em segundo lugar no ranking de autuações na Capital, perdendo apenas para o excesso de velocidade. Este é um número que preocupa a secretaria, pois, além do nosso trabalho educativo, precisamos contar com o bom senso e o respeito às leis de trânsito por parte dos condutores. A faixa exclusiva existe para garantir segurança para os demais usuários da via pública em relação a um veículo de grande porte. Vale lembrar que em Goiânia táxis e veículos do transporte escolar têm permissão para transitar pelo corredor”, explica o secretário de Mobilidade, Marcelo Torrubia.
O secretário afirma que tecnicamente o ônibus requer um tempo maior de distância e parada, além da existência de pontos cegos que podem “esconder” outros condutores, como ciclistas, motociclistas e automóveis menores. “As estatísticas mostram que os acidentes relacionados a pontos cegos aumentaram nos últimos anos, tornando-se um problema preocupante. Qualquer manobra realizada com um veículo de grande porte pode resultar em acidente de trânsito”, afirma.
O titular da Mobilidade destaca que a Prefeitura de Goiânia tem trabalhado no sentido de coibir as imprudências. Além dos equipamentos eletrônicos que registram os veículos que transitam, nossos agentes realizam o monitoramento nos corredores. Além da fiscalização, a pasta foca na Educação para o Trânsito. “O tema é abordado em empresas, escolas e faculdades com o objetivo de alertar os condutores para que não transitem no local destinado aos ônibus. Conduzir outros veículos na faixa preferencial é um desrespeito à garantia e à defesa da vida”.
Saiba como fazer a conversão em ruas com faixas exclusivas para ônibus
O funcionamento da faixa de ônibus em Goiânia (Avenida 85, Avenida T-63, Avenida T-7 e Corredor Universitário) é simples e segue as regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Para acessar uma garagem, um estabelecimento comercial ou realizar a conversão à direita para as ruas transversais àquelas vias com faixas exclusivas, o motorista deve observar a linha tracejada pintada no asfalto.
Informações: Jornal Opção
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