O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, está negociando com o Ministério da Fazenda dois empréstimos no valor acumulado de R$ 1,9 bilhão para compras de ônibus e restaurações de terminais do sistema BRT da capital fluminense. A proposta da Prefeitura carioca é que a União seja fiadora de R$ 700 milhões em empréstimos com o Banco Mundial e de R$ 1,2 bilhão com a Caixa Econômica Federal.
— O Rio, como todas as grandes cidades brasileiras, passou por uma crise grande no setor de transporte. Nós encampamos o sistema de BRTs e isso exigiu de nós investimento muito grande. São quase R$ 2,5 bilhões de investimentos comprando ônibus e recuperando estações. Então tem dois pleitos [de empréstimo] aqui [levado à Fazenda] — disse Paes após encontro desta segunda-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília.
A União pode ser garantidora de empréstimos tomados por estados e municípios, desde que sejam cumpridos requisitos pelo tomador, como a capacidade de pagar dívida no prazo estabelecido. Quando o estado ou município não paga as parcelas, o governo federal quita os valores devidos aos bancos e busca a recuperação do crédito.
O prefeito do Rio acredita que, com a “situação muito organizada” nas suas contas públicas do município, a formalização do acordo com o Ministério da Fazenda será viabilizada. Na semana passada, Haddad já havia permitido que a União fosse garantidora (fiadora) na operação de crédito de R$ 1,2 bilhão entre o município do Rio e o Banco do Brasil, também com vista à reestruturação do sistema de BRT da cidade.
Em nota, a prefeitura do Rio diz que as melhorias previstas no sistema de transporte público da cidade incluem reformas de estações e pista, além da compra de ônibus. A estimativa é um gasto de R$ 1,2 bilhão só com as compras de novos ônibus, segundo o prefeito.
— São financiamentos [empréstimos] ainda não no padrão PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. A gente espera que em breve tenhamos a reabertura de linhas de crédito que permitam condições, com juros menores, voltar a investir nas cidades — avaliou Paes.
Informações: O Globo
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