Motoristas de ônibus realizam uma paralisação nesta terça-feira (27), no Centro do Recife, contra a violência no transporte público. O protesto teve início por volta das 10h30, no cruzamento da avenida Guararapes com a rua do Sol. Com faixas apontando a quantidade de crimes nos coletivos, eles fecharam o trecho por cerca de uma hora e meia.
No local, fizeram uma quadrilha junina com direito a um casamento que representava a união entre a violência e a impunidade. Em seguida, o grupo seguiu para o Palácio do Campo da Princesas, onde enceraram a quadrilha junina novamente, mas não chegaram a ser recebidos por nenhum representante do governo.
João Maurício Lima , que trabalha há 18 anos como motorista de ônibus diz que se afastou da função por medo da violência. "Trabalhar como motorista de ônibus é pedir a Deus para voltar para casa. Eu já sofri 16 assaltos", conta, "infelizmente a gente é forçado pela empresa a trabalhar no outro dia (após o assalto). O assalto a mão armada é uma pressão psicológica que a gente passa meses, até anos, mal com a situação", completou. Ele ainda contou que a sensação é de medo tanto para ele, quanto para a família e amigos que torcem para que o motorista chegue bem em casa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, o Estado atingiu a marca de dois mil assaltos a ônibus. A Secretaria de Defesa Social (SDS), no entanto, diz que, ate maio, foram 731 registros.
Informações: Folha PE
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