Está sendo testado em Porto Alegre o terceiro ônibus elétrico que reforça o itinerário das linhas circulares C1, C2 e C3 da Carris. A avaliação dos coletivos teve início em abril e, até o final do mês, a prefeitura deve definir se adquire novos veículos para a frota da empresa, que tem custo de cerca de R$ 1,5 milhão cada.
MARCO QUINTANA/JC |
De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, o ônibus foi desenvolvido nos padrões da frota de Porto Alegre. "Vamos discutir junto ao prefeito a possibilidade de lançar uma licitação para a compra de mais veículos como esse. Até o momento, todos os testes indicam que isso acontecerá, pois eles têm autonomia suficiente para rodar um dia inteiro, sendo o desempenho elétrico superior aos comuns. Eles também exigem menos manutenção e têm maior durabilidade, de cerca de 15 anos", explica.
Cappellari ressalta que a EPTC ainda está estudando se o investimento impactará a tarifa, pois cada ônibus custa o preço de três coletivos movidos a combustível fóssil (entre R$ 400 mil e R$ 500 mil cada). A bateria do ônibus elétrico dura 250 quilômetros e, para carregá-la, são necessárias três horas. "Após o relatório entregue pela Carris sobre a avaliação técnica, definiremos a viabilidade econômica. A intenção é iniciar o uso nas linhas circulares", diz.
O diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, relata que a confecção do relatório está quase pronta e que a empresa optou, neste momento, por ampliar a circulação do ônibus, produzido no Brasil, para a linha T9. "Inicialmente, avaliamos o desempenho do coletivo produzido na China, que tinha sete anos de uso, e ficamos surpreendidos positivamente. Os técnicos da Carris visitaram empresas lá com até 700 veículos para ver como funcionava e isso é uma tendência mundial, pois eles não emitem poluentes", explica.
Devido à maior vida útil, à economia, por não utilizar diesel, e à facilidade de manutenção, Zimmermann acredita que, no fim das contas, a mudança seja até mais barata que a atual. Entretanto, ressalta que a implantação precisa ser bem estudada, pois significa uma modificação em toda a tecnologia da Carris. "Precisamos nos preparar para isso, pois não podemos ter dois tipos de ônibus na empresa. É preciso definir se continuamos como está ou se alteramos. Isso, claro, a longo prazo", completa.
Por Jessica Gustafson
Informações: Jornal do Comércio
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