O alerta de paralisação dos rodoviários não se confirmou na manhã desta quarta-feira (5). Mesmo assim, os transtornos para os usuários do transporte coletivo na Região Metropolitana do Recife continuaram os mesmos: superlotação, desconforto e atrasos.
Foto: Ana Maria Miranda/NE10 |
A paralisação desta manhã havia sido convocada pela oposição ao sindicato que representa a categoria, liderada pelo ex-rodoviário Aldo Lima. O ato, anunciado nessa terça (4), foi mantido apesar da ameaça da entidade patronal, Urbana-PE, de ação judicial contra os trabalhadores. No entanto, ao chegarem às garagens e se depararem com muitos carros da Polícia Militar, motoristas e cobradores desistiram da mobilização.
Carros do Batalhão de Choque estavam na Pedrosa, em Nova Descoberta, na Zona Norte, por exemplo. "Não vou levar a categoria ao confronto sem necessidade", afirmou Aldo Lima. De acordo com a Polícia Militar, a operação teve o objetivo de garantir a tranquilidade na saída dos ônibus.
Apesar da decisão desta quarta, a oposição não descarta novos protestos nos próximos dias. Já nesta manhã, dois ônibus pararam na Avenida Castelo Branco, em Ouro Preto, Olinda, na Região Metropolitana. "A categoria está revoltada com o que aconteceu mais cedo. A nossa orientação (que é a mesma que a do sindicato) é de não haver paralisação hoje, mas não podemos controlar", explicou o líder da oposição sindical.
PROTESTO - A mobilização é contra a decisão do do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de suspender o reajuste concedido à categoria no julgamento do dissídio coletivo, há duas semanas, de 12% nos salários e 59,57% no tícket alimentação. Com a determinação federal, que é provisória e ainda aguarda julgamento, o aumento ficou para 9% nos dois itens. O Urbana-PE pediu à Justiça a redução do aumento sob alegação de que não poderia arcar com a despesa.
Informações: NE 10
0 comentários:
Postar um comentário