A Associação Paraense de Pessoas com Deficiência(APPD) afirma que recebe cerca de 40 reclamações por mês sobre a falta de acessibilidade nos transportes coletivos da capital paraense. De acordo com as denúncias, as plataformas dos coletivos não funcionam e, na maioria das vezes, os motoristas não param para que eles possam entrar nos ônibus. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel), 80% da frota é adaptada para receber cadeirantes e que cada empresa é responsável por fazer a manutenção de seus veículos.
No início desta semana, um cinegrafista amador flagrou uma mulher e uma cadeirante que tentavam entrar em um ônibus no centro de Belém. O motorista do veículo desceu para operar o elevador, mas disse que o equipamento estava quebrado.
“Eu fico na parada uma hora e meia ou mais. Eles param, mas alegam que a rampa não funciona e que o elevador está quebrado. Quando a gente está sozinho na parada, eles passam pelo outro lado , fingindo que não viram a gente”, desabafa a dona de casa Ângela Braga, que aparece no vídeo e sempre leva seu sobrinho cadeirante , de 11 anos, para a fisioterapia.
“Isso é muita falta de respeito com o ser humano, independente de ser o meu sobrinho. Isso é humilhante e eu acho que qualquer passageiro sente-se da mesma forma. A gente paga nossos impostos direito e quer alguma providência”, ressalta Ângela Braga.
A associação questiona o número de veículos adaptados em Belém. “A associação contesta essa propaganda da Setransbel e do governo municipal. Ela é enganosa porque se fosse verdadeira, não teria esse número de denúncias. O maior exemplo é o desse menino de 11 anos que não conseguiu entrar no coletivo. Esse é o cotidiano da pessoa com deficiência , que precisa do transporte público em Belém”, diz o assistente social da APPD, Jordecir Santa Brígida.
Segundo a superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), são feitas fiscalizações constantes nos ônibus de Belém e ,todo coletivo flagrado com problemas de manutenção no elevador para deficientes, é lacrado e impedido de circular até que a manutenção seja realizada.
A Semob orienta que o cidadão denuncie n os ônibus que estiverem com problemas, sempre anotando a numeração que identifica o coletivo. As denúncias podem ser feitas pelo número 118.
Informações: G1 PA
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