O governo desistiu de construir o BRT no trajeto que daria lugar à Linha 3 do metrô e vai retomar os estudos para ligar Niterói e São Gonçalo com transporte sobre trilhos. A decisão foi informada nesta quinta-feira pelo secretário de Estado de Desenvolvimento, Marco Capute, em audiência pública na Assembleia Legislativa (Alerj).
De acordo com Capute, o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, concluíram que o BRT não seria suficiente para dar conta da demanda da região. O projeto que previa a construção de um sistema de monotrilho, que tem menor capacidade do que o metrô, também foi descartado.
“Definimos que o metrô é a melhor solução para a população de Niterói e São Gonçalo fazendo a conexão com as barcas. Construir o BRT seria mais rápido e barato, mas não adianta investir em um projeto de eficácia momentânea”, afirma Capute. A meta do governador, segundo ele, é ter o projeto pronto até ano que vem e iniciar as obras em 2017 ou 2018. A previsão é que elas levem cinco anos.
Osorio ressaltou que o metrô deve ser implantado em estrutura suspensa, seguindo o traçado da antiga linha férrea da região. O plano de fazer um BRT na estrada RJ-104 (Niterói-Manilha), que passa por outro eixo de Niterói e São Gonçalo, está mantido.
“O BRT da RJ-104 faria integração em Alcântara e em Arariboia com a Linha 3. Ele entra em Niterói pela Alameda São Boaventura e seria expandido até Manilha. A ideia é fazer uma grande estação em Tribobó, sendo ponto de integração da RJ-104 com a RJ-106, que vai até o centro de Maricá.”
O secretário frisou que o metrô só será construído se o governo federal não cortar os recursos prometidos. O sistema em monotrilho estava orçado em R$ 3,9 bilhões e o BRT, em R$ 1,7 bilhão. A estimativa do custo do metrô só será conhecida quando o novo projeto for concluído.
Por Gustavo Ribeiro
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