A diferenciação dos valores da passagem de ônibus de Curitiba para pagamentos em dinheiro, ou cartão transporte, deverá vigorar por apenas mais três meses. A decisão faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) divulgado nesta segunda-feira (9) entre o Ministério Público do Paraná (MP) e a Urbanização de Curitiba (Urbs) – órgão municipal responsável pelo gerenciamento do transporte coletivo.
Atualmente, os usuários podem pagar dois valores para ingressar nos ônibus da capital paranaense – R$ 3,30, se o pagamento for feito em dinheiro, e R$ 3,15, se a modalidade utilizada for o cartão transporte emitido pela Urbs. Segundo o presidente da Urbs, Roberto Gregório, o valor cobrado após estes três meses deverá ser avaliado ao longo do período.
“Nós não temos essa definição ainda. Desde quando fizemos o anúncio da nova tarifa e embutimos o desconto, foi avisado que existiam algumas variáveis ainda que a gente precisaria esperar um tempo para poder confirmar”, afirmou Gregório.
Segundo o presidente da Urbs, as variáveis que podem influenciar no valor são: a negociação salarial com os trabalhadores, que está em andamento; a negociação da tarifa técnica com as empresas, que deve ocorrer após a definição dos novos salários de motoristas e cobradores; e a taxa de migração dos usuários que pagam em dinheiro, para o cartão transporte. Atualmente, conforme Gregório, 55% dos usuários utilizam o cartão, contra 45% que pagam em dinheiro.
A cobrança da tarifa diferenciada foi definida pela Urbs junto do anúncio da nova tarifa, em fevereiro. O MP, contudo, questionou a legalidade da cobrança de preços diferentes pelo mesmo serviço. “A nossa discussão ocorreu dentro do que foi entendido como o mais adequado. Uma demanda trazida pelo MP, que, de imediato, a gente acolheu para evitar qualquer tipo de questionamento judicial, e de ser ágil e rápido em responder”, ponderou o presidente da Urbs.
Validade de cinco anos
Outra parte do acordo firmado entre as partes diz respeito à validade dos créditos comprados pelos usuários no cartão transporte. Ficou acertado que os créditos terão validade de cinco anos a partir do momento da compra, com o poder de compra sendo preservado. “Se uma pessoa comprou dez passagens a R$ 3,15, ela continuará tendo crédito para dez viagens por cinco anos, mesmo que a tarifa mude de valor”, explica Gregório.
Informações: G1 Paraná
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