Um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, propõe o fim da exigência de cobradores nas linhas de ônibus do transporte coletivo da cidade. O projeto foi lido em Plenário na sessão desta segunda-feira (23) e segue para a apreciação das comissões, antes de ser votado. A proposta gera polêmica na cidade.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos Intermunicipais, Fretamento e Turismo de Ponta Grossa e Região (Sintropas) é contra a proposta. “O projeto fala em realocação dos cobradores para outros setores da empresa, mas é claro que ela não vai recolocar esse pessoal, vai haver demissão”, afirma o presidente do sindicato, Sirton Barbosa.
Já o presidente do Conselho Municipal de Transportes, Helmiro Bobeck, diz que é favorável ao projeto de lei porque ele moderniza o sistema. “O projeto não fala em extinção de cobradores, fala do fim da exigência dos cobradores. Nós temos cobradores em linhas onde não há necessidade”, afirma. Ele cita o caso da linha ‘Sem Parar’ que vai de um terminal a outro sem paradas.
O autor da proposta, vereador Pietro Arnaud (PTB), justifica que com o fim da exigência e o remanejamento dos atuais cobradores para outras funções na empresa, o preço final da passagem pode ser reduzido.
Hoje, a Viação Campos Gerais (VCG), que opera o sistema, tem cerca de 500 cobradores. Em janeiro, de acordo com levantamento mais recente, 61% dos passageiros usavam bilhete eletrônico, que são passados diretamente na catraca. Os cobradores têm salário inicial de R$ 944 e representam, conforme o vereador, 14% do valor da planilha de custos da passagem que define o valor da tarifa. A VCG disse que só vai se manifestar se o projeto for aprovado.
Por Gizele Silva
Informações: G1 PR
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