Em caso de greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba, as empresas operadoras devem manter, no mínimo, 70% da frota nos horários de pico e 40% fora dos horários de pico, de acordo com determinação da Justiça do Trabalho na tarde desta terça-feira (25).
A Urbanização de Curitiba (Urbs) havia entrado com uma ação inibitória na segunda-feira (24) para que a Justiça determinasse que uma frota mínima do transporte coletivo circule pela cidade caso a greve dos motoristas e cobradores seja aprovada. O pedido da Urbs era de que 80% da frota de ônibus funcionasse durante os horários de pico e 60% em outros horários.
Conforme o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), os trabalhadores decidem às 20h desta terça-feira se aceitam a contraproposta do sindicato patronal. Se houver rejeição, os motoristas e cobradores vão decidir qual medida será tomada. Caso seja aprovada, a greve deve começar à 0h00 de quarta-feira (26). Nas últimas negociações, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) propôs apenas o reajuste do salário pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conforme o Sindimoc. As 78 reivindicações da categoria, como aumento salarial e aumento do vale-alimentação, não foram aceitas.
A decisão é da juíza Anelore Rothemberger Coelho, da 18ª Vara do Trabalho. De acordo com a prefeitura, a ação movida pela Urbs é para garantir um atendimento mínimo, em caso de greve, aos 2,3 milhões de passageiros que utilizam a Rede Integrada de Transporte todos os dias.
A administração municipal informou que o número de ônibus que estará nas ruas em cada linha será monitorado em tempo real no Centro de Controle Operacional. Os registros e imagens vão comprovar se a decisão da Justiça do Trabalho será cumprida.
Ainda segundo a Prefeitura de Curitiba, com esta decisão da Justiça, o Sindicato de Motoristas e Cobradores não poderá impedir que as empresas coloquem os ônibus nas ruas, dentro dos percentuais definidos pela Justiça do Trabalho.
O G1 entrou em contato com o Sindimoc para comentar a decisão da Justiça, porém, até a publicação desta reportagem, não tinha tido um retorno quanto ao assunto.
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