Até janeiro, os porto-alegrenses conseguirão entender melhor como ficará a malha cicloviária da cidade. O motivo é a conclusão da chamada “Rede 1”, que ligará ciclovias dos bairros Bom Fim, Centro Histórico e Cidade Baixa, na zona central da Capital.
Segundo o gerente de Projetos Especiais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Antônio Vigna, a visualização de como ficará o mapa das ciclovias era dificultada, até agora, em função da construção de trechos isolados em cada região. “Desde o início, já tínhamos esse projeto de ligação, mas alguns pontos são mais demorados do que outros, porque estamos fazendo as obras em uma cidade que já existe e já tinha o seu funcionamento, e não vai parar para construirmos”, explica.
A conexão será realizada através do Parque Farroupilha. Após, também faltará a conclusão da ciclovia na avenida Loureiro da Silva, que é parte das obras em torno do estádio Beira-Rio. Estas estão atrasadas por conta de um processo judicial que tramita desde maio, quando a prefeitura cortou árvores na região e gerou protestos de cidadãos. Na ocasião, o prefeito José Fortunati foi criticado por não haver feito um trabalho de conscientização da importância da obra com a população. “Assim que terminarmos a área do Bom Fim, chegaremos até a Loureiro”, afirma Vigna.
Enquanto isso, estão sendo executadas as construções de ciclovias em cinco ruas de Porto Alegre. Elas estão localizadas na rua Vasco da Gama/José Otão (1,1 quilômetro), General João Telles (300 metros), Barros Cassal (300 metros), avenida Ipiranga (1 quilômetro, entre Azenha e Silva Só) e avenida Edvaldo Pereira Paiva (6,3 quilômetros).
O espaço exclusivo para o uso de bicicletas na Vasco da Gama/José Otão começou a ser feito no início de dezembro e deve ser finalizado ainda neste mês. Ele fará a ligação da avenida Goethe com a rua Barros Cassal, iniciando pelo lado direito da via na Goethe e, em seguida, indo para o lado esquerdo, onde permanece até o final. A ciclovia será bidirecional e terá 2,5 metros de largura e mais 50 centímetros de afastamento. Haverá conexões com o Parque Farroupilha na Barros Cassal e na João Telles.
Em alguns trechos da extensão, não será possível estacionar ao lado da ciclovia, como nas proximidades da Goethe. “Onde conseguimos deixar o estacionamento, estamos deixando, por enquanto, para não gerar transtornos”, diz Vigna. Conforme o gerente de Projetos Especiais, a exemplo da ciclovia da rua José do Patrocínio, na Cidade Baixa, não há problemas com o trânsito ao manter o estacionamento ao lado do espaço exclusivo para ciclistas. “As pessoas estranham no início, porque fica mais estreito, mas acabam assimilando. Lá, ajustamos o limite de horário para estacionar até às 17h e livramos o horário de pico, o que, inclusive, tem feito com que os motoristas da região enfrentem menos congestionamento”, destaca.
Para Vigna, áreas residenciais, como a Cidade Baixa, devem ser priorizadas na construção de ciclovias. “Elas devem ser resgatadas com as suas características, acentuando o uso das ruas mais pelas pessoas e menos pelos veículos. Essa ciclovia só foi ao encontro do que a Cidade Baixa precisava”, opina.
Por Isabella Sander
Informações: Jornal doo Comércio
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