A população de Salvador tem até o próximo dia 22 para fazer críticas e sugestões ao edital do sistema de transporte coletivo da capital baiana, lançado para consulta pública na última quarta-feira, 6, pela prefeitura.
Entre as propostas para o novo sistema, que deve ser implantado até o final do próximo ano, estão a modernização dos ônibus, redução do trajeto das linhas e instalação de painéis em terminais com informações sobre horário de chegada, lotação e itinerários.
O edital pode ser consultado no site www.transalvador.salvador.ba.gov.br. Ainda este mês, com data a ser definida, uma audiência pública na sede do Ministério Público da Bahia deve ser realizada para debater as propostas do documento.
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Mudanças
Para a implementação do novo sistema, a cidade foi dividida em três áreas: Subúrbio/Península de Itapagipe, Miolo e Orla/Centro.
A concorrência pública deverá ser lançada em dezembro e as três concessionárias que vão operar o sistema serão conhecidas 45 dias após a publicação do edital.
A previsão é que as concessionárias comecem a operar 180 dias após a escolha. O prazo da concessão é de 30 anos, sem possibilidade de renovação. Atualmente, 18 empresas operam o serviço.
"O objetivo é aumentar a velocidade, diminuir o tempo de viagem, a partir dos corredores exclusivos, proporcionando mais segurança e conforto para a população", enfatizou o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia.
O valor da tarifa deverá ser mantido em R$ 2,80 até o final do próximo ano, quando deverá ocorrer reajuste. A previsão é que a tarifa seja reajustada a cada quatro anos.
Críticas
Na opinião do doutor em engenharia de transporte da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Juan Delgado, em vez de ter sido lançado o edital, primeiro deveria ser definido o plano de mobilidade. "Senão, o remédio pode ser pior que a doença", diz, referindo-se ao caos no trânsito. Para ele, a prefeitura deveria formular um modal que contemple a integração entre ônibus, metrô, trem e ciclovias, por exemplo.
Outro ponto abordado pelo especialista diz respeito ao prazo de 15 dias estipulado pela prefeitura para que sejam enviadas sugestões. "É um tempo muito curto para que se discuta um assunto tão complexo, que irá definir o futuro da cidade", opina.
Delgado enfatiza que a discussão do edital não deve ficar restrita ao poder público, empresas de ônibus e técnicos do assunto. "Assim como a população deve ser ouvida, os trabalhadores da área também podem colaborar para melhorar o sistema de transporte coletivo", analisa.
Por Luan Santos e Franco Adailton
Informações: A Tarde Online
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