Uma briga interna dentro do sindicato dos trabalhadores de ônibus do transporte coletivo de São Paulo fecha na manhã desta quarta-feira (10) o acesso a 13 terminais de ônibus em todas as regiões da capital paulista --eram 16, mas, por volta das 12h30, os terminais Campo Limpo, Varginha e Grajaú, na zona sul, foram liberados.
Ao todo, pelo menos 400 linhas das 1.300 linhas municipais foram afetadas, e cerca de 750 mil passageiros foram prejudicados, segundo cálculos da SPTrans --empresa municipal de transporte. Diariamente, o sistema transporta por volta de 1,5 milhão de usuários.
De acordo com a SPTrans, a Polícia Militar já foi acionada para garantir a segurança dos usuários e do patrimônio público e para liberação dos terminais. Ainda conforme a empresa, foram registrados boletins de ocorrência na Polícia Civil contra os sindicalistas, e solicitada intervenção do Ministério Público Estadual.
Segundo a administração municipal, estão fechados desde as 8h os acessos dos terminais Santo Amaro, Parque D. Pedro, Capelinha, Campo Limpo, Grajaú, Varginha, João Dias, Lapa, Cachoeirinha, Pirituba, Casa Verde, Vila Prudente, metrô Santana, Sacomã e Mercado, do Expresso Tiradentes, também interrompido. Por volta das 11, também o terminal Jabaquara fechou.
O fechamento foi promovido às vésperas da eleição para a diretoria do sindicato, em votação que acontece das 0h desta quinta (11) às 18h do dia 12. A ação é coordenada pela oposição da chapa que tenta a reeleição sob a justificativa de falta de transparência no processo eleitoral.
Usuários reclamam nas redes sociais
"Neste momento, na rua do Gasômetro, na esquina com a rua Monsenhor de Andrade, um grupo de manifestantes que diz representar o sindicato dos motoristas para ônibus, avança dentro deles, discute com cobradores, motoristas e passageiros. Natural protestar, mas estão com ânimos exaltados", relatou uma usuária de ônibus da zona leste, em sua página no Facebook.
"[Os sindicalistas] Chamam de safados os cobradores que dizem ser contra a paralisação prevista para amanhã e também com os passageiros de ônibus. Pedi gentilmente a um manifestante que não gritasse com as senhoras e senhores idosos que estavam dentro do ônibus, que podiam passar mal", completou.
Por Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
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