Sem especificar datas ou valores, o prefeito Artur Neto (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (06) que deverá conceder reajuste de tarifa às empresas que atuam no transporte convencional de passageiros de Manaus. Com o aumento, a passagem de ônibus, que atualmente custa R$ 2,75, pode passar para R$ 2,91, valor apontado pela última planilha de reajuste elaborada pela Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), no fim do ano passado.
Usuários do sistema de transporte coletivo de Manaus podem iniciar a próxima semana pagando a nova tarifa, ainda indefinida (Márcio James) |
“O prefeito anterior (Amazonino Mendes) assumiu um compromisso de, a cada outubro, dar um reajuste na tarifa. Faz 17 meses que não acontece. Os empresários investiram muito em renovação da frota. O prefeito anterior não cumpriu o contrato que estabeleceu com os empresários”, alegou.
No entanto, Artur Neto disse que não pretende consultar os empresários antes de decidir pelo reajuste. “Eu não vou dar nenhuma satisfação a eles. Vou pedir o cálculo ao Pedro Carvalho (SMTU) e, o que for considerado justo, vou arbritrar pelo que achar que seja bom senso. Não vou consultar empresário para saber que tarifa vai ser”, disse.
Ele ainda esclareceu que não deu o reajuste logo no início do mandato por várias razões, e não para evitar desgastes com as classes patronal ou trabalhadora. “É porque eu tinha que fazerm e estou fazendo, conversas frequentes com empresários e trabalhadores para vermos quais as responsabilidades de cada ente. Não vou fugir disso porque não sou demagogo, nunca fiz demagogia tarifária na minha vida política”.
Condição
O superintendente municipal de Transportes Urbanos (SMUT), Pedro Carvalho, lembrou que aumento só deverá ser concedido quando as dez empresas que operam o sistema melhorarem o serviço.
O último cálculo para definir o novo valor da tarifa foi feito em dezembro de 2012, pela SMTU, na gestão de Amazonino Mendes. O estudo apontou que a passagem seria de R$ 2,91, o que corresponde a um aumento de R$ 0,16 sobre a atual tarifa. A antiga gestão do órgão levou em consideração o consumo do combustível dos veículos, velocidade média, número de passageiros por quilômetro rodado, entre outros itens para definir o valor.
Segundo Pedro Carvalho, este valor não é valido para um possível reajuste e novos cálculos precisam ser feitos, caso a reajuste seja concedido. O aumento anual da passagem consta no contrato de concessão entre o município e as empresas de transporte e foi descumprido no ano passado.
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