Com a greve de cobradores e motoristas no transporte coletivo, os juiz-foranos enfrentam dificuldades para voltar para casa. No início da noite, os pontos de ônibus da Avenida Rio Branco se transformaram em locais para a espera de táxis. Dezenas de pessoas aguardaram até três horas por um carro disponível. Este foi o caso da aposentada Lúcia Guedes, 72 anos, que, após uma sessão de fisioterapia, não encontrou táxi para voltar para casa. "É um total descaso com a população.
Sofro de problemas de coluna e estou há horas esperando por um carro. Dá vontade de desistir, mas não tenho como ir embora", reclamou. Ao contrário do que era esperado, o trânsito não sofreu grandes retenções entre 17h e 18h30. Em alguns trechos das principais vias, como no cruzamento entre as avenidas Presidente Itamar Franco e Rio Branco, policiais militares fizeram o controle do tráfego.
O Sindicomérico anuncia que irá entrar com "medida cautelar com um pedido de liminar para que seja cumprido o percentual mínimo de ônibus em circulação, garantindo, dessa forma, o transporte coletivo urbano, que é essencial." Por meio de nota, o sindicato explica que pedirá a manutenção de 80% dos carros nas ruas nos horários de pico e 50% nos demais horários. "A ação vai ser proposta contra o Sindicato dos Trabalhadores (Sinttro) e contra a Associação das Empresas de Transporte Coletivo (Astransp)."
A Prefeitura de Juiz de Fora publicou no final da tarde uma nota sobre as medidas adotadas pelo município diante da greve dos rodoviários. Segundo a PJF, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) a indicação de um mediador para discutir o fim da greve dos trabalhadores das empresas de ônibus. Em ofício enviado ao desembargador José Murilo de Morais, presidente em exercício do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, o argumento principal versa sobre o fato de a adesão ao movimento ter sido de 100% da categoria, ou seja, nenhum ônibus saiu das garagens no decorrer do dia.
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