Após um ciclista ter o braço decepado por um motorista na avenida Paulista, na madrugada do domingo (10), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na segunda-feira (11) que prefere ciclovias e ciclofaixas em vias secundárias da cidade.
"A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está preparando estudo sobre essa questão mais pormenorizado. Eu sempre fui defensor da tese de que tínhamos de utilizar melhor vias secundárias preparadas para as ciclovias e ciclofaixas", declarou.
O prefeito ressaltou, no entanto, que pretende se reunir com cicloativistas para discutir o assunto - por enquanto, os ciclistas estão apenas em contato com técnicos de engenharia.
Questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a CET não deu nenhum detalhe do estudo citado pelo prefeito. A companhia tem, no entanto, um estudo que indica justamente ao ciclista como seguir pelas ruas secundárias. Trata-se do mapa de ciclorrotas de São Paulo, elaborado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e adotado pela CET.
Thiago Benicchio, diretor da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo, afirma que tirar os ciclistas da Paulista não resolveria a situação. "As ruas paralelas não beneficiam o uso de bicicletas, porque são sinuosas e mais agressivas", diz ele, exemplificando com a Alameda Santos. O cicloativista Leandro Valverdes concorda que é difícil retirar ciclistas da Paulista. "Realmente é para se fazer a maior parte do deslocamento em vias secundárias e ter algo que envolva segregação nas vias principais."
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