Desde que deu início a uma avaliação sobre o uso do TRI no transporte público de Porto Alegre há 90 dias, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) identificou e retirou de circulação 145 cartões. Desses, 81% fazem parte da categoria "isenções".
Eles estão envolvidos nos chamados "esquemas de aluguel", quando são utilizados de maneira indevida pelos usuários. De acordo com monitoramento realizado, um único cartão foi utilizado até 300 vezes em apenas um mês. Segundo estimativas do órgão, atualmente, de cada 100 passageiros dentro de um ônibus, 33 não pagam tarifa.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que o monitoramento é feito através de um acompanhamento diário de todas operações realizadas com os cartões. Os dados são filtrados e cruzados com as atividades dos operadores de cada ônibus.
Aqueles que registram 6 ou mais viagens por dia são levados à uma análise detalhada dos locais de embarque, linhas e trajetos. O objetivo, segundo Capellari, é identificar se houve roubo dos cartões, empréstimos ou fraudes dos cobradores.
Se constatada a irregularidade, é aberto um processo e encaminhado ao Ministério Público, com a possibilidade de apontamento do estelionato.
Este pente-fino será realizado pela EPTC até abril, com a possibilidade de ser prorrogado caso mais fraudes sejam identificadas. A iniciativa busca preservar a integridade do sistema, garantindo uma maior segurança para os próprios usuários, afirma Capellari:
—Este tipo de ação, uma fraude, sobrecarrega o sistema, pesa na tarifa, prejudicando a grande maioria dos usuários do transporte coletivo. Continuamos atentos para coibir estas atividades irregulares.
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