Os ônibus da Viação Estrela de Mauá, empresa cuja operação foi suspensa pela juíza Fernanda Salvador Veiga, da Terceira Vara Cível de Mauá, na Grande São Paulo, pararam de circular na cidade por volta das 07h30 da manhã desta quinta-feira, dia 10 de janeiro de 2013.
Os veículos da empresa de David Barioni Neto, fundada por Baltazar José de Sousa, chegaram a sair das garagens e a embarcar e desembarcar passageiros, recebendo inclusive os créditos e dinheiro das passagens, mesmo depois de a Prefeitura ter sido notificada nesta quarta-feira para a suspensão imediata dos serviços.
No despacho da juíza Fernanda Salvador Veiga, do dia 08 de janeiro, é determinado o fim das operações da empresa.
“sejam intimadas as autoridades coatoras, ou seja, o Prefeito Municipal de Mauá e o Secretário de Mobilidade Urbana para que, IMEDIATAMENTE, interrompam a execução do aludido contrato emergencial formando com a Viação Estrela de Mauá Ltda…”
No dia 27 de dezembro, no final da administração do ex prefeito Oswaldo Dias, e do ex secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos, foi assinado um contrato emergencial com Viação Estrela de Mauá para operar junto com a Leblon Transporte, empresa considerada vencedora da licitação dos transportes, em 2010, pela Prefeitura de Mauá e pelo poder judiciário.
Os passageiros que estavam nos ônibus da Estrela de Mauá foram desembarcados do lado de fora do Terminal Municipal Central de Ônibus. Os que precisavam fazer integração com outras linhas eram orientados pelos funcionários do terminal a seguirem com acompanhamento para o lado de dentro do terminal com o objetivo de garantir a segurança dos usuários.
A retirada dos ônibus cumpre a determinação judicial. A Guarda Civil Municipal de Mauá, técnicos do Departamento de Trânsito, da Secretaria de Mobilidade Urbana e a Polícia Militar acompanharam a movimentação que não registrou incidentes.
A disputa judicial entre Leblon e Estrela de Mauá pelo lote 02 vem desde 2008. Em 2010, a Leblon foi declarada vencedora da licitação. A Viação Estrela entrou com vários recursos jurídicos e perdeu em várias instâncias.
Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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