á faz quase um ano que as mais recentes estações do metrô foram abertas. Mesmo sem o acréscimo de paradas, o movimento na rede não para de subir. Na quinta-feira, as linhas do sistema registraram um recorde histórico de passageiros transportados: 4,7 milhões. Na véspera do 7 de Setembro, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também registrou recorde: 2,8 milhões de passageiros transportados.
Os dados foram anunciados nesta terça-feira, 11, pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, durante uma audiência pública sobre a futura Linha 6-Laranja na zona sul. “(Foram) 7,5 milhões de passageiros transportados, se bem que em um dia de pico. Mas em estado de regime (ou seja, nos dias de movimento normal), já estamos em 7,2 milhões.” O secretário se referia aos dois sistemas combinados.
No caso específico do metrô, o salto foi de 1 milhão de pessoas no comparativo com a média de passageiros transportados por dia útil no início de 2011. Essa quantidade crescente de usuários em um sistema sobre trilhos com o mesmo tamanho se reflete na superlotação, especialmente nas horas do rush.
Afastada do trabalho por uma doença e passageira diária, a ajudante de limpeza Maria Carmelita dos Santos, de 56 anos, reclama do invariável empurra-empurra para entrar nos vagões nos momentos mais cheios. Ela diz já ter caído uma vez em uma situação dessas. “Só vai melhorar quando decidirem construir mais linhas.”
O próprio Fernandes admite essa necessidade e afirma que o governo do Estado já começou a trabalhar. “A população quer mais, quer trilhos. E para resolver isso, estamos fazendo quatro linhas de metrô ao mesmo tempo (obras nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 15-Prata e 17-Ouro), e também fazendo extensão na CPTM (na Linha 8-Diamante, em Itapevi).”
Além disso, o secretário garante que há mais por vir, como o prolongamento da Linha 2-Verde até a Via Dutra, e a construção das Linhas 6-Laranja, entre Brasilândia e a região central, e 18-Bronze (o monotrilho do ABC). Já o assessor técnico da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) Marcos Bicalho diz que a superlotação do metrô é consequência da eficiência do sistema. “Se a pessoa optar pelos ônibus vai enfrentar igualmente a superlotação e vai ficar presa no trânsito.”
Informações: boainformacao.com.br
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