Um Seminário reuniu candidatos, assessores e técnicos interessados em 
discutir Mobilidade Urbana: Política de Transporte X Política com Transporte, na 
capital alagoana. De acordo com Eudo Laranjeiras, presidente da Fetronor - 
Federação das Empresas de Transporte do Nordeste, o transporte coletivo de 
Maceió é considerado ruim se comparado a outras capitais do Nordeste, como, por 
exemplo, Recife e João Pessoa.
Segundo ele, embora a frota de ônibus na capital seja nova peca na 
infra-estrutura. “O transporte coletivo de Maceió está sem prioridade, não 
existe uma política voltada para este sistema. Os candidatos têm que perceber 
que os passageiros são eleitores e a culpa não é somente dos empresários das 
empresas de viação”, frisou Eudo Laranjeira.
“Os ônibus nunca terão chance de competir com um carro, enquanto um coletivo 
transporta cerca de 100 pessoas há centenas de carros com apenas uma pessoa 
dentro, tomando espaço de diversos passageiros. Ações planejadas são 
fundamentais para que o transporte coletivo flua. A competição do transporte 
público é jogada em cima dos empresários, mas não são eles que designam linha e 
itinerário e sim o poder público”, explicou.
O representante da Fetronor comparou o transporte público de Maceió com o de 
outras cidades nordestinas, como João Pessoa onde ações de governo têm ocorrido 
para beneficiar o usuário de ônibus. Por lá, segundo ele, existem vários 
terminais e corredores específicos; em Recife do mesmo modo onde foram 
construídos vários terminais de transferência de ônibus-passageiros.
Melhoria do transporte coletivo
“Maceió e Natal ainda estão muito aquém no que diz respeito a transporte 
coletivo de qualidade, agora é que estão em processo de licitação, pois não 
existe uma política de melhoria no transporte de qualidade. Em Maceió se deve 
fazer uma faixa exclusiva para ônibus, escalonamento de horários onde o comércio 
da capital deveria abrir mais tarde por conta do horário de pico de escolas, por 
exemplo, para não se chocar e haver congestionamento, recomposição tarifária 
digna, entre outros”, ressaltou.
Ele afirmou ainda que se todos pagassem a passagem não haveria porque manter 
uma tarifa de R$ 2,30 ou R$ 2,10. Eudo Laranjeira recordou uma frase fixada em 
um metrô de Londres que diz: “Quando todos pagam, pagam menos”. Segundo ele, se 
não houvesse tanta gratuidade na passagem o valor cobrado pelo transporte 
coletivo de Maceió seria menor.
A passagem de ônibus em Natal e Maceió está entre as mais caras se comparada 
ao valor de outras capitais como João Pessoa e Recife, R$ 2,30 e R$ 2,20, 
respectivamente.  
Para Eurico Galhardi, presidente do Conselho Diretor da Associação Nacional 
das Empresas de Transporte Urbano (NTU), que fez uma analogia dos últimos 40 
anos de transporte público mundial, o problema de congestionamento do trânsito 
não se restringe apenas a Maceió. Ele lembrou que o Brasil está em 5º lugar com 
203 milhões de habitantes quando em 1900 eram só 17 milhões, isto é, a população 
cresceu significadamente, mas a infra-estrutura não acompanhou.
Ele afirmou que parte do problema do transporte público se resolveria por 
meio de corredores de ônibus, rede integrada e uma política de uso de solo.  Em 
comparação ao custo de infraestrutura, Eurico Galhardi informou que para 
construir um quilometro para metrô seria necessário um investimento de R$ 201 
milhões; monotrilho R$ 130 milhões e VLT R$ 40 mi.
Durante a discussão sobre Mobilidade Urbana: Política de Transporte X 
Política com Transporte, apenas dois candidatos a prefeitura de Maceió 
apareceram e demonstraram preocupação com o tema, Alexandre Fleming e Sérgio 
Cabral.
Informações: Tribuna Hoje
 
 
 
 

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