A primeira estação de transferência a ser utilizada pelos usuários do sistema BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) em Belo Horizonte já está sendo montada. A previsão é de que a plataforma, um protótipo das outras 39 que serão distribuídas pela cidade, fique pronta ainda este mês. A estação, feita em estrutura metálica, está sendo montada na avenida Cristiano Machado, altura do bairro União, Nordeste da capital.
Apesar do aparente avanço na montagem dos complexos, que servirão como ponto de embarque dos passageiros para os ônibus especiais do BRT, grande parte dos belo-horizontinos desconhece o objetivo do novo serviço, que só deve funcionar a partir do final do ano que vem. A previsão é do diretor de Infraestrutura da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Cláudio Marcos Neto.
A gerente de uma loja de embalagens localizada em frente ao local onde está sendo instalada a primeira estação, Maria Aparecida Câmara, por exemplo, já se acostumou com o ritmo frenético das obras na avenida Cristiano Machado, mas, até hoje, não sabe o que é, na prática, o BRT. “Não tenho vergonha de admitir que não sei do que se trata. Assim como eu, a maioria das pessoas, inclusive os meus funcionários, desconhece o sistema. Sei que é uma promessa para agilizar o trânsito na cidade”, pontua.
O cobrador de ônibus da linha 8150 (União/Serra) David Jonathan também não tem ideia do que será o sistema de transporte rápido da capital mineira. Mas teme perder o emprego, já que com a implantação do BRT o número de linhas de ônibus comuns será reduzido. “Uma coisa é sabida, os ônibus comuns serão reduzidos. Com essa história, é o emprego do cobrador que fica em jogo”, desabafa.
O gerente de Coordenação de Mobilidade Urbana da BHTrans, Rogério Carvalho, argumenta que, sobre a falta de informações à população, uma estratégia com o detalhamento das alterações nas linhas de ônibus e no trânsito já foi criada. Ele não soube dizer, no entanto, quando a população terá acesso às informações.
Redução de ônibus
Sobre a redução do número de ônibus comuns em circulação e a possibilidade de diminuição do quadro de pessoal, Cláudio Neto, da Sudecap, é enfático: “Ninguém ficará desempregado. Todos os profissionais que atuam hoje no sistema de transporte público serão reaproveitados”.
Fonte: Hoje em Dia
0 comentários:
Postar um comentário