Parte dos problemas de trânsito pelos quais passa o Brasil se deve à falta de preocupação das empresas de ônibus em cuidar da qualidade do serviço prestado. A imagem ruim afasta usuários e sobrecarrega as cidades devido à opção pelo transporte individual, segundo avaliou hoje (29) o presidente da Embarq Brasil, Luís Antônio Lindau, durante o seminário A Nova Mobilidade Urbana, promovido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
De origem norte-americana, a Embarq é uma entidade que auxilia governos e empresas a desenvolverem e implantarem soluções sustentáveis para problemas de transporte e mobilidade. Ela é parte do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, do inglês World Resources Institute), com sede em Washington, Estados Unidos.
Para Lindau, as empresas têm, de fato, responsabilidade por, ao deixar de trabalhar uma boa imagem de seus serviços – o que inclui, além de melhor qualidade dos veículos, boas condições de trafegabilidade e pontualidade – acabar desestimulando as pessoas a usarem transporte público.
“Ônibus preso no trânsito também traz má imagem ao usuário. [Para incentivarmos o uso de transportes públicos] precisamos em primeiro lugar dar velocidade aos veículos. Depois, para haver confiabilidade, são necessários, ainda, melhores espaços e equipamentos”, disse.
Ele defende a adoção de estratégias para fazer com que as pessoas troquem o carro pelo ônibus. “Para favorecer essa migração de veículos particulares para o transporte público é fundamental a implantação de tarifas de estacionamentos e taxação de ganho de tempo”, complementou. Segundo o especialista, no entanto, essa cobrança só pode ser aplicada após os cidadãos identificarem que, de fato, já há melhorias no sistema. “É necessário antes mostrar algo positivo para, depois, cobrar a taxa”, justificou.
Durante o painel, o especialista apresentou diversas experiências positivas de uso do bus rapid transit (BRT), um sistema de corredor exclusivo para ônibus criado em Curitiba que se espalhou por diversas cidades do mundo.“Antes de tudo, BRT não é ônibus. É sistema de transporte”, disse. “Mas, apesar das vantagens desse sistema, há grandes desafios aos quais o Brasil precisa se preparar para que consiga implantá-lo de forma positiva nas cidades”, acrescentou.
Entre os desafios, Lindau destacou o enfrentamento de lobbies pelo uso dos automóveis; a questão da segurança, em especial para a travessia das faixas exclusivas de pedestres; controle operacional, para evitar engarrafamento nas faixas destinadas aos ônibus; pavimentação adequada; construção de garagens próximas aos terminais; comunicação entre executores de obras e operadores; e criação de manuais de procedimentos.
“Há que se ter cuidado também com a politização do BRT, de forma a evitar críticas durante as eleições e a rejeição [a esse tipo de transporte]”, acrescentou. “Além disso, vale lembrar o significado da letra R, da sigla BRT. Ela significa rápido. Portanto, se não tiver rapidez não será BRT”, completou.
Para Lindau, as empresas têm, de fato, responsabilidade por, ao deixar de trabalhar uma boa imagem de seus serviços – o que inclui, além de melhor qualidade dos veículos, boas condições de trafegabilidade e pontualidade – acabar desestimulando as pessoas a usarem transporte público.
“Ônibus preso no trânsito também traz má imagem ao usuário. [Para incentivarmos o uso de transportes públicos] precisamos em primeiro lugar dar velocidade aos veículos. Depois, para haver confiabilidade, são necessários, ainda, melhores espaços e equipamentos”, disse.
Ele defende a adoção de estratégias para fazer com que as pessoas troquem o carro pelo ônibus. “Para favorecer essa migração de veículos particulares para o transporte público é fundamental a implantação de tarifas de estacionamentos e taxação de ganho de tempo”, complementou. Segundo o especialista, no entanto, essa cobrança só pode ser aplicada após os cidadãos identificarem que, de fato, já há melhorias no sistema. “É necessário antes mostrar algo positivo para, depois, cobrar a taxa”, justificou.
Durante o painel, o especialista apresentou diversas experiências positivas de uso do bus rapid transit (BRT), um sistema de corredor exclusivo para ônibus criado em Curitiba que se espalhou por diversas cidades do mundo.“Antes de tudo, BRT não é ônibus. É sistema de transporte”, disse. “Mas, apesar das vantagens desse sistema, há grandes desafios aos quais o Brasil precisa se preparar para que consiga implantá-lo de forma positiva nas cidades”, acrescentou.
Entre os desafios, Lindau destacou o enfrentamento de lobbies pelo uso dos automóveis; a questão da segurança, em especial para a travessia das faixas exclusivas de pedestres; controle operacional, para evitar engarrafamento nas faixas destinadas aos ônibus; pavimentação adequada; construção de garagens próximas aos terminais; comunicação entre executores de obras e operadores; e criação de manuais de procedimentos.
“Há que se ter cuidado também com a politização do BRT, de forma a evitar críticas durante as eleições e a rejeição [a esse tipo de transporte]”, acrescentou. “Além disso, vale lembrar o significado da letra R, da sigla BRT. Ela significa rápido. Portanto, se não tiver rapidez não será BRT”, completou.
Fonte: Exame Abril
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