RIO - Um dia após a inauguração da faixa seletiva para ônibus — o Bus Rapid System (BRS) — na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, o esquema voltou a apresentar problemas no domingo. Apesar de a prefeitura divulgar o número de 70 agentes de trânsito e guardas municipais para fiscalizar o tráfego na via, por volta do meio-dia, nenhum deles foi visto na avenida.
O desrespeito às regras ocorreu por parte até de quem deveria fazer a fiscalização para combater irregularidades. Dois veículos da Guarda Municipal estavam estacionados na faixa exclusiva, por volta do meio-dia, na altura da Rua Júlio de Castilhos, onde havia uma feira livre. Próximo aos veículos da Guarda Municipal, um carro particular também estava parado no corredor exclusivo de ônibus, descarregando sacolas.
Carros foram flagrados trafegando pela pista destinada apenas a ônibus — pelas regras do BRS, veículos comuns podem transitar ali apenas quando vão dobrar na próxima rua à direita. O GLOBO também constatou que vans invadiram a faixa para embarcar passageiros próximo à Constante Ramos. Um táxi foi flagrado fazendo o mesmo.
— Eu pensei que hoje não estava valendo (a faixa exclusiva para ônibus), porque não vi nenhum agente de trânsito, como ontem (anteontem) — justificou-se o motorista Alberto Bernardes, ao parar num sinal de trânsito na faixa destinada aos coletivos.
Em alguns trechos da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, formaram-se retenções nas faixas da esquerda, como na altura da Rua Sá Ferreira, enquanto no corredor expresso para ônibus o tráfego era livre. Impacientes, alguns motoristas desistiram de enfrentar o trânsito lento do lado esquerdo e invadiram a faixa exclusiva para os coletivos.
— Imagine isso em dias úteis ou no horário de blocos de carnaval — comentou o o motorista André Antunes.
Apesar das irregularidades verificadas ontem, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, fez uma avaliação positiva do segundo dia de funcionamento do BRS.
— O resultado foi melhor do que o esperado, pois constatamos que carros comuns e táxis respeitaram as novas regras — disse Sansão, que admitiu a diferença no fluxo de veículos dentro e fora da faixa preferencial. — Pelo fato de o corredor ter funcionado muito bem, vimos que ele ficou com capacidade ociosa, enquanto o outro lado apresentou lentidão no tráfego.
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