Fortalezenses enfrentam, desde a zero hora desta quarta-feira, greve geral de motoristas e cobradores de ônibus. A decisão pela paralisação de 100% da frota foi definida, após a realização de duas assembleias, ontem, pela manhã e à tarde, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro).
A decisão da categoria pela greve causou surpresa ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus). "Na segunda-feira, aceitamos a proposta intermediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que acusava ganho real de 3,45% nos salários dos profissionais rodoviários, o que suspendeu o início da greve. Mas, agora, com a deflagração da paralisação, a proposta apresentada e todas as demais cláusulas já acordadas ficam sem efeito", afirmou o presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira.
A assembleia ocorrida à tarde foi marcada por um clima de tensão e revolta que envolveu a categoria dos mais de 600 profissionais (motoristas, trocadores e fiscais) presentes. Por unanimidade, eles, aos gritos de "greve, greve", resolveram parar as atividades. Pela manhã, não houve a unanimidade dos 100 participantes, que também optaram pela greve, e ocorreu divergência.
"A decisão das assembleias é soberana. A categoria considerou que houve avanço na última proposta, mas não o suficiente para não seguir com nossa luta por melhores condições de trabalho", disse o presidente do Sintro, Domingo Neto. Já o coordenador geral da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), José Batista Neto, que também dirige o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), discorda da posição dos rodoviários. Para ele, a greve representa riscos à categoria, tendo em vista que a decisão, agora, depende do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE), caso não haja um consenso entre os funcionários e seus patrões.
Na opinião do supervisor regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Ceará, Reginaldo Aguiar, a greve não significa que a categoria alcançará melhores resultados. "Não podemos achar que vamos resolver nossas vidas em uma única campanha salarial", disse.
O advogado do Sintro, Fernando Castelo Branco, ressalta que 8,5% não era a melhor proposta, mas representava o maior aumento dos últimos 12 anos.
Sindiônibus
"Recebemos a notícia da greve e ficamos decepcionados", declarou, Dimas Barreira, presidente do Sindônibus. Ele considerou que o Sintro caiu na "armadilha" que o próprio Sintro "armou", ou seja, a entidade teria criado expectativa de obtenção de um reajuste irreal, bem além da inflação, e depois não conseguiu impedir a greve.
Dimas Barreira suspendeu a discussão da forma de reajustes negociado com a prefeita Luizianne Lins. Então, nesta quarta-feira, o dirigente do Sindônibus ingressa no TRT com pedido de dissídio coletivo.
Conforme o Sindiônibus, a frota disponível na cidade é de 1.750 ônibus, e incluindo-se os da região metropolitana, esse número passa para 2.100 coletivos.
A estimativa da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) é de que a greve afete mais de um milhão de usuários em toda a cidade. O número apresentado leva em consideração somente o sistema integrado de transporte. Por isso, esse quantitativo de pessoas que poderão ficar sem acesso ao transporte coletivo na Capital pode ser bem maior.
A assembleia ocorrida à tarde foi marcada por um clima de tensão e revolta que envolveu a categoria dos mais de 600 profissionais (motoristas, trocadores e fiscais) presentes. Por unanimidade, eles, aos gritos de "greve, greve", resolveram parar as atividades. Pela manhã, não houve a unanimidade dos 100 participantes, que também optaram pela greve, e ocorreu divergência.
"A decisão das assembleias é soberana. A categoria considerou que houve avanço na última proposta, mas não o suficiente para não seguir com nossa luta por melhores condições de trabalho", disse o presidente do Sintro, Domingo Neto. Já o coordenador geral da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), José Batista Neto, que também dirige o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), discorda da posição dos rodoviários. Para ele, a greve representa riscos à categoria, tendo em vista que a decisão, agora, depende do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE), caso não haja um consenso entre os funcionários e seus patrões.
Na opinião do supervisor regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Ceará, Reginaldo Aguiar, a greve não significa que a categoria alcançará melhores resultados. "Não podemos achar que vamos resolver nossas vidas em uma única campanha salarial", disse.
O advogado do Sintro, Fernando Castelo Branco, ressalta que 8,5% não era a melhor proposta, mas representava o maior aumento dos últimos 12 anos.
Sindiônibus
"Recebemos a notícia da greve e ficamos decepcionados", declarou, Dimas Barreira, presidente do Sindônibus. Ele considerou que o Sintro caiu na "armadilha" que o próprio Sintro "armou", ou seja, a entidade teria criado expectativa de obtenção de um reajuste irreal, bem além da inflação, e depois não conseguiu impedir a greve.
Dimas Barreira suspendeu a discussão da forma de reajustes negociado com a prefeita Luizianne Lins. Então, nesta quarta-feira, o dirigente do Sindônibus ingressa no TRT com pedido de dissídio coletivo.
Conforme o Sindiônibus, a frota disponível na cidade é de 1.750 ônibus, e incluindo-se os da região metropolitana, esse número passa para 2.100 coletivos.
A estimativa da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) é de que a greve afete mais de um milhão de usuários em toda a cidade. O número apresentado leva em consideração somente o sistema integrado de transporte. Por isso, esse quantitativo de pessoas que poderão ficar sem acesso ao transporte coletivo na Capital pode ser bem maior.
Informações: Diário do Nordeste
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