Vereadores, representantes da BHTrans, da Secretaria Municipal de Governo, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Polícia Militar chegaram à conclusão que não há como fazer o rodízio de carros em Belo Horizonte. O motivo, segundo eles, é a precariedade do transporte público. A medida para tentar amenizar o trânsito caótico da capital foi proposta por taxistas e discutida, na tarde desta terça-feira, em uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
A Associação dos Taxistas do Brasil (Abrataxi) e o Sindicato dos Taxistas da Região Metropolitana alegaram no encontro que os motoristas demoram para fazer as corridas e ficam presos no trânsito quando estão, ou não, com passageiros. Essa dificuldade traz prejuízos para a categoria. Para tentar diminuir os congestionamentos, eles sugeriram o rodízio de veículos.
Todos as instituições presentes, com exceção dos taxistas, foram contra a implantação do rodízio. Elas alegaram que a medida não seria funcional, uma vez que a população não tem outra forma de se locomover na cidade, já que o transporte público não funciona adequadamente.
Para os vereadores que participaram da reunião, Wagner Messias “Preto” (DEM), Silvinho Rezende (PT), Fábio Caldeira (PSB), Júlio Cesar Gomes dos Santos, o Cabo Júlio (PMDB), e Carlúcio Gonçalves (PR), para que o trânsito melhore, são necessárias obras viárias e planejamento rodoviários.
Representantes da CDL acham que o rodízio vai inibir ainda mais a visita dos clientes às lojas e centro de compras localizados nas regiões mais movimentadas da cidade. Segundo o órgão, nesses locais é difícil estacionar os veículos e, por isso, as pessoas deixam de ir às compras.
A BHTrans reconheceu que há erros no trânsito da cidade. Um representante da empresa informou que vai levar as críticas para serem discutidas e avaliadas. Para a BHTRans, a chegada do BRT, as obras no Anel Rodoviário e a expansão do metrô, podem melhorar o trânsito na capital.
Fonte: Estado de Minas
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