Integrante do grupo de cidades que assumiram na Rio + 20 o compromisso de redução na emissão de gases de efeito estufa, Curitiba vem sendo modelo na redução de emissão de poluentes no transporte coletivo. Na semana passada a prefeitura apresentou, na mesma Conferência, o Hibribus, ônibus híbrido, movido a eletricidade e biodiesel que, a partir de setembro, vai substituir os 30 veículos da frota de cinco linhas de ônibus da cidade. Para o ano que vem estão previstos mais 30 Hibribus.
Comparada à frota que será substituída, a frota de Hibribus significará uma redução de 89% menos material particulado; 80% menos óxido de nitrogênio (NOX), e 35% menos CO2. O consumo de combustível é 35% menor. Produzido pela Volvo, com carroceria Marcopolo, o ônibus híbrido de Curitiba tem dois motores que funcionam em paralelo.
O elétrico é utilizado no arranque e na aceleração até a velocidade de 20 quilômetros por hora quando entra em funcionamento o motor a biodiesel, à base de soja. O motor elétrico é usado também como gerador de energia durante as frenagens. A cada vez que os freios são acionados, a energia da desaceleração é utilizada para carregar as baterias.
O Hibribus é mais um avanço na trajetória pioneira da capital paranaense de utilização de energia limpa no transporte coletivo. Curitiba é a única cidade da América Latina a ter uma frota em operação regular com ônibus movidos exclusivamente a biodiesel, sem mistura de óleo mineral.
São 32 ônibus no chamado projeto B 100 (100% biodiesel), entre eles 26 ônibus do sistema Expresso Ligeirão - biarticulados com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, a mesma de um Boeing 767. Comparada a uma frota equivalente de ônibus movidos a diesel, a frota abastecida 100% com biodiesel emite 63,7% menos material particulado (fumaça); 46% menos monóxido de carbono; 100% menos óxido de enxofre e 65% menos hidrocarbonetos totais.
O primeiro Ligeirão foi implantado em 2009, com a criação da Linha Verde, uma nova geração de corredores exclusivos do transporte coletivo. Implantada em trecho urbano da antiga BR 116, a Linha Verde tem 10 quilômetros (outros 10 estão em construção) e os ônibus trafegam em meio a um parque linear com 21 mil metros quadrados.
Em torno de 2,5 mil árvores plantadas ao longo do eixo vão formar, na fase adulta, bosques no entorno das estações que são mais amplas, climatizadas e permitem embarque em nível mesmo de ônibus sem plataformas, os alimentadores. A climatização das estações é feita com um sistema inédito formado por fosso aquecido por uma única lâmpada que permite a entrada de ar puro a cada 90 segundos, sem necessidade de aparelhos de ar condicionado.
Fonte: Urbs
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