Salvador amanheceu sem transporte rodoviário nesta quarta-feira. Desde a meia-noite, os funcionários iniciaram a greve por tempo indeterminado. De acordo com o diretor-social do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado da Bahia, Cleber Raimundo dos Santos Maia, a paralisação é de 100%. "Nós liberamos a frota e ônibus determinada pela Justiça, mas não podemos obrigar os funcionários a sair se eles não querem", alegou, ressaltando que o movimento grevista atinge todo o Estado baiano.
Na segunda-feira, a desembargadora Vânia Tanajura Chaves, da 5ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os trabalhadores de Salvador devem manter rodando 60% do efetivo de ônibus nos horários de 5h às 8h e 17h às 20h. No restante do tempo, deve ter 40% do efetivo de transporte público. Em caso de descumprimento da medida, o sindicato terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.
Na segunda-feira, está marcada uma nova rodada de negociação entre trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O encontro será às 10h.
O trabalhadores decidiram em assembleia, ontem, que entrariam em greve, após rejeitar a proposta do Setps de aumento de 4,88%. Os funcionários querem 13,8%, entre 8% de ganho real e o restante de acumulados da inflação desde o último aumento.
Outras reivindicações do movimento são o retorno do pagamento aos funcionários das empresas a cada 15 dias, fim da terceirização do trabalho de motoristas e cobradores e também a redução da jornada de trabalho de 7h para 6h. Por fim, os rodoviários querem que o plano de saúde Mastermed seja substituído.
Fonte: Terra
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