“Cadê o cobrador, sumiu?”. Esta tem sido a pergunta feita pela cadeirante Eumara do Carmo Paz ao pegar o transporte coletivo em Cuiabá e dos demais passageiros que utilizam transporte coletivo na Capital.
Há pouco mais de um mês, Eumara observou que os ônibus da Capital estão sem cobrador, o que tem sido uma nova dificuldade para ela ao utilizar este meio de condução. Moradora do condomínio Canaã, ela diariamente se desloca da sua casa até ao bairro Três Barras para pegar suas filhas na escola e o que era para ser uma simples ação a cada dia se torna uma maratona com novas dificuldades. “Além de aguardar muito tempo no ponto, a falta de cobrador tem sido um novo obstáculo, pois na maioria das vezes há necessidade do motorista e do cobrador me auxiliar na entrada do ônibus e na saída”, relata.
A usuária ressalta que mesmo antes deste procedimento ser implantado, já foi deixada por várias vezes no ponto por horas, aguardando “a boa vontade dos motoristas”, mesmo tendo sinalizado solicitando a parada. “Sei que eles têm um horário a cumprir e acredito que sozinho o motorista perde muito mais tempo para operar o elevador, que permite a entrada dos cadeirantes”.
Diante desta situação, o vereador Arnaldo Penha (PMDB) apresentou nesta terça-feira (28) um requerimento que será direcionado ao Executivo cobrando explicações a Secretaria Municipal de Transporte Urbanos (SMTU), quanto ao surgimento desta normativa que já está sendo implantada nas empresas de transportes coletivos sem que houvesse nenhuma consulta à população, aos motoristas ou informação ao parlamento municipal.
“Tenho recebido muitas reclamações e denúncias deste novo sistema, entendo como algo que deveria ser esclarecido à população antes mesmo da implantação para que fosse ponderado os prós e contras, pois para toda mudança há necessidade de uma preparação ou uma análise de viabilidade”, disse o vereador.
Fonte: O Documento
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