Novo trem da Linha 15-Prata do Metrô de SP chega ao Brasil *** Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil *** Em Fortaleza, Cartão Bilhetinho garante gratuidade para mais de 51 mil crianças *** No DF, Mais 171 linhas de ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro *** Novo modelo de ônibus elétrico, 2 toneladas mais leve, é testado em Porto Alegre *** Metrô do Recife dá um passo a frente para a privatização *** GDF pretende renovar a frota de metrô com investimento de R$ 900 milhões *** Conheça nossa página no Instagram

ANTT quer reduzir a frota de ônibus interestaduais em operação para 6.152 veículos

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Como todas as agências reguladoras, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi criada para evitar abusos do poder econômico, proporcionar proteção e segurança ao consumidor e servir de canal de comunicação entre o setor privado e o governo, mas não para criar obstáculos à prestação de serviços públicos pela iniciativa privada. Mas parece ser isso o que está fazendo a ANTT, com o modelo que elaborou para a licitação de linhas de ônibus interestaduais.

O modelo prevê a redistribuição de 2.412 linhas, divididas em 18 grupos e 60 lotes. Mistura trechos de alta e baixa demanda, e, por tudo isso, a Associação das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abati) entrou com representação no Tribunal de Contas da União. Segundo as empresas, as condições para a licitação baseiam-se em um cenário irrealista, que pode tirar muitas delas do mercado, comprometer a rentabilidade de outras e desempregar cerca de 10 mil dos 60 mil trabalhadores do setor.

Declaradamente, a intenção da ANTT é contribuir para a modernização das empresas de transporte rodoviário de passageiros, melhorando e barateando a prestação de serviços. Como afirma o diretor-geral da agência, Bernardo Figueiredo, "queremos um sistema que se assemelhe ou até supere o que o aéreo oferece". É verdade que as empresas de ônibus têm se ressentido da concorrência mais acirrada das companhias aéreas, que procuram atingir um público maior, principalmente da chamada classe C, oferecendo passagens baratas para viagens mais longas. Acontece que esse resultado não se obtém limitando a liberdade das empresas de se defenderem elas próprias da concorrência. A ANTT quer reduzir a frota de ônibus em operação para 6.152 veículos, com 639 de reserva, o que levaria a um corte drástico nas ligações de transporte rodoviário no País.

As empresas, que vêm funcionando desde 2008 com permissões especiais, não se opõem à licitação, mas apontam erros no dimensionamento da oferta. Segundo elas, há necessidade de uma frota de 10 mil ônibus, quase 50% mais do que estima a ANTT, a ser dividida em 39 lotes. Para um levantamento confiável sobre a situação do transporte rodoviário de passageiros, a entidade pediu à Fundação Getúlio Vargas (FGV)que analisasse o modelo de licitação. A primeira conclusão da FGV é de que a taxa de retorno dos investimentos ficaria entre 1% e 4,44%, o que significaria a "completa inviabilidade econômico-financeira" do novo modelo de licitação, segundo noticiou o jornal Valor (21/11).

O estudo da FGV focaliza algumas situações absurdas no modelo da ANTT. É o caso de 88 linhas que apresentam demanda anual de 673 passageiros, com previsão de apenas uma viagem por mês. "Esse tipo de ligação já nasceria morta", dizem as empresas operadoras, uma vez que elas "precisarão dispor de toda uma infraestrutura dedicada a atender a uma única viagem mensal". Em contraste, a agência reguladora superestima a taxa de ocupação dos ônibus, que chegaria a 95%, em média, nos trajetos mais movimentados, como São Paulo-Belo Horizonte, Goiânia-Vitória e São Paulo-Rio.

A ANTT parte do pressuposto de que os ônibus viajariam com essa lotação, em todos os horários e em todos os dias do ano, não importando se se trata de final de semana, feriadões ou períodos de férias. A prevalecer o modelo preconizado pela ANTT, o risco seria de descontinuidade dos serviços prestados, com a redução da frota e, possivelmente, com o fechamento de empresas.

Mesmo em países em que, além do transporte aéreo, há boa oferta de transporte ferroviário, as linhas de ônibus para longos percursos continuam funcionando bem e são rentáveis. Se no Brasil enfrentam competição agressiva das aerovias, a elas compete batalhar para se defender e decidir sobre a melhor maneira de atrair mais passageiros. À agência reguladora cabe fiscalizar o cumprimento das leis em vigor e impor disciplina. É inconcebível que, ao fazer licitações que são obrigatórias, leve as empresas participantes ao desequilíbrio econômico-financeiro.

Fonte: O Estado de S. Paulo

0 comentários:

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Prefeitura de São Paulo anuncia retomada do Complexo Viário que ligará Pirituba à Lapa

Número de passageiros no Metrô de São Paulo cresceu em 2023

Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

Prefeitura do Rio inaugura o Terminal Intermodal Gentileza

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Brasil prepara lançamento do primeiro VLT movido a hidrogênio verde

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Porto Alegre terá 12 ônibus elétricos na frota em 2024

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Obras do VLT em Curitiba devem custar cerca de R$ 2,5 bilhões

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960