Com a chegada do inverno e as constantes chuvas, somando ao crescimento desordenado da frota de veículos particulares, o trânsito de qualquer grande centro urbano tende a apresentar problemas com engarrafamentos. E João Pessoa não é exceção a regra. Nos últimos dias, por causa das constantes e fortes chuvas, o problema se agravou a ponto do trânsito, praticamente, parar em horários de pico. E não é só a população e os usuários de ônibus que sofrem com os atrasos. Os motoristas e cobradores que trabalham nas seis empresas que atuam na cidade sentem, ainda mais, o problema, já que realizam várias viagens ao dia. Muitas destas viagens chegam a atrasar mais de meia hora. A situação chegou a tal ponto que, atualmente, todas as 86 linhas sofrem atrasos, em média, de 15 minutos em boa parte das viagens.
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em março deste ano, João Pessoa registrou uma frota de cerca de 237.132 veículos particulares em circulação. Este número aumenta, em média, 30 mil a cada ano. Permanecendo neste nível de crescimento, em 2015, a Capital estará com uma frota de mais de 380 mil veículos circulando. A interpretação dos dados também revela uma realidade preocupante. Do número total de veículos em circulação no Brasil, registrados em 2010, que passa dos 64 milhões de veículos, 57,37% são de carros particulares. A frota da capital é composta por 517 ônibus, sendo que 454 veículos ficam em operação e 63 ficam nas garagens como reserva técnica. A frota está distribuída em 86 linhas, sendo 60 radiais, 20 circulares e seis destinadas a integração em bairros.
Esse crescimento da frota particular, aliado aos problemas estruturais das vias urbanas, que não dispõem de corredores exclusivos para ônibus, contribuem para aumentar os problemas no trânsito que, com a chegada das chuvas, se agrava ainda mais. “As empresas não estão conseguindo fazer todas as viagens programadas do dia por causa dos engarrafamentos que provocam atrasos cumulativos”, explica o diretor executivo da Associação das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho. Ele dá como exemplo a linha 602 - Ilha do Bispo via Shopping Manaíra que tinha um percurso de 75 minutos e hoje sempre atrasa em 15 ou mais minutos cada viagem.
O responsável pelo setor de tráfego da empresa Mandacaruense, Armando Medeiros, afirma que todas as linhas da empresa sofrem atrasos por causa do trânsito, mas, que a 602 - Ilha do Bispo Via Shopping Manaíra e a linha 503 - Pe. Zé via 13 de Maio, são as mais gritantes. “Por causa do desvio na descida do hospital Pe. Zé, junto com as chuvas e engarrafamentos nos horários de pico, a linha 602 está registrando um atraso médio de mais de 20 minutos em cada viagem e a 503 de 15 minutos, o que termina comprometendo a realização de todas as viagens previstas”, afirma Medeiros.
A situação não é diferente na Transnacional, que opera 26 linhas. O gerente de tráfego da empresa, Adeilton Nascimento, desabafa: “Essa semana eu já recebi mais de 80 operadores, entre motoristas e cobradores, que disseram não agüentar mais os constantes engarrafamentos no trânsito”. Ele explica que como todas as linhas da empresa circulam pelos corredores da Epitácio Pessoa, Vasco da Gama, Cruz das Armas, Mangabeira e pela Pedro II, todas as linhas são afetadas em seus horários e sofrem atrasos mínimos de 15 minutos. “Já tivemos várias reuniões na STTrans para expor os problemas”, afirma ele.
O responsável pelo setor de tráfego da Reunidas, José dos Santos, reforça as afirmações de seu colega. “Quase todas as 17 linhas da nossa empresa sofrem atrasos, umas mais, outras menos, mas qualquer ônibus que passe hoje pelos Bancários, em Mangabeira, na Epitácio Pessoa, pelo Viaduto do Cristo, em Cruz das Armas e Vasco da Gama, não conseguem cumprir os horários das viagens que, em horários de pico e em dias de chuva, chegam a atrasar pelo menos 20 minutos”, afirma Santos.
Para o responsável pelo setor de tráfego da Marcos da Silva, que opera com 07 linhas na cidade, Odilon de Oliveira, todas as linhas, atualmente, apresentam atrasos, mas, a situação das linhas 401- Altiplano Cabo Branco e 5012- Bairro São José são as mais gritantes. “Não estamos conseguindo cumprir todas as viagens do dia em nenhuma linha, e não por nossa culpa, e na 401 mesmo com a alteração do itinerário, passando pela Estação Ciências, por causa do alagamento na Beira Rio, que ficou de oito a 10 km maior, não estamos conseguindo resolver o problema e os atrasos por viagem chegam a mais de 20 minutos. Já a linha 5012 está impossibilitada de trafegar pelo bairro São José, por causa dos alagamentos, por isso, os passageiros têm que se deslocar até o terminal que fica próximo ao Shopping Manaíra”, afirma ele.
Na Santa Maria, segundo o gerente de tráfego, Rogério Vieira, a situação também é complicada. Das sete linhas que a empresa opera, todas registram diariamente atrasos que variam entre 25 a 30 minutos, por viagem, sendo as circulares 1510 e 5110 e a 501- Colinas do Sul- Epitácio Pessoa, as mais prejudicadas. “Infelizmente, os ônibus não têm corredores exclusivos para trafegar e ficam impossibilitados de transitar por causa dos congestionamentos”, destaca ele, lembrando que nos horários de pico, entre as 6h e 8h da manhã, entre as 11h e às 14h, e das 17h às 20h, a situação piora ainda mais. Na empresa São Jorge além dos congestionamentos, há um outro agravante que contribui para atrasar mais as viagens. É que boa parte das linhas passam por ruas que não são asfaltadas. “Além dos congestionamentos, temos que trafegar em ruas enlameadas e esburacadas o que acaba dificultando e atrasando ainda mais as viagens”, desabafa o diretor da empresa, Marcos Nascimento.
A jornalista paraibana Ana Teixeira constatou, nesta terça-feira (12), como os engarrafamentos da cidade dificultam o deslocamento dos ônibus. Através do twitter, ela postou um comentário de que pegou um ônibus da Transnacional, por volta das 18h, na altura do Banco Real, da Epitácio Pessoa e o veículo só consegui chegar ao final da avenida, às 19h40.
Fonte: PB Agora
De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em março deste ano, João Pessoa registrou uma frota de cerca de 237.132 veículos particulares em circulação. Este número aumenta, em média, 30 mil a cada ano. Permanecendo neste nível de crescimento, em 2015, a Capital estará com uma frota de mais de 380 mil veículos circulando. A interpretação dos dados também revela uma realidade preocupante. Do número total de veículos em circulação no Brasil, registrados em 2010, que passa dos 64 milhões de veículos, 57,37% são de carros particulares. A frota da capital é composta por 517 ônibus, sendo que 454 veículos ficam em operação e 63 ficam nas garagens como reserva técnica. A frota está distribuída em 86 linhas, sendo 60 radiais, 20 circulares e seis destinadas a integração em bairros.
Esse crescimento da frota particular, aliado aos problemas estruturais das vias urbanas, que não dispõem de corredores exclusivos para ônibus, contribuem para aumentar os problemas no trânsito que, com a chegada das chuvas, se agrava ainda mais. “As empresas não estão conseguindo fazer todas as viagens programadas do dia por causa dos engarrafamentos que provocam atrasos cumulativos”, explica o diretor executivo da Associação das Empresas de Transporte Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho. Ele dá como exemplo a linha 602 - Ilha do Bispo via Shopping Manaíra que tinha um percurso de 75 minutos e hoje sempre atrasa em 15 ou mais minutos cada viagem.
O responsável pelo setor de tráfego da empresa Mandacaruense, Armando Medeiros, afirma que todas as linhas da empresa sofrem atrasos por causa do trânsito, mas, que a 602 - Ilha do Bispo Via Shopping Manaíra e a linha 503 - Pe. Zé via 13 de Maio, são as mais gritantes. “Por causa do desvio na descida do hospital Pe. Zé, junto com as chuvas e engarrafamentos nos horários de pico, a linha 602 está registrando um atraso médio de mais de 20 minutos em cada viagem e a 503 de 15 minutos, o que termina comprometendo a realização de todas as viagens previstas”, afirma Medeiros.
A situação não é diferente na Transnacional, que opera 26 linhas. O gerente de tráfego da empresa, Adeilton Nascimento, desabafa: “Essa semana eu já recebi mais de 80 operadores, entre motoristas e cobradores, que disseram não agüentar mais os constantes engarrafamentos no trânsito”. Ele explica que como todas as linhas da empresa circulam pelos corredores da Epitácio Pessoa, Vasco da Gama, Cruz das Armas, Mangabeira e pela Pedro II, todas as linhas são afetadas em seus horários e sofrem atrasos mínimos de 15 minutos. “Já tivemos várias reuniões na STTrans para expor os problemas”, afirma ele.
O responsável pelo setor de tráfego da Reunidas, José dos Santos, reforça as afirmações de seu colega. “Quase todas as 17 linhas da nossa empresa sofrem atrasos, umas mais, outras menos, mas qualquer ônibus que passe hoje pelos Bancários, em Mangabeira, na Epitácio Pessoa, pelo Viaduto do Cristo, em Cruz das Armas e Vasco da Gama, não conseguem cumprir os horários das viagens que, em horários de pico e em dias de chuva, chegam a atrasar pelo menos 20 minutos”, afirma Santos.
Para o responsável pelo setor de tráfego da Marcos da Silva, que opera com 07 linhas na cidade, Odilon de Oliveira, todas as linhas, atualmente, apresentam atrasos, mas, a situação das linhas 401- Altiplano Cabo Branco e 5012- Bairro São José são as mais gritantes. “Não estamos conseguindo cumprir todas as viagens do dia em nenhuma linha, e não por nossa culpa, e na 401 mesmo com a alteração do itinerário, passando pela Estação Ciências, por causa do alagamento na Beira Rio, que ficou de oito a 10 km maior, não estamos conseguindo resolver o problema e os atrasos por viagem chegam a mais de 20 minutos. Já a linha 5012 está impossibilitada de trafegar pelo bairro São José, por causa dos alagamentos, por isso, os passageiros têm que se deslocar até o terminal que fica próximo ao Shopping Manaíra”, afirma ele.
Na Santa Maria, segundo o gerente de tráfego, Rogério Vieira, a situação também é complicada. Das sete linhas que a empresa opera, todas registram diariamente atrasos que variam entre 25 a 30 minutos, por viagem, sendo as circulares 1510 e 5110 e a 501- Colinas do Sul- Epitácio Pessoa, as mais prejudicadas. “Infelizmente, os ônibus não têm corredores exclusivos para trafegar e ficam impossibilitados de transitar por causa dos congestionamentos”, destaca ele, lembrando que nos horários de pico, entre as 6h e 8h da manhã, entre as 11h e às 14h, e das 17h às 20h, a situação piora ainda mais. Na empresa São Jorge além dos congestionamentos, há um outro agravante que contribui para atrasar mais as viagens. É que boa parte das linhas passam por ruas que não são asfaltadas. “Além dos congestionamentos, temos que trafegar em ruas enlameadas e esburacadas o que acaba dificultando e atrasando ainda mais as viagens”, desabafa o diretor da empresa, Marcos Nascimento.
A jornalista paraibana Ana Teixeira constatou, nesta terça-feira (12), como os engarrafamentos da cidade dificultam o deslocamento dos ônibus. Através do twitter, ela postou um comentário de que pegou um ônibus da Transnacional, por volta das 18h, na altura do Banco Real, da Epitácio Pessoa e o veículo só consegui chegar ao final da avenida, às 19h40.
Fonte: PB Agora
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