O superintendente Municipal de Transporte Urbano (SMTU), Marcos Cavalcante, voltou a afirmar, ontem, que os dados do sistema de transporte coletivo de Manaus não são confiáveis. “Isso é publico e notório, por isso vamos passar a ter o controle do sistema. Mas em relação à tarifa, que será de R$ 2,75, o cálculo já foi feito. A SMTU já faz essa verificação”, enfatizou. A Prefeitura de Manaus prevê que o aumento da tarifa saia até o final de outubro.
Cavalcante já tinha feito a afirmação na semana passada no seminário de transporte realizado na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o que provocou a reação dos vereadores na sessão de ontem.
O vereador Mário Frota (PDT) afirmou que vai pedir as planilhas. “O próprio Superintende disse que os dados não são confiáveis. Muitos prefeitos de várias administrações têm feito os reajustes baseados nos dados do Sinetram”, enfatizou Frota.
O vereador Elias Emanuel (PSB) disse que irá à Justiça para contestar o valor estipulado para o aumento da tarifa. “Considerando a opinião do Marcos Cavalcante, nosso único caminho é recorrer à Justiça quando aumentar a tarifa”, disse.
A questão da planilha causa polêmica desde 2004, quando foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que constatou um acréscimo indevido de R$ 0,20 na tarifa. Atualmente a oposição tenta aprovar uma nova CPI. O petista Waldemir José, que conseguiu coletar 60 mil assinaturas em um abaixo-assinado a favor da comissão, afirmou em discurso no plenário que vai insistir na CPI. “Vamos tentar sensibilizar os colegas que ainda não estão convencidos da necessidade de passar a limpo a questão do transporte. A licitação trouxe apenas duas situações: o preço que vai para R$ 2,75 e uma dívida de R$ 150 milhões em questões trabalhistas”, declarou.
Apesar das críticas tanto de vereadores da base aliada da Prefeitura, quanto da oposição, avaliaram de maneira positiva o seminário de transporte. No discurso da base aliada é mantida a ideia do debate em torno do transporte como política de Estado. O presidente da câmara, Isaac Tayh (PTB), afirmou que até amanhã todas os documentos do seminário devem ser enviados ao Ministério Público e reagiu à proposta de CPI.
“O Ministério Público não esteve na nossa audiência, mas nós vamos enviar (os documentos), assim como aos outros órgãos e à imprensa. Agora, em relação à tarifa, nos temos que lembrar que há um contrato”, finalizou.
Fonte: D24 Am
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