Você está satisfeito com o serviço do transporte público em Jaraguá do Sul? Calma, não precisa responder agora. Suas impressões podem ser transmitidas durante todo o mês de setembro a um dos pesquisadores do IPC (Instituto de Pesquisa Catarinense), que devem abordar os usuários nos ônibus e nas ruas para fazer um raio-x do atendimento no município.
A Pesquisa de Mobilidade Urbana que será desenvolvida pelo IPC, vencedor da licitação no valor de R$ 74 mil, começou sexta-feira em uma fase de testes. “Eles já estão nos pontos e começaram a abordar a população, mas a intenção é ajustar as perguntas e garantir que nenhum aspecto seja ignorado”, explica o diretor de Trânsito, José Antônio Schmitt. A fase oficial da pesquisa começa no dia 2 de setembro e continua durante todo o mês.
O objetivo do estudo, segundo o diretor, é ter dados concretos sobre a opinião pública antes de fazer qualquer alteração na prestação de serviço. “Sabemos que existem reclamações do transporte coletivo e que há falhas no serviço, então teremos algo oficial em que poderemos nos basear”, explica Schmitt. As perguntas incluem fatores como o preço dos passes, horários dos ônibus, conduta dos motoristas, condição dos veículos e a localização dos pontos de ônibus.
A expectativa é de que o estudo seja entregue à Prefeitura no início de outubro, após o balanço que a empresa realiza com as informações coletadas. Depois, o relatório é passado à prefeita Cecília Konell e ao Conselho Consultivo de Transportes e Trânsito, que tem representantes da Viação Canarinho e do qual Schmitt é presidente. Ainda não se sabe quando as possíveis mudanças começam a ser colocadas em prática, após o resultado da pesquisa.
Representação ainda sem resposta
No dia 12 de agosto, o presidente do Diretório Central dos Estudantes da Católica de Santa Catarina, Luís Fernando Almeida, protocolou no Ministério Público uma representação tratando de supostas irregularidades na prestação de serviço da Viação Canarinho, responsável pelo transporte público no município. O documento questiona melhorias que deveriam ter sido feitas pela empresa, como 11 mini-terminais rodoviários urbanos, a implantação do passe único e a construção de um novo terminal rodoviário urbano.
Por enquanto o Ministério Público ainda não se manifestou, mas a expectativa é de que alguma mudança aconteça até o final da próxima semana. “O caso é complexo e há muito a analisar. Provavelmente a intenção é garantir que não existam equívocos”, explica o presidente. Segundo ele, há ainda uma possibilidade de instauração de um inquérito criminal, dependendo da análise dos critérios descumpridos do contrato.
Fonte: O Correio do Povo
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